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Temer toma coragem e garante votação da Previdência no dia 18

8 de Dezembro de 2017, 15:21 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Investidores gostam da decisão, mas nem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acredita na possibilidade de votar a reforma da Previdência.

 

Por Redação – de Brasília

 

Presidente de facto, Michel Temer está decidido a enfrentar a sorte. Após uma série de reuniões, na noite passada e na manhã desta sexta-feira, Temer anunciou que tentará subtrair os direitos dos trabalhadores no dia 18. Ele torce para que, no mínimo, 308 deputados o acompanhem na aventura, que poderá desencadear uma série de protestos, por todo o país.

O presidente de facto, Michel Temer, diz que votará a reforma da Previdência no próximo dia 18

Embora tenha tomado a decisão, com base apenas da expectativa, pois não há qualquer compromisso formal dos partidos em apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que derruba a legislação previdenciária em vigor, Temer sequer pode garantir que a proposta será, efetivamente, levada ao Plenário da Casa, na data anunciada. Se, até lá, perceber que a derrota será iminente, poderá recuar e deixar o assunto para o ano que vem.

Após o anúncio, nesta manhã, a cotação do dólar parou de subir e as bolsas de valores estancaram a queda da véspera. No entanto, esse quadro poderá se alterar caso os investidores constatem que continua baixa a disposição dos deputados da base aliada em oferecer mais essa ajuda ao governo. Trata-se de um pesado passivo frente ao eleitorado; a menos de um ano da corrida às urnas. Se não bastasse, o quórum tradicionalmente baixo nas últimas sessões do ano torna ainda mais arriscada a manobra do Planalto.

Sem votos

Inicialmente, a previsão do governo e da base aliada era votar a proposta já na semana que vem. De acordo com Ribeiro, a decisão de adiar a votação foi feita por “prudência” e com o objetivo de se consolidar o apoio e os votos necessários para a aprovação da reforma. O governo sabe que ainda não dispõe dos votos que precisa e quer ter uma margem de pelo menos 320 deputados favoráveis à matéria.

Segundo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), nos próximos dias o governo e líderes aliados pretendem intensificar as tentativas de convencimento dos deputados; mostrando a importância da mudança nas regras previdenciárias. Quer, assim, “desmistificar” as dúvidas e críticas ao texto para alcançar o mínimo de votos necessário à aprovação.

— Foi feita uma avaliação de que nós devemos ter mais uma semana para melhorarmos ainda mais o ambiente, que já melhorou. Mas precisamos avançar para conquistar ainda mais os votos necessários à aprovação da reforma. Nós, com o esclarecimento, vamos conseguir os votos; desmentindo as inverdades que são dirigidas à reforma da Previdência — afirmou.

Também participaram do encontro, no Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; os líderes do DEM, Efraim Filho (PB), do PP, Arthur Lira (AL), do PRB, Cleber Verde (MA); e o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais articuladores do governo na Casa.

Calendário

Ribeiro disse ser preciso esclarecer que a reforma não retirará direito dos aposentados; e não vai endurecer as regras para os trabalhadores rurais. Ele não quis citar os números atuais da planilha em que o governo contabiliza os votos dos deputados que já apoiam a reforma; mas  afirmou que a “meta de segurança” é ter mais de 320 votos. Só assim espera colocar o texto em votação no plenário.

— Nós estamos, se fosse numa campanha política, numa crescente, em um ambiente que vem melhorando a cada dia — disse.

Sobre a liberação de emendas e outros pedidos para convencer os parlamentares a votar a favor da PEC, Ribeiro justificou que a execução orçamentária faz parte do calendário. Ele diz que a economia está se recuperando; e que a aprovação da reforma da Previdência é essencial para que o Brasil continue nessa perspectiva.

— (Há uma) conjunção (de fatores), exatamente pela perspectiva de poder aprovar a Previdência. Porque, se não aprovarmos, ninguém também pense que teremos recursos para enfrentarmos investimentos no país. No momento, por exemplo, que os prefeitos brasileiros têm dificuldades para fechar o caixa; e pagar o 13º dos seus funcionários; o presidente (de facto) acenou com liberação de R$ 2 bilhões para fazer com que a economia também ande — concluiu.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/temer-toma-coragem-garante-votacao-previdencia-dia-18/

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