Saiu na Folha:
Trata-se de artigo do 'Padim Pade Cerra', também conhecido como Zezinho Trinta, sobre por que pretendia ser prefeito de São Paulo.
Dois terços do artigo são dedicados ao mensalão (o do PT).
A hipocrisia tucana começa assim:
Além de propostas, para nós também é importante falar de princípios. Partidos precisam ter compromisso com a ética e com a decência. Não é slogan, é uma divisa para nortear a atividade cotidiana da política. A política existe para o bem comum. Quem entra na vida pública deve servir às pessoas, não se servir delas. Sem esse compromisso, a democracia é deturpada, virando instrumento de abusos que a comprometem.
Não é um 'jenio', amigo navegante?
O que diria Aristóteles depois disso?
E aí começa a catilinária moralista.
Não trata da Privataria, do Paulo Preto, das ambulâncias super-faturadas, do Aref, da Lista de Furnas, do mensalão tucano nem menciona o Flávio Bierrembach.
Ele se considera, de fato, inimputável.
NENHUM, NENHUM candidato a prefeito manipulou o julgamento do STF como o 'Cerra'.
Nem o STF trabalhou tanto, e com tanta precisão, para ajudar outro candidato, que não, o 'Cerra'.
Foi um timing perfeito.
Só faltou, por culpa do Presidente Ayres Britto, que pagará caro por isso, no PiG, algemar o Dirceu na sexta feira antes do segundo turno, diante das câmeras da Globo.
Foi 'Cerra' quem submeteu o Supremo à eleição.
Foi o 'Cerra' quem levou o Supremo a TODOS os programas do horário eleitoral.
Foi o 'Cerra' quem levou o Supremo a TODOS os debates do primeiro e do segundo turno.
'Cerra' foi quem enfatizou o caráter eminente político, excepcional, do julgamento do mensalão (o do PT).
O Supremo deve a ele a popularização do novo conceito do Direito Penal brasileiro: em dúvida, pau no réu.
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