Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, não se contém. Na eleição presidencial de 2010, ela virou motivo de chacota nas redes sociais ao protagonizar um vídeo em que elogiava a “massa cheirosa” do PSDB num evento de apoio ao eterno candidato José Serra. Hoje, em novo lapso de sinceridade, a abnegada militante tucana confirmou o que muitos já sabiam: “O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT e condenando a antiga cúpula partidária”.
Desta forma, ela confessa que o julgamento do chamado “mensalão” tem objetivo político-eleitoreiro e foi cronometrado para atingir seu ápice exatamente nas vésperas das eleições municipais. O ministro Joaquim Barbosa, que no passado era estigmatizado pela mídia, agora virou o novo herói nacional. Ele é a única “autoridade” que pode salvar a oposição demotucana do seu total definhamento. Com seu ódio inquisidor contra o PT, a estrela do STF é hoje o “grande aliado de Serra” e de outros candidatos do PSDB, DEM e PPS no país.
A visão elitista de Cantanhêde
Para a jornalista da Folha, o grande embate que se trava hoje se dá entre os defensores da ética e os “governos petistas, só eles, que salvam os pobres deste país” – alfineta em tom de ironia. “Em Brasília, ontem, enquanto Joaquim Barbosa dizia que fatos, testemunhas e reuniões palacianas colocam Dirceu, chefe da Casa Civil de Lula, ‘em posição central da organização’ que comprava partidos e parlamentares no Congresso, o governo anunciava convenientemente a redução de 40% do número de miseráveis”.
Cantanhêde afirma que este embate definirá o resultado das eleições. “O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT... O maior empurrão de Haddad vem de Lula, Dilma, Lewandowski e da palavra-chave: ‘pobres’. A inclusão social da era Lula é uma realidade, mas contrapor mensalão a programas para pobres não deixa de ser uma atualização sofisticada e subliminar do ‘rouba, mas faz’ de Adhemar de Barros, que parece sobreviver a tudo e a todos”.
A jornalista da Folha não esconde seu entusiasmo com a “massa cheirosa” do PSDB. Para ela, a oposição demotucana – composta por vários políticos mais sujos do que pau de galinheiro – seria a expressão da ética e teria em Joaquim Barbosa o seu patrono. Ela insiste em omitir a privataria tucana, o mensalão tucano – que ela chama de mensalão mineiro –, entre outras maracutaias da direita nativa. Já os “governos petistas” e as forças de esquerda seriam “populistas”, com sua “palavra-chave: ‘pobres’”. Que nojo dos pobres!
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