Reunidas no grupo, centenas de mulheres convocaram ato para o próximo dia 29, data combinada para uma série de manifestações, em todo o país, contra Jair Bolsonaro.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, que chegava a 621.447 associadas na tarde desta quarta-feira, lidera o movimento feminino contra o ‘Coiso’, como é chamado o representante das forças de ultradireita, nas eleições presidenciais deste ano. Além desta, outras iniciativas de protesto contra os bordões machistas do capitão da reserva assumem papel relevante na resistência contra o fascismo, no país.
Bolsonaro (PSL-RJ) ameaça mulheres, a exemplo da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e mantém um discurso machista, homofóbico e racista em sua campanhaEstabelecido no dia 30 de agosto, em Salvador, pela baiana Ludimilla Teixeira, o grupo é administrado por nove mulheres e 71 moderadoras. Todas seguem focadas na admissão de novas integrantes.
— O número de solicitações não baixa de 10 mil. O grupo foi criado para ser uma organização das mulheres contra o fascismo — comemora a professora Maíra Motta, de 40 anos, uma das administradoras.
Manifestação
Mais de 10 mil mulheres inscritas nos últimos diasReunidas no grupo, centenas de mulheres convocaram ato para o próximo dia 29, data combinada para uma série de manifestações, em todo o país, contra Jair Bolsonaro. Ao todo, cerca de 6 mil militantes já confirmaram ou demonstraram interesse em comparecer ao ato público.
Embora lidere a corrida eleitoral (26%), Bolsonaro concentra a rejeição de quase metade (44%) do eleitorado feminino, segundo pesquisa Ibope divulgada na véspera. As mulheres representam a maioria do quantitativo de eleitores, com 52% do total.
O grupo de mulheres transforma-se, portanto, em um fenômeno nas redes sociais. A comunidade é destinada à união feminina “contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”, afirma o manifesto de lançamento.
“Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força!”, conclui.