Para entender como funciona o Blockchain, é interessante compreender que não se trata de algo novo ou experimental.
O blockchain é considerado uma espécie de livro-razão, o que não é nenhuma novidade para o mundo da administração ou da organização das finanças.
Segundo informações do site HB Marketing: “A organização de dados financeiros de forma contábil começou antes mesmo de 1500 e todas as formas de registrar essas informações, até hoje, são muito parecidas, no sentido das teorias”.
O que mudou, com o passar dos anos, foi a digitalização e a forma de armazenamento de informações.
Imagem: PexelsO que anteriormente era feito com papel e caneta, passou a ser feito de forma datilografada, posteriormente, digitada, pouco tempo depois, armazenado em disquetes, cds, pen drives, hds, na nuvem, transmitido via compartilhamento por e-mail, whatsapp, bluetooth, entre várias outras opções.
Hoje, o blockchain, é um dos sistemas mais seguros para armazenamento de dados relacionados a transações de compra e venda de bens tangíveis e intangíveis, principalmente por ser descentralizado e completamente transparente.
Segundo Marcelo Frontini, diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento do Bradesco: “É como se a transação fosse realizada em uma mesa de reuniões. Cada parte se manifesta e as ‘testemunhas’ confirmam o negócio, sem intermediários”.
Vale dizer que não existe estorno ou cancelamento de operações realizadas através do Blockchain. Uma vez que uma operação é realizada, ela se torna irreversível.
As operações são registradas de forma cronológica, compiladas e validadas pelos próprios participantes (chamados de mineradores) em um sistema público, ou seja, que não possui um dono e que é mantido e atualizado de forma voluntária e descentralizada, remunerando os usuários que atuam na mineração com recompensas (registros de novos valores) – explicam as informações do site Financial Move.
Além das operações bancárias, também é possível realizar transações imobiliárias, contratos inteligentes de prestação de serviços, compra e venda de automóveis e outros bens, votações online, registros de patentes e quaisquer outros que se deseje manter seguros e invioláveis, dentro do Blockchain.
Acredita-se, inclusive, que em um futuro próximo, todos os bancos utilizarão o Blockchain, tanto por ser um sistema inviolável quanto por ser bastante econômico.
Segundo um estudo publicado em co-autoria com o Santander, um dos maiores bancos do mundo, em 2015 já existiam mais de 25 tipos de operações bancárias que poderiam ser realizadas através do blockchain e isso eliminaria até 20 bilhões de dólares de custos bancários.
Além do banco espanhol, diversos outros bancos ao redor do mundo estão estudando, aprendendo e buscando formas de utilizar o blockchain para melhorar suas operações.
O Citibank e o Goldman Sachs, americanos, o BBV, espanhol, como o Santander, e os bancos australianos Westpac e Commonwealth Bank, são apenas alguns dos que já compreenderam que estão diante de um caminho sem volta.
A Nasdaq, onde se negociam as ações de empresas de tecnologia na Bolsa de Valores Nova Iorque, utiliza o Blockchain, desde dezembro de 2015, para registrar suas operações. O mesmo ocorre com a ICAP, empresa britânica de serviços financeiros.
Você já realizou alguma operação registrada no Blockchain? Conte sua experiência e compartilhe esse conteúdo nas redes sociais!
Redação: Bruna Bozano.