Cotado no PSDB para a candidatura ao Palácio do Planalto, em 2022, Doria no entanto passa a negar que concorrerá ao cargo de seu mais novo desafeto político, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Por Redação – de São Paulo
Eleito para a Prefeitura de São Paulo, em 2016, e ao governo do Estado, em 2018, com um discurso marcado pelo antipetismo, o governador João Doria (PSDB) agora tem pregado um diálogo “contra os extremos”, por meio de uma frente que inclua a centro-esquerda.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tenta se aproximar de uma frente contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)Cotado no PSDB para a candidatura ao Palácio do Planalto, em 2022, Doria no entanto passa a negar que concorrerá ao cargo de seu mais novo desafeto político, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
— O comportamento das pessoas muda ao longo do tempo. Não há comportamento estanque, paralisado — disse o governador ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP).
Doria, no entanto, prefere não dizer que integrará o movimento que visa derrotar o atual mandatário. Segundo afirmou, “a frente não deve ser contra Bolsonaro, mas a favor do Brasil”.
— A frente deve reunir o maior número possível de pessoas e pensamentos que estejam dispostos a proteger o Brasil e a população. (Essa frente) Comporta o pensamento liberal de centro, que é o que eu pratico, mas comporta também centro-direita, centro-esquerda, aqueles que têm um pensamento mais à esquerda e à direita. Só não caberá o pensamento dos extremistas, até porque os extremistas não querem compartilhar, discutir. Eles querem impor situações ao País, tanto na extrema-esquerda, quanto na extrema-direita. Destes extremos nós temos que ficar longe — afirmou.
Centro-esquerda
Para Doria, a centro-esquerda à qual se refere é integrada por “todos aqueles que integram um sentimento múltiplo, compartilhador e dedicado ao país, sem interesses pessoais se sobrepondo ao interesse do país”.
— Temos que ter a capacidade de diálogo com humildade. Saber ouvir e valorizar o contraditório. O contraditório ajuda o Brasil, e não prejudica. O que prejudica é o extremismo — acrescentou
Ciro Gomes e Marina Silva, que mantém um discurso próximo ao do tucano, devem integrar o movimento.
— Não devemos excluir ninguém que tenha esse sentimento. Todos que têm esse sentimento são bem-vindos, até mesmo os que no passado praticaram posições mais extremistas, mas que possam ter mudado e estejam hoje no campo do diálogo — concluiu.