A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, no âmbito do inquérito 4382, que investiga Jucá com base nas delações de executivos da Odebrecht, incluindo o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht.
Por Redação – de Brasília e São Paulo
A Polícia Federal foi às ruas nesta quinta-feira para cumprir nove mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo como parte de investigação sobre suspeita de pagamento de propina no valor de R$ 4 milhões ao senador Romero Jucá (MDB-RR) pela Odebrecht para viabilizar a edição de uma resolução do Senado em 2012.
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira operação que investiga o senador Romero Jucá (MDB-RR), em final de mandatoA ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, no âmbito do inquérito 4382, que investiga Jucá com base nas delações de executivos da Odebrecht, incluindo o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht.
No total foram expedidos 9 mandados de busca e apreensão, sendo 7 na capital paulista, 1 em Santos e 1 em Campo Limpo Paulista, informou a PF em nota oficial.
Sem comentários
Documento disponível no site do STF que detalha o inquérito citado pela PF na operação afirma que, segundo o Ministério Público Federal, a empresa petroquímica Braskem —uma sociedade entre Odebrecht e Petrobras— tinha interessa na aprovação da Resolução 72 do Senado, que consistiria em limitar a chamada “Guerra dos Portos”.
Foi então combinado o pagamento da vantagem indevida no valor de 4 milhões de reais a Jucá pelo chamado setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em troca de apoio à empresa na tramitação da medida, de acordo com inquérito.
Novos projetos
Procurada pela agência inglesa de notícias Reuters, a assessoria de Jucá não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a operação. A Odebrecht também não respondeu aos telefonemas da reportagem do Correio do Brasil.
A empresa, que fechou acordos de leniência e delação premiada em que admitiu ter cometido diversas irregularidades e aceitou pagar multas milionárias no âmbito da Lava Jato, afirma sempre ao ser citada nas operações da PF e do MPF que “continua cooperando com as autoridades e está focada no exercício de suas atividades e na conquista de novos projetos”.