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Ministério tenta, junto ao Congresso, ‘descarimbar’ mais recursos

24 de Novembro de 2020, 17:26 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Em audiência em comissão no Congresso, Funchal afirmou que o projeto — de autoria do deputado Mauro Benevides (PDT-CE)– abriria espaço para que R$ 100, R$ 120 ou R$ 130 bilhões possam ser utilizados para pagar contas no final deste ano, reduzindo a pressão para emissão de mais títulos públicos.

Por Redação – de Brasília

Secretário do Tesouro, o economista Bruno Funchal referiu-se, nesta terça-feira, ao projeto que tramita no Congresso para ‘descarimbar’ recursos de fundos como uma “medida importante para reduzir pressão desafiadora” sobre a dívida, num contexto em que o país tem baixíssima margem de manobra para elevação de gastos.

O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, avalia as condições econômicas do país com preocupaçãoO secretário do Tesouro, Bruno Funchal, avalia as condições econômicas do país com preocupação

Em audiência em comissão no Congresso, Funchal afirmou que o projeto — de autoria do deputado Mauro Benevides (PDT-CE) — abriria espaço para que R$ 100, R$ 120 ou R$ 130 bilhões possam ser utilizados para pagar contas no final deste ano, reduzindo a pressão para emissão de mais títulos públicos.

— Esse volume de recursos pode ser usado para pagar parte das despesas e a gente não pressiona, não aumenta necessidade de emissão que já vem sendo bem sendo bastante desafiadora nesses últimos meses — disse.

Pandemia

Ainda segundo Funchal, “o volume médio de emissões de títulos públicos nos nossos leilões mensais era de R$ 60 bilhões por mês”

— A gente nos últimos meses ficou em torno de R$ 150, R$ 170 bilhões. É um volume muito alto — acrescentou. De acordo com o secretário, diante do quadro atual, “nosso espaço para aumentar qualquer despesa é muito, muito, muito reduzido, se não zero”.

Bruno Funchal também reforçou a importância de o país não tornar permanentes gastos públicos feitos em 2020 para o enfrentamento da crise da pandemia de covid-19. Ele ressaltou que as escolhas a serem feitas ao longo do próximo um mês e meio determinarão o rumo da economia nos anos à frente.

— Tão importante quanto as próprias reformas, para voltar a colocar o Brasil no trilho e manter um ambiente econômico saudável, é a virada de página. Acho que esse momento de final do ano é fundamental para definir muito do que vai acontecer nos próximos dez anos da economia brasileira — disse Funchal, no encontro.

Contas públicas

Funchal acrescentou que “não podemos ter um Orçamento paralelo em 2021, a gente tem que voltar à normalidade em 2021. Essa volta é tão importante como a própria continuidade do processo das reformas estruturais”. Ele ressaltou ainda que, no passado, a perenização de gastos criados para lidar com problemas temporários causou um estrago “muito grande”.

Funchal destacou que, se antes da crise da pandemia o país estava reorganizando suas contas e caminhava para voltar a computar superávits primários em 2022 ou 2023, a previsão agora é de chegar ao final deste ano com um déficit primário de 11% a 12% do PIB.

— A reorganização fiscal passa a ser mais importante do que nunca, e nisso é importante a gestão — encerrou.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/ministerio-congresso-descarimbar-recursos/

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