Trump, que fez da construção do muro um fundamento de sua presidência, exigiu US$ 5 bilhões do Congresso neste ano para a divisa e ameaçou paralisar o governo se os parlamentares não consentirem.
Por Redação, com Reuters – de Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira, sem apresentar provas, que o Estado do Arizona “está se preparando para um aumento enorme” de imigrantes ao longo da fronteira que não tem cerca de proteção, reiterando seu apelo para que os democratas apoiem o financiamento do muro que propôs erguer na divisa.
Imigrantes desembarcam de ônibus das autoridades migratórias dos EUA em Phoenix– O Arizona, juntamente com nossos militares e a patrulha de fronteira, está se preparando para um surto enorme em uma área sem muro. Não os deixaremos passar – escreveu Trump no Twitter, parecendo manter a pressão para os parlamentares aprovarem uma legislação para manter o governo em funcionamento até 30 de setembro do ano que vem.
Segurança
Representantes da Casa Branca, do Departamento de Segurança Interna e do Pentágono não responderam de imediato a pedidos de comentário. Não ficou claro se Trump tinha um grupo específico de imigrantes em mente.
Na quarta-feira a agência de Alfândega e Proteção de Fronteira dos EUA disse que os agentes de fronteira do Arizona apreenderam dois grupos de famílias de Honduras e da Guatemala, um total de 124 imigrantes que havia cruzado para o território norte-americano.
O Congresso aprovou um projeto de lei de gastos provisórios de uma quinzena na quinta-feira, mas os parlamentares ainda precisam acertar uma medida de financiamento de longo prazo para subsidiar agências do governo até o final do ano fiscal, em setembro.
Trump, que fez da construção do muro um fundamento de sua presidência, exigiu US$ 5 bilhões do Congresso neste ano para a divisa e ameaçou paralisar o governo se os parlamentares não consentirem.
Nova embaixadora na ONU
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicará a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, como embaixadora na Organização das Nações Unidas (ONU), disseram duas fontes da Casa Branca na quinta-feira, escolhendo uma pessoa sem experiência política para lidar com alguns dos temas mais espinhosos do mundo.
O anúncio da decisão é esperado para esta sexta-feira, disseram os funcionários, pedindo anonimato.
Heather, cuja nomeação exigiria a confirmação do Senado, é ex-correspondente e âncora do canal Fox News. Ela se tornou porta-voz do Departamento de Estado em abril de 2017 e no início deste ano foi escolhida como subsecretária interina para diplomacia pública e assuntos públicos.
Se confirmada, Heather, de 48 anos, sucederá Nikki Haley, que em outubro comunicou que deixaria o cargo na ONU no final do ano.
O Departamento de Estado não quis comentar, e Heather não respondeu de imediato a pedidos de comentário.
Heather, que no início deste ano foi considerada uma possível sucessora da porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, ganhou experiência na diplomacia trabalhando no Departamento de Estado, mas carece das credenciais políticas de Nikki, que é ex-governadora da Carolina do Sul.
No entanto, contar com o apoio direto do presidente e do secretário de Estado, Mike Pompeo, pode fortalecer sua imagem entre os diplomatas globais na ONU, que repudiaram a política externa “América Primeiro” de Trump.
Ela enfrentará uma variedade de desafios se assumir o posto, entre eles defender os esforços dos EUA para conter a influência do Irã no Oriente Médio e fazer com que a entidade global mantenha a Coreia do Norte sujeita a sanções rígidas enquanto Washington tenta negociar o fim dos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang.
Trump já expressou ressalvas à ONU, queixando-se de seu custo para Washington e criticando-a por se concentrar na burocracia e em processos, ao invés de resultados.
Ele retirou os EUA do organismo de direitos humanos da entidade em setembro, citando um preconceito contra Israel. Seu governo cortou o financiamento da agência de refugiados da ONU, e no ano passado propôs cortes de fundos norte-americanos na assistência e na diplomacia que poderiam limitar o trabalho da entidade global.