Após vários meses de mensagens “não-oficiais” e um silêncio ambíguo, os talebãs afirmaram através de um comunicado que os esforços do governo nada mais são que “uma conspiração orquestrada pelos ocupantes estrangeiros para enfraquecer
Por Redação, com EFE – de Cabul:
Os talebãs rejeitaram nesta quarta-feira a proposta de diálogo lançada no final de fevereiro pelo governo do Afeganistão, em mensagem onde qualificaram a iniciativa como um “esforço para enganar e conspirar” e na qual anunciaram uma nova ofensiva de primavera.
Os talebãs rejeitaram nesta quarta-feira a proposta de diálogo lançada no final de fevereiro pelo governo do Afeganistão
Após vários meses de mensagens “não-oficiais” e um silêncio ambíguo; os talebãs afirmaram através de um comunicado que os esforços do governo nada mais são; que “uma conspiração orquestrada pelos ocupantes estrangeiros para enfraquecer; esmagar e eventualmente pacificar a legítima resistência afegã e não para acabar com a guerra”.
No dia 28 de fevereiro, o presidente afegão, Ashraf Ghani, apresentou uma proposta com vários pontos; incluindo o reconhecimento como partido político dos talibãs, abertura de um escritório, expedição de passaportes e facilitação da realocação das suas famílias e a libertação de presos.
A proposta
A proposta, realizada no contexto do diálogo de Cabul, foi a mais ambiciosa apresentada até agora pelo governo; e ao contrário que no passado; quando os talibãs rejeitaram de maneira imediata outras propostas com o mesmo objetivo; nessa ocasião mantiveram posição ambígua.
Hoje, os talebãs, que em janeiro ofereceram um diálogo ao governo dos Estados Unidos; acusaram Washington de “não ter intenções sérias nem sinceras de acabar com a guerra”.
– Eles querem intensificar e prolongá-la (a guerra) enterrando o Afeganistão e toda a região em suas chamas; garantindo influência e interferência no futuro – disseram.
Ofensiva de primavera
Os talebãs também anunciaram sua habitual ofensiva de primavera; prometendo que continuarão seus ataques contra as forças afegãs e estrangeiras; colocando como alvo prioritário os “invasores norte-americanos e seus agentes de inteligência”, e depois com seus “apoiadores internos”.
O Afeganistão atravessa um período de grande violência desde janeiro de 2015; quando a OTAN finalizou a sua missão militar no país; embora este ano os Estados Unidos aumentaram para 14 mil as s tropas implantadas no país, grande parte integradas dentro da missão de capacitação das forças afegãs da Aliança Atlântica.
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