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Rajoy firma bases para dar resposta à Catalunha

20 de Outubro de 2017, 14:04 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Primeiro-ministro assegura o apoio de oposicionistas para dissolver Parlamento catalão e realizar eleições já em janeiro na região. Medidas devem avançar nos próximos dias no Congresso

Por Redação, com DW – de Madri:

O governo central da Espanha assegurou o apoio da oposição para dissolver o Parlamento da Catalunha e realizar novas eleições na região autônoma em janeiro, enquanto são finalizadas as medidas que o Conselho de Ministros deve aprovar no sábado para “restaurar a legalidade” na região autônoma.

O premiê Mariano Rajoy (dir.) com o líder da oposição, Pedro Sánchez

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), principal grupo opositor; disse nesta sexta-feira que apoia o pacote de medidas extraordinárias para impor um domínio de Madri sobre a região; cuja declaração ambígua de independência afligiu o euro e prejudicou a confiança na quarta maior economia da zona do euro.

O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, buscava o apoio dos socialistas para apresentar uma frente política unida contra os separatistas catalães.

A secretária da Igualdade dos socialistas, Carmen Calvo; confirmou à emissora estatal TVE a veracidade da notícia previamente veiculada pelo portal noticioso diário.es. 

A especialista em Direito Constitucional lidera a delegação do PSOE que negocia com o Executivo as medidas concretas; a serem aprovadas no sábado no Conselho de Ministros, convocado visando iniciar o processo de aplicação do polêmico Artigo 155 para forçar; que a Catalunha regresse à ordem constitucional; após o referendo pela independência, considerado ilegal por Madri.

– O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, vê como absolutamente claro que isto (a aplicação do Artigo 155) é para levar a Catalunha a eleições – disse Calvo; que instou o líder catalão Carles Puigdemont a se antecipar e convocar as eleições para evitar a aplicação desta medida constitucional nunca antes utilizada.

Entrevistada pela rede de televisão Antena 3, Calvo disse que as medidas “evidentemente poderiam afetar”; a polícia regional (Mossos d’Esquadra) e a rede autônoma de televisão TV3, além das contas públicas da Catalunha. “O objetivo é voltar à legalidade; à normalidade e à tranquilidade institucional para realizar eleições regionais”, argumentou Calvo.

Eleições na Catalunha

O portal diário.es afirmou ainda que Rajoy e Sánchez chegaram a um acordo para que as eleições na Catalunha sejam em janeiro e explica que já têm fechado o acordo para implementar o Artigo 155, com o qual pretendem travar as aspirações independentistas do governo Puigdemont.

Parlamentares

Por outro lado, fontes parlamentares citadas pela agência espanhola de notícias EFE asseguraram que o Senado aprovará na próxima sexta-feira as medidas que o governo pretende propor no sábado. O Partido Popular (PP), de Rajoy, ostenta a maioria no Senado.

A mesa do Senado se reúne neste sábado, logo a seguir ao Conselho de Ministros, e se espera que chegue a um acordo para criar uma comissão mista de 27 senadores. Essa comissão será encarregada de tramitar a proposta do governo antes de esta chegar à sessão plenária prevista para daqui a uma semana.

O regulamento do Senado não prevê um prazo concreto para que Puigdemont possa contestar a proposta de Madri, tendo a comissão mista de tomar essa decisão.

Êxodo de empresas

A incerteza política prolongada fez com que milhares de empresas transferissem suas sedes para fora da Catalunha. Segundo a associação patronal Pimec, cerca de 1,3 mil pequenas e médias empresas; quantidade que representa 1% das empresas catalãs de até 250 empregados, adotaram a medida.

Por outro lado, 79,3% destas empresas não pensa neste momento em mudar a sede. Segundo a pesquisa, realizada entre 14 e 18 de outubro; 65% das pequenas e médias empresas catalãs asseguram também que a situação política atual não lhes afeta economicamente.

Empresas

Além disso, cerca de 11% das pequenas e médias empresas dizem que já abriram contas bancárias fora da Catalunha e 13% pensam em fazê-lo; enquanto 23% sentem inquietação financeira; contra 54% que se mostram tranquilas.

A pesquisa da associação Pimec é baseada em uma mostra de 401 empresas; que representam 130 mil pequenas e médias empresas da Catalunha. Com mais de 1 milhão de funcionários; essas empresas desenvolvem sua atividade basicamente no setor de serviços (65%), indústria (27%) e construção (10%).

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/rajoy-firma-bases-para-dar-resposta-a-catalunha/

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