As conversas, no entanto, ainda encontram pontos de atrito, em face das disputas regionais, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito, com frequência, que quer ir além das alianças somente entre partidos de esquerda. Os dirigentes partidários se reuniram até o final da noite para definir a composição da Assembleia Geral.
Por Redação – de São Paulo
Na busca pela construção de uma federação partidária para disputar as eleições de outubro, PT, PSB, PCdoB e PV definiram, na noite passada, como será dividido o comando da nova organização. Por ser a maior força na Câmara dos Deputados, o PT terá a maioria da Assembleia Geral da federação.
Kassab integrou o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas seu partido, o PSD, pretende lançar candidato em 2022
As conversas, no entanto, ainda encontram pontos de atrito, em face das disputas regionais, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito, com frequência, que quer ir além das alianças somente entre partidos de esquerda. Os dirigentes partidários se reuniram até o final da noite para definir a composição da Assembleia Geral, que irá comandar a nova organização, ainda sem nome definido.
Enquanto os representantes da centro-esquerda conversavam à distância sobre a nova federação partidária, o ex-presidente Lula, favorito para as eleições presidenciais deste ano, buscava ampliar as conversas com o ex-ministro e presidente do PSD, Gilberto Kassab, em uma reunião na capital paulista. Ambos tinham um encontro agendado para a última semana, que teve que ser adiado após Kassab contrair covid-19.
Apoio regional
Lula busca Kassab justamente no momento em que a pré-candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se mostra incapaz de superar os 2% ou 3% nas pesquisas e o senador cogita abandonar a disputa pelo Palácio do Planalto. Kassab, por sua vez, ainda está indeciso sobre o PSD ter, ou não, um nome para concorrer ao governo. Ele ainda estuda outros nomes que possam representar a legenda, mas ainda não teve sucesso.
Integrantes da legenda acreditam que não faz sentido gastar dinheiro na campanha presidencial sem que exista uma perspectiva real de vitória. Sem candidato, Kassab pode liberar todo o partido para que cada um apoie quem quiser ou fechar com Lula. O ex-prefeito paulistano foi ventilado como possível vice de Lula.
Para apoiar Lula, o PSD pode pedir apoio do PT a Alexandre Kalil para o governo de Minas Gerais, e a Felipe Santa Cruz no Rio de Janeiro, embora os petistas fluminenses já tenham definido apoio a Marcelo Freixo (PSB). O PSD também quer apoio na Bahia e se manter na presidência do Senado, durante os dois primeiros anos de um possível governo petista.
