Macri cortou subsídios para serviços públicos para reduzir o crônico déficit fiscal do país, elevando o preço do gás e da eletricidade em mais de 2 mil por cento desde o início de seu mandato, segundo estimativas da mídia local.
Por Redação, com Reuters – de Buenos Aires
Dezenas de milhares de argentinos protestaram em Buenos Aires na quinta-feira carregando lampiões, na primeira de uma série de manifestações planejadas contra o programa de austeridade do presidente Mauricio Macri e o crescente custo de serviços públicos.
Manifestante protesta em Buenos Aires contra o alto custo da energia elétricaMacri cortou subsídios para serviços públicos para reduzir o crônico déficit fiscal do país, elevando o preço do gás e da eletricidade em mais de 2 mil % desde o início de seu mandato, segundo estimativas da mídia local.
Os preços devem subir ainda mais este ano.
– As pessoas não conseguem pagar as contas. Todas as medidas tomadas pelo governo vão contra os trabalhadores disse Pablo Moyano, líder de um sindicato de motoristas de caminhão, durante o protesto.
Manifestações semanais estão planejadas até o início de fevereiro, aumentando a pressão para que Macri solucione a crise econômica do país antes da eleição presidencial no final do ano.
No ano passado, quando a economia se contraiu e a inflação se aproximou de 50 por cento, com o peso perdendo cerca de 50 por cento de seu valor, Macri firmou um impopular acordo com o FMI para receber US$ 57 bilhões em troca do compromisso de reduzir o déficit.
O protesto
Os manifestantes de quinta-feira, cerca de 20 mil segundo testemunhas, carregavam imagens de Macri e cartazes com os dizeres: “Basta do programa de austeridade de Macri/FMI” à medida que passavam pelo monumento do obelisco da cidade a caminho do Congresso.
Os protestos foram organizados por um sindicato de motoristas de caminhão e por uma federação de sindicatos, e contaram com a participação de membros de partidos de esquerda e de argentinos independentes.