O Sudão passa por meses de turbulentos protestos contra o governo, que culminaram em um golpe militar em 11 de abril.
Por Redação, com Sputnik – da Cidade do Vaticano
O papa Francisco pediu o fim da violência no Sudão e a retomada do diálogo depois que a crise no país se intensificou em 3 de junho, quando a polícia dispersou um protesto próximo ao quartel-general do exército de Cartum matando dezenas de manifestantes.
– As notícias vindas do Sudão nos dias de hoje evocam dor e preocupação. Vamos orar por este povo para que a violência cesse e o diálogo ajude a encontrar o bem comum – disse o Pontífice ao se dirigir aos fiéis depois de celebrar a Missa de Pentecostes em Praça de São Pedro no Vaticano.
A declaração vem depois que os policiais sudaneses invadirem em 3 de junho o acampamento montado fora do quartel-general militar para pedir uma transição rápida para o governo civil. Segundo o Ministério da Saúde do Sudão, 46 pessoas foram mortasna repressão. A oposição afirma que o número de mortos aumentou para 100 pessoas.
O Sudão passa por meses de turbulentos protestos contra o governo, que culminaram em um golpe militar em 11 de abril. O Conselho Sudanês de Transição Militar chegou ao poder e prometeu realizar uma nova eleição dentro de dois anos, prazo considerado inaceitável pelos manifestantes. O ex-presidente Omar Bashir, que esteve no poder por 30 anos, foi destituído e preso.