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Petroleiros abrem processo e questionam contratos da Shell

20 de Novembro de 2017, 14:57 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Documento sigiloso, vazado pelo Greenpeace, mostra os detalhes do conluio entre o governo e a petroleira britânico-holandesa Shell.

 

Por Redação – de Brasília e Rio de Janeiro

 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) buscará, na Justiça, a revogação das alterações na Lei do pré-sal. A categoria acusa o lobby da Shell junto ao governo brasileiro para tomar posse do subsolo nacional, à revelia dos brasileiros. Segundo o presidente da FUP, José Maria Rangel, a entrega das riquezas nacionais começou com o “projeto entreguista” do senador José Serra (PSDB-SP). Aprofundou-se com as decisões de Pedro Parente, na direção da Petrobras.

— Para nós, não é supresa, mas agora veio a confirmação — disse Rangel.

Presidente da FUP, Rangel vai à Justiça contra o acordo entre o governo e a Shell

Presidente da FUP, Rangel vai à Justiça contra o acordo entre o governo e a Shell

Ao longo deste fim de semana, a mídia britânica repercutiu a notícia de que a isenção fiscal; o fim da política de conteúdo nacional e a flexibilização ambiental foram exigências da Shell para participar dos leilões que fatiaram o pré-sal.

— Apuração já — afirmou o sindicalista, nesta manhã.

Misshell

Ainda nesta segunda-feira, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) publicou, nas redes sociais, um vídeo e um artigo em que denuncia como o lobby da Shell mudou as regras do pré-sal no Brasil. As medidas adotadas pela Petrobras, com apoio da base do governo no Congresso, permitiram a isenção fiscal; a flexibilização ambiental e fim da política de conteúdo nacional.

— O governo inglês fez lobby, com sucesso, junto ao governo golpista de Temer, apelidado de Misshell, para mudar as regras de exploração do pré-sal em favor das inglesas Shell, British Petroleum (BP) e Premier Oil. O operador externo do lobby foi o ministro do Comércio inglês, Greg Hands. Ele veio ao Rio de Janeiro onde se reuniu com o operador interno, Paulo Pedrosa, secretário do Ministério de Minas e Energia — revela o senador.

Ainda segundo Requião, “as estimativas de isenção tributária para os contratos do pré-sal já negociados se elevam a cerca de US$ 1 trilhão”

— Abrir mão desses recursos é um crime contra as gerações atuais e futuras. Eliminar exigências de conteúdo local é abrir mão da geração de emprego; nos setores industriais de maior salário e maior geração de tecnologia. Por fim, a redução das regras ambientais significa simplesmente permitir que as grandes petroleiras poluam descaradamente o nosso mar e nosso território enquanto levam para suas matrizes os produtos limpos — afirma o senador.

Lobby estatal

No vídeo, ele afirma que a “imprensa safada” brasileira esconde da população esse escândalo, referindo-se à mídia conservadora.

Ainda nesta manhã, a Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace revelou um documento oficial da chancelaria britânica. No documento, constam os detalhes de como o governo Temer trai interesses nacionais; e atua em benefício de multinacionais do petróleo. O ministro de Comércio Greg Hands relata, no documento vazado, como o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, estaria fazendo lobby no governo brasileiro para servir à Shell. Ele teve todos os seus pedidos atendidos, atesta o ministro.

A Shell foi a principal vencedora do primeiro leilão do pré-sal. A operação, no entanto, ainda pode ser anulada. De acordo com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), a empresa será tratada como “receptadora de mercadoria roubada”; especialmente agora que já se sabe que o governo brasileiro cedeu ao lobby da multinacional.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/petroleiros-abrem-processo-questionam-contratos-shell/

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