Com a pré-candidatura definida no PSOL, Guilherme Boulos ataca Bolsonaro, adversário da extrema direita.
Presidenciável do PSOL, o cientista político Guilherme Boulos partiu para o enfrentamento ao concorrente da ultradireita, deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Em entrevista, neste sábado, Boulos aponta as declarações criminosas do parlamentar fluminense,
— Ele não deve ser tratado como concorrente, mas como criminoso. Faz apologia ao estupro, defende tortura em meio ao Congresso Nacional, faz falas racistas. Se o Código Penal fosse levado a sério, Bolsonaro estaria preso e não candidato a presidente. Enfrentar o Bolsonaro não é uma questão eleitoral, é questão de princípio — afirmou.
Guilherme Boulos descartou, ainda, uma possível união das legendas de esquerda, no primeiro turno.
— Isso não está colocado. A esquerda tem unidades e pontos de diferença. Ela tem unidade na democracia, o que implica o direito de o Lula ser candidato, contra as reformas do Temer e deve expressar isso, mas também tem diferenças de projeto, de análise, de balanço do País e de onde queremos chegar — disse.
Candidatos
O pré-candidato do PSOL também deixou clara a sua diferença com o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva.
— Não há mais margem de manobra para ganha-ganha no Brasil. Para avançar nos direitos sociais é preciso enfrentar os privilégios. Não é uma questão de excluir alguém, mas de tomar lado. O 1% que sempre mandou no Brasil, essa turma vive num capitalismo da casa grande, num mundo de fantasia. O lema deles é privatizar lucros e socializar prejuízos — acrescentou.
Guilherme Boulos e Sônia Guajajara foram nominados como candidatos do PSOL para disputar a Presidência da República. Eles participaram, nesta manhã, da convenção do partido, que definiu a chapa por votação.
— É o sonho que alimento em toda minha vida, e é o sonho que me mantém jovem — afirmou Luiza Erundina, nome histórico do partido.
Apoio
A ex-prefeita de São Paulo definiu a chapa como uma oportunidade de levar o povo ao poder.
— O inimigo de verdade está lá fora e é poderoso. Vamos a luta — advertiu.
Fundador da legenda, o ex-candidato ao Senado Milton Temer também aplaudiu a escolha da chapa.
“O PSOL mostrou (…) que, em suas diversas tendências internas, guarda uma imensa riqueza programática. Com distintas leituras táticas, é possível. Mas com um único objetivo estratégico: a superação do regime perverso de capitalismo predador por uma sociedade onde os valores da solidariedade; da fraternidade e da democracia profunda sejam as marcas da vida quotidiana da cidadania mobilizada. Luta que Segue!! contra todas as formas de direita reacionária que nos ameaçam”, concluiu.
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