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Prêmio Nobel da Paz tenta visitar Lula mas é impedido pela Justiça

18 de Abril de 2018, 17:23 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Segundo Esquivel, a visita ao ex-presidente Lula seria importante para trocar informações; além de fazer o lançamento da candidatura de Lula ao Nobel.

 

Por Redação, com ACSs – de Curitiba e Rio de Janeiro

 

Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel disse ser obrigação moral lutar pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele encabeça a lista com mais de 200 mil assinatura, para que Lula seja indicado ao título da Academia Sueca. “A campanha será, oficialmente, lançada em setembro”, disse Esquivel.

Prêmio Nobel da Paz, Esquivel (E) encontrou-se, nesta quarta-feira, com a deputada Jandira Feghali (C)

Prêmio Nobel da Paz, Esquivel (E) encontrou-se, nesta quarta-feira, com a deputada Jandira Feghali (C)

Para ele, o ex-presidente merece a premiação por ter retirado mais de 30 milhões de pessoas da miséria. Nesta quarta-feira, Pérez Esquivel teve negado o pedido para uma visita de inspeção ao ex-presidente Lula. A juíza federal Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, negou o pedido, em despacho nesta tarde.

Segundo Esquivel, a visita seria importante para trocar informações; além de fazer o lançamento da candidatura de Lula ao Nobel.

— Lula é um homem que em todo o seu trabalho pensou nos mais necessitados, nos marginalizados. Tirou da pobreza e da fome mais de 30 milhões de brasileiros. Lula tem reconhecimento da ONU, FAO, OEA e Unesco. Nenhum presidente do mundo fez isso. É um caso único, por isso o prenderam e deram o golpe em 2016 — observou Pérez Esquivel.

Lula Livre

Ele explicou que está conversando e trocando informações com outros ganhadores do Nobel da Paz de países como Espanha, Alemanha, Itália e Egito, entre outros, para entregar uma documentação sobre Lula ao Comitê do prêmio e lançar sua candidatura, no próximo mês de setembro, época das inscrições.

— As possibilidades de Lula ganhar são muitas. Seria o primeiro Prêmio Nobel do Brasil e seria muito importante esse reconhecimento — acrescentou.

Esquivel disse ainda que muitos países estão preocupados com a situação do Brasil, que é preciso trabalhar a resistência, não ser cúmplice das injustiças, não permitir as injustiças, lutar contra a impunidade, e por isso quer Lula Livre.

Controle social

Segundo o Nobel da Paz, estão destruindo o sistema progressista do continente latino-americano. A democracia está em perigo com os povos perdendo direitos e liberdade.

Ele citou ainda o assassinato e a prisão de mais de 100 jornalistas no continente latino-americano, e lembrou que as forças policiais e armadas desses países, incluindo o Brasil, estão sendo treinadas na Palestina, por Israel.

Segundo afirmou, o parlamento israelense aprovou a tortura como forma de repressão.

— É um treinamento para controle social, e aplicam essa política, essa metodologia repressiva aqui no continente.

Unidade

De acordo com Esquivel, é uma obrigação moral, como companheiros de luta, lutar pela liberdade, fortalecer a unidade entre os povos. Que não é preciso pensar igualmente, mas ter objetivos comuns.

— Precisamos encaminhar a palavra, com uma palavra podemos amar e com uma palavra podemos destruir como uma arma. A palavra nesse momento é unidade, para pensar juntos, para construir. O dia que deixarmos de sorrir pela vida, é porque perdemos do capitalismo e o capitalismo nasceu sem coração — disse.

O Nobel da Paz incentivou a busca por alternativas de economia solidárias, economias regionais e, em especial, a educação. Citando Paulo Freire como exemplo, disse que a educação existe como prática da liberdade.

Diversidade

— Muitas vezes pensamos que a liberdade não é fazer nada. Liberdade é lutar pela justiça, se não há justiça, não há paz e não há liberdade. Devemos incluir nos direitos dos povos a sua identidade, seus valores e sua espiritualidade porque ser povo não é contar muita gente, é ter identidade; pertencer a algo. É o sentido da vida; é a força para construir novas possibilidades de vida — analisou.

Na entrevista, as memórias da vereadora do PSOL e militante dos direitos humanos, Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram lembradas. Nesta terça-feira, completou um mês em que ambos foram brutalmente assassinados. Até hoje, a polícia não apontou nenhum suspeito pelas mortes.

— A diversidade é democracia. Não podemos ter medo da repressão que matou Marielle e Anderson Gomes. Vivemos num estado de violência estrutural que assassina índios, negros, homens e mulheres que defendem os direitos humanos. Precisamos resistir ao capitalismo, que põe o interesse financeiro sobre a vida dos povos — declarou o Nobel da Paz, Peres Esquivel.

Povo sem Medo

Segundo Esquivel, a morte de Marielle teve grande repercussão na América Latina e no mundo.

— É o reconhecimento de uma lutadora de seu povo. Marielle está presente no Brasil e no mundo. Temos de recordar sua memória. Marielle Vive! — pontuou.

A visita do prêmio Nobel da Paz à favela da Maré e a coletiva foi organizada pelo Fórum Pró-Comissão Popular da Verdade. Estiveram presentes moradores e lideranças das favelas, Frente Brasil Popular, FAFERJ, FAF Rio, MST, MTST, Frente Povo Sem Medo e movimentos sociais.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/premio-nobel-paz-tenta-visitar-lula-impedido-justica/

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