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Inquérito sobre ministros do STF citados pela JBS será arquivado

15 de Dezembro de 2017, 15:44 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Polícia Federal resolve encerrar investigação sobre denúncia de envolvimento de magistrados do STF com a JBS.

 
Por Redação – de Brasília

 

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu do diretor da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, na última reunião entre os dois, nesta semana, a notícia do arquivamento de investigação que pesava sobre ela e os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. A confirmação chegou na tarde desta sexta-feira, no relatório da Polícia federal.

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Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, Segovia assinou o documento que encerra as apurações de denúncias gravadas em uma conversa entre os executivos e delatores da JBS, Ricardo Saud e Joesley Batista. Segundo o relatório, não há indícios de irregularidades contra os ministros citados.

Bêbados

O diálogo, aparentemente gravado por acidente, deu origem à investigação. Nele, Joesley e Saud tramam um plano para gravar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso. Eles buscavam informações que pudessem comprometer ministros do STF. No entender dos executivos, um conteúdo desses ajudaria na negociação de um acordo mais vantajoso junto à Procuradoria Geral da República (PGR).

Logo após divulgadas as fitas, os advogados de Joesley e Saud disseram que os ambos estavam alcoolizados quando conversaram sobre o plano. E que este jamais saíra do imaginário ébrio dos delatores. Garantiram, ainda, que os dois nunca gravaram conversas com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Joesley e Saud chegaram a pedir desculpas pelo ocorrido. Ainda assim, a Polícia Federal abriu o inquérito, ora arquivado.

Geddel e companhia

Em outro movimento na Corte Suprema, nesta sexta-feira, o ministro Edson Fachin encaminhou para a ministra Cármen Lúcia um pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Visa apurar se o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) fez ameaças ao ex-ocupante do Ministério da Cultura Marcelo Calero.

As ameaças do deputado contra Calero teriam sido feitas em função do episódio que levou à renúncia do irmão de Lúcio, Geddel Vieira Lima. Ele chefiava a Secretaria de Governo, em maio último.

Na época, Calero deixou o governo após reclamar de ingerências de Geddel; então gestor da Secretaria de Governo. Ele pressionava pela liberação, por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de obra do empreendimento La Vue. O empreendimento fica situado em um bairro histórico de Salvador, no qual teria um apartamento. Hoje investiga-se a denúncia de que Geddel seria dono de 25% do condomínio.

Novo sorteio

O pedido de investigação sobre as ameaças foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela autorizou o inquérito que apura os R$ 51 milhões em dinheiro vivo; apreendidos pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador. A fortuna foi, posteriormente, atribuída à família Vieira Lima.

Fachin entendeu que a suposta ameaça de Lúcio Vieira Lima a Calero, no entanto, não estaria associada ao caso dos R$ 51 milhões. “Ainda que o aludido empreendimento (La Vue) tenha sido utilizado para a lavagem de capitais imputada aos denunciados, tal circunstância, por si só, não seria apta a justificar a apuração conjunta dos fatos”, escreveu o ministro. A decisão abre o pedido de investigação à presidente do STF.

Caberá à presidente do STF, agora, decidir se redistribui, por sorteio, o pedido de nova investigação contra Lúcio Vieira Lima.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/inquerito-sobre-ministros-stf-citados-jbs-arquivado/

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