O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse nesta sexta-feira que o novo coronavírus está em aceleração em todo o país, com as internações por covid-19 dobrando a cada oito dias, mas não quis dizer se outra quarentena nacional será imposta no mês que vem.
Por Redação, com Reuters – de Londres/Paris
O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse nesta sexta-feira que o novo coronavírus está em aceleração em todo o país, com as internações por covid-19 dobrando a cada oito dias, mas não quis dizer se outra quarentena nacional será imposta no mês que vem.
Fila de pessoas para realização de testes de covid-19 em Southend-on-sea, no Reino UnidoO Reino Unido relatou o quinto maior número de mortes de covid-19 do mundo, vindo atrás de Estados Unidos, Brasil, Índia e México, de acordo com dados coletados pela Universidade Johns Hopkins.
Indagado reiteradamente pelo canal Sky News sobre a perspectiva de uma segunda quarentena nacional em outubro, o ministro disse se tratar de uma medida de último caso, mas que o governo fará o que for necessário para combater o vírus.
– O número de pessoas no hospital está dobrando a cada oito dias, mais ou menos… faremos o que for preciso para manter as pessoas seguras – disse Hancock. “Estamos sempre analisando estas coisas”.
Questionado sobre uma segunda quarentena, ele respondeu: “Não posso dar esta resposta agora”.
Os casos de covid-19 começaram a subir novamente no país em setembro, e na semana passada entre 3 mil e 4 mil exames positivos foram registrados diariamente, mas a cifra ainda está distante daquela da França, que está testemunhando mais de 10 mil casos novos por dia atualmente.
Na quinta-feira, o Reino Unido registrou 21 mortes pela doença, o que eleva o total para 41.705 pelo método de contagem do governo.
Mais de 10 milhões de habitantes do Reino Unido já estão em quarentenas locais, e o jornal London Evening Standard disse que cifras a serem divulgadas nesta sexta-feira mostrarão um aumento acentuado de casos de covid em Londres, o que cria o risco de restrições à socialização na capital nas próximas duas semanas.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi criticado por políticos de oposição por sua reação inicial ao surto, e o governo teve dificuldade para garantir exames suficientes nas últimas semanas.
França
A cidade de Nice, na Riviera Francesa, proibirá as reuniões de mais de 10 pessoas em espaços públicos enquanto tenta conter uma disparada nas infecções de covid-19 na região, disseram autoridades locais nesta sexta-feira.
Profissional de saúde realiza teste de covid-19 em paciente na cidade francesa de NiceBernard Gonzalez, governador da região de Alpes Marítimos, disse em uma coletiva de imprensa que os bares ficarão fechados da 00h30 às 6h e que a venda de álcool em pontos comerciais será proibida após as 20h.
As autoridades também estão diminuindo o limite de comparecimento em grandes eventos públicos de 5 mil para 1 mil pessoas.
Medidas adicionais
A notícia chega depois de medidas adicionais contra a covid-19 entrarem em vigor na segunda-feira nas cidades de Marselha e Bordeaux, incluindo regras mais rigorosas para frequentar praias, visitar idosos em casas de repouso e comparecer a eventos públicos ao ar livre.
A França registrou um recorde de 10.593 casos novos confirmados de coronavírus nas últimas 24 horas, mostraram dados do Ministério da Saúde na quinta-feira, a contagem diária mais alta do país desde o início da pandemia.