A PM conhece o Rio como a palma da mão. Não é possível que uma quantidade significativa de armas e drogas seja transportada dentro do município (sob intervenção militar); sem prévio acerto com a corporação.
Por Gilson Caroni Filho – do Rio de Janeiro
Faz algum tempo, mas permanece atual. Levado pelo amigo Cid Benjamin, à época professor da faculdade, o então chefe da Polícia Civil, Hélio Luz, fez uma palestra sobre segurança pública para os alunos da Facha. Mais didático, impossível.
Sob a intervenção militar, as Forças Armadas ocupam mais uma favela, no Rio, cidade que a PM conhece como a palma da mão
Falou que a PM conhece o Rio como a palma da mão. Disse não ser possível que uma quantidade significativa de armas e drogas seja transportada dentro do município, sem prévio acerto com a corporação. Destacou que os setores de inteligência sabem onde estão os traficantes do atacado; mas não agem em função do poder político e econômico deles.
Chegou a afirmar que uma ação efetiva (somente possível com as Forças Armadas cumprindo seu papel de fiscalizar fronteiras terrestres; o espaço aéreo e a baía de Guanabara) teria efeitos até no mercado financeiro, onde é lavado parte do lucro do tráfico.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia da Facha (RJ) e escreve para o Correio do Brasil.
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