O vereador tucano Fernando Cunha (foto), candidato à reeleição, é sobrinho do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Diferentemente de outros, ele diz que a prisão do tio não modifica em absolutamente nada a campanha. "Nunca recebi dinheiro do meu tio para me eleger. Não há nenhuma relação. " Fernando diz que o fato de ser sobrinho do bicheiro até o ajuda eleitoralmente. "Para mim, é bastante positivo. Cachoeira é muito querido aqui em Anápolis. Pode andar na rua e conversar com as pessoas. O povo gosta muito dele. Não tenho nenhum problema em relação a isso. Muito pelo contrário."
Ele chegou a visitar o bicheiro no Presídio da Papuda. "Estive lá, mas não fui para pedir ajuda, diz. As informações são do jornal Correio Braziliense
Ao contrário de Fernando, o candidato a vereador Gielson Barbosa, também do PSDB, pena atrás de empresários para conseguir confeccionar ao menos alguns santinhos. "A situação está muito complicada. Até agora, não consegui um centavo sequer. Quase todo mundo aqui se encontra na mesma situação. Todo dia, tento captar recursos, mas, com essa história do Cachoeira, os empresários correm da gente."
O maior termômetro da crise da campanha em Anápolis são as gráficas. Há 38 anos atuando no ramo, o empresário Lázaro Lourenço, dono da Executiva, diz que, até o momento, só rodou material de quatro vereadores. "A procura caiu demais. Fiz quase nada. Aqui, existem mais de 500 candidatos a vereador e eu só rodei esse pouquinho", salientou. Ele prefere não relacionar a baixa procura à prisão de Cachoeira. O principal concorrente de Lázaro ainda não produziu absolutamente nenhum material de campanha. "Aqui, não chegou nada, nada. Não há nenhum pedido. Estão todos sem dinheiro", atesta o gerente da Gráfica Garcia, que se identificou apenas como Jair.
Propaganda nas ruas
Aqui, nesta época, havia mais de 80 carros rodando na cidade. Agora, só há três. O que ocorreu? A torneira fechou. Cachoeira está preso. O dinheiro não aparece. Depois desse escândalo todo, você acha que os empresários vão se arriscar?", questiona o motorista
Um assessor parlamentar revelou que, durante outras campanhas, o dinheiro repassado aos cabos eleitorais era pago em espécie todos os dias. "Os comitês ficavam cheios. O pessoal chegava lá e recebia na hora. Era uma festa. Agora, não existe nem movimento. Pode rodar a cidade inteira que não vai encontrar ninguém segurando uma bandeira."
No Amigos do Presidente Lula
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