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Medo de atentado leva Bolsonaro a reavaliar aparição pública na posse

18 de Dezembro de 2018, 19:13 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O chefe de segurança do governo Temer também preferiu não informar qual o tamanho do efetivo de segurança que será empregado durante a cerimônia. Menos ainda se serão acionados atiradores de elite; mas confirmou que será maior que em posses anteriores.

 

Por Redação – de Brasília

 

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Sérgio Etchegoyen afirmou, nesta terça-feira, que as ameaças contra o presidente eleito Jair Bolsonaro continuam “vivas” e que a decisão de usar ou não um carro aberto na posse do novo governo será tomada no dia da cerimônia.

O general Etchegoyen é, declaradamente, um ponto de apoio ao ex-capitão Bolsonaro, dentro do governo TemerO general Etchegoyen é, declaradamente, um ponto de apoio ao ex-capitão Bolsonaro, dentro do governo Temer

Etchegoyen observou que apenas um caso de ameaça contra Bolsonaro foi esclarecido até o momento, em referência a uma operação da Polícia Federal que cumpriu mandados no Rio de Janeiro.

— Toda ameaça só deixa de ser ameaça quando é plenamente esclarecida. Se ameaças ainda não foram, são ameaças vivas, é dessa forma que tratamos — afirmou Etchegoyen, nesta terça-feira.

Acesso

O chefe de segurança do governo Temer também preferiu não informar qual o tamanho do efetivo de segurança que será empregado durante a cerimônia. Menos ainda se serão acionados atiradores de elite; mas confirmou que será maior que em posses anteriores.

— Cada presidente, cada circunstância é uma avaliação de risco. Nós nunca tivemos um presidente que sofreu tentativa de assassinato, isso sugere cautela — admitiu.

As barreiras de segurança e as restrições de acesso serão maiores que em anos anteriores. Serão montadas barreiras com revista pessoal, detectores de metal e pórticos em quatro posições ao longo da Esplanada dos Ministérios. O acesso só poderá ser feito a pé, a partir da Rodoviária que fica no início da Esplanada.

Frequências piratas

A segurança também determinou que será proibido o acesso com objetos como bolsas e mochilas, carrinhos de bebê, máscaras, garrafas —mesmo plásticas— guarda-chuvas e outros mais óbvios, objetos cortantes, apontadores de laser e armas de fogo.

Etchegoyen negou que seja possível usar bloqueadores de celular durante a posse. “O que vai ser bloqueado serão os sinais com frequências eletromagnéticas de controle de drones, que não serão autorizados, de nenhuma natureza, e as chamadas frequências piratas, clandestinas”, afirmou.

A Esplanada será fechada à zero hora do dia 30 e só será reaberta às 8h do dia 2 de janeiro, em um bloqueio de 80 horas. Não haverá expediente no dia 31 e as forças de segurança começarão a ocupar os espaços já no dia 30.

Convidados

Segundo o ministro, não há ainda uma avaliação precisa de quantas pessoas são esperadas na Esplanada dos ministérios, mas a expectativa é de entre 250 mil e 500 mil pessoas. Nos anos recentes, a posse que reuniu o maior número de pessoas foi a primeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A estimativa da Polícia Militar à época foi de 200 mil pessoas presentes.

As questões de segurança e de espaço também irão limitar, segundo o general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, os convites para a cerimônia no Palácio do Planalto.

“Temos uma restrição de espaço no Planalto que tem de ser considerada. Estamos prevendo que é impossível convidar todos os parlamentares. A idéia é convidar os líderes dos partidos”, informou, acrescentando que os senadores, por serem considerados uma “entidade única”, devem ser convidados todos. Já no Itamaraty, está prevista a presença de 2 mil a 2,5 mil pessoas.

Já Temer, ao deixar o Planalto rumo a São Paulo, não decidiu ainda se descerá a rampa, como fez Lula em 2011, ao entregar o governo para Dilma Rousseff, ou sairá por uma porta lateral, como fez Fernando Henrique Cardoso, em 2003, na posse de Lula.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/medo-atentado-bolsonaro-reavaliar-aparicao-publica-posse/

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