“O que está por vir, pode derrubar o Capitão eleito. O que querem é claro!”, disse o filho ’02’ do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Por Redação – de Brasília
Em uma mensagem cifrada, nesta quarta-feira, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), conhecido por ’02’, afirmou que “o que está por vir” pode derrubar o governo do pai dele, Jair Bolsonaro (PSL). Na semana passada, o próprio mandatário já anunciara graves obstáculos à frente.
O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), o ’02’, como é conhecido, voltou a atacar os adversários, no Twitter“Onde estão os caras feias, os identificadores de problemas, os escritores de cartas para aliados ‘desbocados’? O silêncio não tem nada a ver com a descoberta de seus devidos lugares. O que está por vir, pode derrubar o Capitão eleito. O que querem é claro!”, disse o parlamentar no Twitter.
Precipício
A informação de que o desenlace de alguma situação grave, ainda não exposta, publicamente, já circula nos meios políticos brasileiros e em setores do Congresso baseou a outra declaração vaga, na véspera. Dessa vez, partindo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
FHC reuniu-se, na noite passada, com sindicalistas da Força Sindical e insinuou que o presidente empossado há quatro meses estaria perto do precipício e sua queda seria iminente.
O ex-presidente tucano não desceu a detalhes, mas disse a jornalistas que um presidente da República sem maioria no Congresso, pode cair a qualquer minuto. Ele referia-se, inicialmente, ao golpe de Estado que resultou na queda da presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, e não chegou a citar o presidente Bolsonaro.
Golpe militar
No entanto, “o risco existe”, reflete o tucano. Na reunião com os sindicalistas, FHC frisou, mais de uma vez, que Bolsonaro não conseguiu construir uma base no Congresso e está exposto à intempéries políticas, principalmente agora que a Justiça pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de seu filho primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), suspeito de envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro.
FHC também referia-se ao risco de mais um golpe militar, diante da crise entre a família Bolsonaro e os militares. O ex-presidente disse aos sindicalistas para que interajam mais intensamente com a academia e o setor militar. Estes dois campos ainda mantêm o “bom senso” nos segmentos mais à direita, na sociedade.