Milhares de civis saíram de suas cidades para escapar de batalhas no norte e no sul da Síria neste sábado, onde duas ofensivas diferentes provocaram êxodos nos últimos dias
Por Redação, com Reuters – de Beirute:
Milhares de civis saíram de suas cidades para escapar de batalhas no norte e no sul da Síria neste sábado
Na região de Afrin, no norte, pessoas fugiram de outras frentes de batalha que se aproximavam de suas casas enquanto jatos turcos atingiam a cidade, segundo disseram forças curdas sírias e um grupo de monitoramento. Mais de 150 mil pessoas deixaram a cidade nos últimos dias, segundo uma autoridade curda.
O conflito na Síria completou sete anos nesta semana, com mortes de centenas de milhares e deslocamento de mais de 11 milhões de pessoas; incluindo mais de 6 milhões; que fugiram para outros países em uma das piores crises de refugiados dos tempos modernos.
Turquia
A Turquia lançou uma ofensiva em Afrin em janeiro contra os combatentes sírios curdos YPG que controlam a região.
Em sua própria ofensiva que dura um mês, o Exércio Sírio já dominou grande parte do leste de Ghouta; o último grande bastião insurgente nas proximidades de Damasco.
Forças governamentais dividiram Ghouta entre três zonas, em umas das ofensivas mais sangrentas da guerra de sete anos. Pela primeira vez, residentes da região começaram a fugir aos milhares da parte sul; perto da cidade de Hammouriiyeh, nesta semana.
A imprensa estatal disse que mais de 10 mil civis chegaram a postos do Exército no sábado; e outros começaram a deixar a região de Harasta também em um novo fluxo migratório.
As tropas e o Crescente Vermelho Sírio Árabe estariam providenciando abrigos temporários para os civis; disse a imprensa estatal.
ONU
A ONU diz que os números exatos de pessoas deixando as regiões ainda não são conhecidos, nem os destinos dos civis.
Entre 12 mil e 16 mil deixaram Ghouta antes deste sábado, enquanto os conflitos em Afrin teriam deslocado pelo menos 48 mil pessoas, disse um oficial de ajuda da ONU na Síria.
O Exército turco deslocou a milícia YPG de sua fronteira e avançou até os flancos ocidentais e orientais da cidade de Afrin. O governo de Ancara vê as forças curdas como uma extensão do grupo curdo PPK; que tem se insurgido contra os turcos há décadas.
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