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Daniela

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A charge como espaço de combate – entrevista com Santiago

июля 12, 2012 21:00 , by Unknown - 0no comments yet | No one following this article yet.
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A entrevista a seguir foi publicada originalmente na edição 40 do Jornalismo B Impresso. Junto com ela, também está no jornal uma entrevista com outro grande chargista brasileiro, Carlos Latuff. Para assinar o Jornalismo B Impresso e receber o jornal em casa, em qualquer lugar do Brasil, basta entrar em contato pelo bjornalismob@gmail.com.
Santiago: A charge como espaço de combate.
Santiago: A charge como espaço de combate.
Se nos últimos anos o Brasil no exterior deixou de ser reconhecido apenas por seu futebol e seu samba graças ao crescimento econômico e de influência política, alguns personagens antes disso já furavam as barreiras fronteiriças e carregavam a ideia de “brasileiro” como sinônimo de charges contundentes e de qualidade.

Santiago é um dos chargistas brasileiros que sempre teve grande reconhecimento fora do país. Passou por algumas redações da mídia dominante no país, mas quase sempre foram passagens curtas e tumultuadas, graças à vocação crítica do desenhista e ao rabo preso das empresas.
Na entrevista a seguir, Santiago fala sobre o mundo das charges e o mundo fora delas, ambos tão grandes e complexos.
Jornalismo B – Há algum tempo promovemos um debate com a tua participação. O tema era “Chargismo: humor ou subversão?” Qual a resposta pra essa pergunta?
Santiago – Continuo achando q humor é sempre transgressão. A vocação do humor é anarquista. Millôr disse que jornalismo é oposição e o resto é papel pra embrulhar peixe. É impossível produzir uma peça de humor puxassaquista. O humor sempre levantou a ponta do tapete pra mostrar a sujeira escondida.
Como foram tuas passagens pelos veículos da grande mídia?
Estive quase 10 anos na Folha da Tarde e com participação no Correio do Povo. Confirmei que nos grandes veículos o controle é enorme. Muita coisa deixa de sair para não desagradar anunciantes.
E tuas saídas do Jornal do Comércio e da Revista do CREA?
No JC se tornou impossível fazer humor, porque o dono, que vinha do comércio, não entendia nada de jornalismo e queria fazer um jornal que não desagradasse os seus amigos da classe dirigente. Chegou a haver um episodio mais engraçado que as próprias charges que fazíamos. O editor-chefe pediu que um desenho que criticava Rigotto (Germano Rigotto, então governador do Rio Grande do Sul) fosse adaptado para uma critica ao Lula. No jornal do CREA fui mandado embora não para dar lugar a algum jovem promissor desenhista (o que eu aceitaria de muito bom grado), fui afastado porque o presidente queria dar a vaga para o chargista de Zero Hora , Marco Aurelio , chargista que em 40 anos de carreira não conseguiu superar  deficiências básicas de técnica de desenho.
Volta e meia denuncias algum caso de plágio no meio dos chargistas no RS. É o tipo de coisa que acontece em todos os lugares, ou temos algum problema específico por aqui?
Na verdade existem três possibilidades na criação: memória traidora (quando o artista esquece o que viu e depois lembra, acreditando ser sua criação), coincidência, e, por ultimo, má fé mesmo. Eu tive uma ideia minha refeita na revista do CREA e não perdoo que um colega não procure sequer ver o que os outros estão fazendo, p evitar coincidência de ideias.
Falas bastante, nas tuas charges, do tema da mídia. Que papel tem cumprido hoje a grande mídia brasileira? E que esperanças podemos depositar na mídia independente?
São grandes empresas com interesse de grandes empresas, então é claro que a imprensa vai ser sempre a voz do grande capital e nunca a voz do trabalho. É claro que vai ser sempre a defesa dos interesses do grande empresariado e principalmente dos que também são anunciantes. Tento fazer em desenho aquilo que a midia nunca fará, que é a AUTOCRITICA. Sempre vai parecer que a mídia é um setor intocável e puro, porque não tem uma imprensa da imprensa para mostrar os enormes desmandos desse setor. Acho que vamos começar a ter liberdade de imprensa quando os veículos debaterem coisas como concessões de Radio e TV.
No Jogos de Verdade
Источник: http://contextolivre.blogspot.com/2012/07/charge-como-espaco-de-combate.html

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