Já me referi, aqui no blogue, sobre as críticas dos movimentos sociais pela comunicação como direito humano sobre a nomeação do Conselho de Comunicação Social pelo Senado/Congresso Nacional . Pois que os ânimos estão longe de se acalmar, mesmo depois da posse, que se deu na quarta-feira, 08. A deputada Luíza Erundina (PSB-SP), que preside a Frentecom – Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação com Participação Popular, foi à tribuna, e colocou o dedo na ferida.
Postei no Facebook, mas não poderia deixar de transcrever aqui, pois é assunto do interesse de todos. Assista e avalie, se ela não tem razão:
Além da Frentecom e do FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da comunicação (na postagem linkada), a nomeação e a posse – restritas aos de sempre com raras exceções -, foram objeto de crítica, também, da Frentex-SP – Frente Paulista pelo Direito à Comunicação. Clique para ler a nota a respeito.
No Observatório da Comunicação, matéria assinada por Cecília Bizerra analisa o que pode estar por trás da medida, sem dúvida, autoritária e nada transparente: os impactos no novo marco civil para a internet, que anda a passos de cágado, são fáceis de projetar. Aliás, não é de se estranhar, uma vez que o presidente do Senado, e portanto do Congresso Nacional, José de Ribamar Sarney, é latifundiário do setor, lá em terras maranhenses.
Claro que sempre alguém vai dizer que um conselho pífio é melhor que conselho algum, já que ficamos seis anos a ver navios. Ocorre que esta demanda incorpora uma luta de mais de 30 anos, foi puxada pela organização dos jornalistas – sindicatos e Fenaj – e radialistas, mas não chega a lugar algum se não contar com a pressão dos movimentos sociais, a sociedade civil real.
Portanto, o tempo de baixar as armas ainda está muito longe.
Aqui a relação de integrantes do CCS. O Conselho vai ser presidido por um bispo católico – o Estado é ou não é laico!? -, secundado por ninguém menos que o assessor de Sarney, desde os tempos da Presidência da República.
Sulamita EsteliamNo A Tal Mineira
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