O risco de a covid-19 se disseminar em voos parece ser “muito baixo”, mas não pode ser descartado, apesar de estudos só mostrarem um número pequeno de casos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por Redação, com Reuters – de Genebra/Londres
O risco de a covid-19 se disseminar em voos parece ser “muito baixo”, mas não pode ser descartado, apesar de estudos só mostrarem um número pequeno de casos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O risco de a covid-19 se disseminar em voos parece ser “muito baixo”, mas não pode ser descartado“A transmissão em voo é possível, mas o risco parece ser muito baixo, dado o volume de viajantes e o número pequeno de relatos de casos. O fato de que a transmissão não é amplamente documentada na literatura publicada não significa, porém, que não acontece”, disse a OMS em um comunicado à agência inglesa de notícias Reuters.
A caracterização do risco ecoa as descobertas de um estudo do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que na semana passada descreveu a probabilidade de se contrair a doença em aeronaves comerciais como “muito baixa”.
Transmissão em voo
Mas algumas empresas aéreas usaram uma linguagem mais vigorosa para descrever o risco da transmissão em voo.
Southwest Airlines e United Airlines disseram que estudos recentes mostraram que o risco é “virtualmente inexistente”.
A Southwest, uma das poucas empresas aéreas que atualmente mantêm o assento do meio desocupado, disse nesta quinta-feira que, à luz da pesquisa, revogará a interdição destes assentos.
No dia 8 de outubro, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) disse que só potenciais 44 casos de transmissão em voo foram identificados entre 1,2 bilhão de viajantes neste ano.
Vacina da AstraZeneca
A potencial vacina contra covid-19 desenvolvida em parceria entre a farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford segue de forma precisa as instruções genéticas programadas por seus desenvolvedores para provocar de forma bem-sucedida uma forte resposta imune, de acordo com uma análise detalhada promovida por cientistas independentes.
– A vacina está fazendo exatamente o que esperamos e isso é somente boa notícia em nossa luta contra a doença – disse David Matthews, especialista em virologia da Universidade de Bristol, que liderou a pesquisa.
Os primeiros dados de testes clínicos de estágio avançado de larga escala sendo realizados em vários países do mundo, incluindo Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, devem ser divulgados antes do final do ano.
A vacina, conhecida como ChAdOx1 ou AZD1222, é feita com um vírus de gripe comum, chamado adenovírus, de chimpanzés do qual se apaga cerca de 20% das instruções do vírus, o que significa que é impossível a vacina repetir ou causar doenças em humanos.
O foco dos pesquisadores de Bristol foi determinar com que frequência e exatidão a vacina está copiando e usando as instruções genéticas programadas nela por seus engenheiros. Estas instruções detalham como fazer a proteína espiga do coronavírus SARS-CoV-2 que causa a covid-19.
Assim que a proteína espiga é feita, o sistema imunológico reage a ela, o que o treina para identificar uma infecção de covid-19 verdadeira.
– Este é um estudo importante, já que conseguimos confirmar que as instruções genéticas que sustentam esta vacina… são seguidas corretamente quando entram em uma célula humana – disse Matthews em um comunicado sobre o trabalho.
A pesquisa de sua equipe não foi analisada por colegas da comunidade científica, mas publicada como pré-impressão antes de uma revisão.