O futebol foi um dos esportes implicados na investigação, e a Fifa não quer correr riscos na Copa do Mundo sediada pela Rússia
Por Redação, com Reuters e DW – de Moscou:
Os russos não se envolverão com os testes de doping da Copa do Mundo, já que a Fifa quer garantir às seleções que não há meio de adulterar as amostras, disse o presidente do comitê médico da entidade que governa o futebol, Michel D’Hooghe, ao jornal Times.
Os russos não se envolverão com os testes de doping da Copa do Mundo
Um relatório de 2016 encomendado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês); e compilado pelo advogado canadense especializado em esportes Richard McLaren revelou; que mais de mil competidores russos se envolveram em uma conspiração para ocultar exames positivos ao longo de um período de cinco anos.
O futebol foi um dos esportes implicados na investigação; e a Fifa não quer correr riscos na Copa do Mundo sediada pela Rússia.
Antidoping
– Minha condição básica para comandar a política antidoping na Rússia foi; que tudo fosse feito desde o início até o último ponto pela Fifa sem intervenção russa – disse D’Hooghe ao Times.
– Isso significa que os acompanhantes, que levam os jogadores para fora do campo; serão designados pela Fifa e não serão russos.
A Rússia reconheceu algumas descobertas do relatório McLaren; mas vem negando repetidamente a existência de um programa de doping patrocinado pelo Estado.
Cães de rua
Uma guerra opõe ativistas de direitos dos animais e autoridades da Rússia às vésperas da Copa do Mundo de 2018. No centro dela está a “limpeza” das ruas das grandes cidades dos vira-latas.
O problema dos cães sem dono já existe há muito tempo, mas ganhou uma nova dimensão com a chegada do grande evento esportivo.
A Rússia quer causar uma boa impressão nos turistas estrangeiros; o que inclui também retirar os cães sem dono das ruas. Especialistas calculam que há de 400 mil a até 2 milhões vagando pelo país.
Ativistas de proteção dos animais alertam para editais cada vez mais frequentes nos sites de autoridades russas, às vésperas da Copa do Mundo. Neles, diz-se que animais abandonados não devem mais apenas ser “recolhidos, esterilizados e abrigados”, mas também “recolhidos, transportados e eliminados”.
A ativista Helena Ivanova-Werchovskaya afirma que as autoridades prometeram construir abrigos temporários nas cidades da Copa. “Os cachorros seriam recolhidos, esterilizados, abrigados e, depois da Copa do Mundo, de novos soltos. Isso era o que se dizia há dois, três meses.”
Mas apenas Moscou, São Petersburgo e Níjni Novgorod, três das 11 cidades onde a Copa será disputada; têm abrigos para animais de rua. Kaliningrado está construindo um. E em nenhuma delas as condições são ideais. “Onze cidades russas estão sendo inundadas com o sangue de animais sem dono”, afirma o grupo de ativistas BloodyFifa2018.
Segundo Ivanova-Werchovskaya, o problema exista há décadas e não pode ser resolvido em tão pouco tempo. Ela trabalha para a Câmara Pública de Moscou, onde coordena um grupo de vigilância dos cães abandonados. A Câmara Pública, recentemente criada pelo presidente Vladimir Putin, é um órgão consultivo do Parlamento que assessora o trabalho das duas câmaras parlamentares.
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