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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , von Daniela - | No one following this article yet.

A mulher de Cristo

September 20, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

A divulgação de um suposto papiro copta que menciona a "mulher de Jesus" pôs mais uma vez o mundo a debater se Cristo era ou não casado. Não tenho nada contra essa discussão, mas há uma outra, anterior, que quase nunca é lembrada: Jesus, de fato, existiu?
É certo que, como ideia, ele é real. Em seu nome edificaram não uma, mas centenas de igrejas. Por isso mesmo é interessante saber se à figura mítica corresponde um personagem histórico de carne e osso.
O que salta à vista aqui é a notável ausência de documentação contemporânea aos supostos fatos. Há quase que apenas os Evangelhos, que tinham muito mais o objetivo de propagar a nova religião do que de registrar eventos. Para piorar, o mais antigo dos Evangelhos canônicos, o de Marcos, foi escrito ao menos 40 anos após a alegada crucificação, o que significa que não pode ser considerado uma fonte primária. Os evangelistas escreveram o que ouviram dizer, não o que testemunharam.
Há ainda umas poucas e rápidas menções a Jesus em autores não cristãos, como Flávio Josefo, Plínio, Tácito e Suetônio. Mas eles estão ainda mais longe dos fatos do que os evangelistas, e historiadores acreditam que essas referências podem ter sido introduzidas por copistas.
É claro que ausência de evidências não é evidência de ausência. Um Jesus histórico poderia perfeitamente ter existido mesmo que sua odisseia não tivesse sido capturada pela, em geral eficaz, burocracia romana.
Karen Armstrong, no excelente "Em Defesa de Deus", mostra que, muito mais do que o ateísmo ou o darwinismo, o que incomodou os religiosos do fim do século 19 e início do 20 foi o advento da alta crítica, um ramo da teologia que estudava a Bíblia e a vida de Cristo não como milagres, mas como fenômenos literários e históricos. Para Armstrong, o fundamentalismo cristão surgiu exatamente como uma reação a essa dessacralização das Escrituras.
Hélio Schwartsman
No Falha



Razões de Cuba # 3

September 20, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

A televisão cubana produziu uma série de documentários em defesa da revolução cubana. O foco foi apresentar evidências de que os planos dos Estados Unidos para desabilitar o governo de Raúl Castro e por fim a soberania nacional conquistada em 1959 continuava a todo vapor. Além disso, ofereceram provas que mostraram que os estadunidenses usam a contrarrevolução interna para atingir seus objetivos.
Ciberguerra
"Ciberguerra" é o novo capítulo da série "As razões de Cuba" que estreou na Televisão Cubana, no dia 21 de março de 2011. Expõe novas formas de dominação dos EUA e seu ataque constante contra o povo e a Revolução Cubana, com o uso das novas tecnologias.

Veja também:
Razões de Cuba # 1 - Razões de Cuba # 2 - Razões de Cuba # 4 - Razões de Cuba # 5
No Solidários



Segredos de Civita, partes 4 e 5

September 20, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Se você não leu as partes 1, 2 e 3, clique e confira. Ou então, prossiga:
Ao chegar sem aviso à sala do diretor de Veja em Brasília, Policarpo Júnior, Civita foi surpreendido com a cena insólita de vê-lo sentado na cadeira, com calças e cuecas arriadas até o chão, e um homem quase careca ajoelhado à sua frente, com a cabeça entre suas pernas, numa posição de...
"Fechei a porta e saí dali. Não queria imaginar o que estaria acontecendo. Ou melhor, não podia. Se o homem ajoelhado fosse quem eu pensava, teria que demitir um de meus mais dedicados colaboradores", disse Civita. Não chegou a declinar o nome, mas pistas que soltou aqui e ali para alguns amigos indicam quem seja.  "Como posso julgar um homem de fidelidade canina, que escreve seus posts na madrugada e passa o dia escrevendo centenas - às vezes, milhares - de comentários forjados no seu blog?".
Civita se lembrou da cena, quando pensou em procurar Policarpo para tentar uma solução para seu problema com a última edição de Veja. Temia ter passado do limite e receber uma resposta agressiva do governo, logo agora que o grupo Abril se encontra à beira da falência.
Não foi a Brasília, e Policarpo veio até ele com a solução. Mas, para aplicar a ideia de Policarpo, Civita precisaria utilizar um jornalista que não fosse de Veja nem da Abril, mas tivesse a mesma determinação de caluniar o Nove Dedos. Pensou em O Globo e ligou para Kamel, seu ex-empregado.
Nota do Blog do Mello: Como estes acontecimentos são recentes, não pudemos confirmar com Civita nem seus amigos e interlocutores se o jornalista escolhido foi o blogueiro de O Globo Ricardo Noblat. Também não consegui falar com Noblat, mas ele não negou nada. E tudo indica que foi ele o escolhido sim, porque Noblat começou a disparar postagens em seu blog e no Twitter utilizando informação que já constava de uma reportagem do mesmo Rodrigo Rangel que editou a dessa última semana, a mando de Serra. Confira:
Para mostrar que não estava blefando, como já fizera em outras ocasiões, o empresário [Marcos Valério] disse que enviaria às autoridades um vídeo com um depoimento bombástico, gravado por ele em três cópias e escondido em lugares seguros. Seria parte do acordo de delação premiada com os procuradores. Seu arsenal também incluiria mensagens e documentos que provariam suas acusações. [íntegra aqui, em reportagem de 22 de julho, há quase dois meses]
Não é muito semelhante à história dos quatro vídeos espalhada por Noblat?
Mas, nosso blog não especula. Trabalhamos apenas com fontes confiáveis, pessoas ligadas ao presidente do Grupo Abril e da revista Veja, Roberto Civita. E o que elas nos contaram, além do que até aqui relatamos, fala também de um pesadelo recorrente de Civita.
Rainha de Espadas
O pesadelo com a Rainha de Espadas perturba Roberto Civita desde sempre. Nunca procurou um psicanalista para ajudá-lo a decifrar o mistério por um motivo que diz muito de sua personalidade: "As pessoas pagam para me ouvir falar. É um absurdo que eu tenha de pagar a alguém para que me ouça".
Por isso, o pesadelo o atormenta, sem que ele consiga decifrá-lo. Sempre surge num momento de crise. E surgiu mais uma vez agora, naquela sexta-feira em que a presidenta Dilma desmarcou sua ida ao seminário para mais de mil empresários que ele patrocinava e o ministro da Fazenda Guido Mantega abandonou a mesa de debates sem justificativa.
Civita saiu meneando a cabeça, com a sensação de que o chão se abria a seus pés. A reportagem encomendada por Serra ("com aspas, com aspas") acusando o Nove Dedos de chefe do mensalão pode ter sido a gota que faltava para transbordar o ressentimento do governo com a revista e, com a rejeição recorde de Serra em São Paulo, esse poderia ser o mais largo passo do Grupo Abril em direção ao abismo.
Civita tomou a decisão costumeira: engoliu alguns comprimidos de tranquilizante e pediu ao motorista para dirigir sem destino pela capital paulista. Logo, ele estaria dormindo, como de outras vezes, um sono profundo, sem sonhos, que poderia durar um dia inteiro.
Surpreendentemente, isso não aconteceu. Ele mais uma vez sonhou que estava num lugar enevoado, sem saber onde e por que estava ali, e era direcionado a uma sala, com uma mesa oval no centro. Nela, uma toalha de renda branca, com vários objetos misturados e espalhados - búzios, baralhos diversos, cordões - até que uma mão - sempre aquela mão -, uma mão de mulher, com muitas pulseiras, jogava à sua frente uma carta. E depois virava a carta e revelava a Rainha de Espadas. Mais uma vez, tomado de intenso pavor diante da carta, Civita acordou. Como das outras vezes em que tinha o pesadelo.
Com uma diferença. Dessa vez, algo lhe chamou a atenção: o olhar da Rainha de Espadas, que o aterrozara a vida inteira, lhe pareceu, pela primeira vez, subitamente familiar. Conhecia aquele olhar. Mas, de onde?
Puxou pela memória. Pesquisou. E quando descobriu de quem era o olhar da Rainha de Espadas Civita ficou mais aterrorizado ainda (continua)
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações. Tentamos também contacto através de nosso celular. Mas nosso plano Infinity da Tim não permitiu que nenhuma ligação se completasse.Por isso não conseguimos entrevista com Civita, Serra ou FHC, mas, frisamos, nenhum deles desmentiu nada. E, por favor, ministro Paulo Bernardo e Anatel, vamos dar um jeito nessa pouca vergonha das operadoras, ou aumente a nossa Bolsa-Twitter)

Serra, os números do Datafolha e a revelação de quem é a Rainha de Espadas dos pesadelos de Civita



Os pesadelos com a Rainha de Espadas sempre atormentaram o presidente do grupo Abril e da revista Veja Roberto Civita, desde que era uma criança em Milão, onde nasceu. A princípio, a imagem que lhe vinha dela era a da Madrasta Má, da Branca de Neve.
Com o passar dos anos, a imagem se escanesceu, mas não sumiu de todo. Quando sonha com a Rainha de Espadas, acorda sempre apavorado, como o menino que foi. E sente que alguma coisa de muito ruim está por lhe acontecer, sem saber exatamente o quê.
Por isso, pesquisou o significado da Rainha de Espadas em vários livros místicos, à procura de algo que lhe ajudasse a desvendar quem era e por que o aterrorizava tanto.
Resumidamente, destacou algumas qualidades comuns à Rainha de Espadas em vários místicos:
A Rainha de Espadas é a mais racional de todas as Rainhas. É aquela mulher intelectual, para quem o conhecimento é importante. Assim, está sempre estudando e querendo saber mais coisas, para se manter sempre atualizada e estimular sua inteligência. Seu contato com o mundo é mais racional e por isso está sempre querendo compreender tudo pela razão. O risco dessa mulher é se tornar alguém pragmática demais, com dificuldade de entrar em contato com suas emoções. A Rainha de Espadas pode se tornar uma mulher mais fria e calculista, sempre preocupada e muito distante de seus sentimentos.
Quando acordou mais uma vez do pesadelo com a Rainha de Espadas, após a desfeita que julga ter sofrido da presidenta Dilma e do ministro Mantega, o que deixou Civita intrigado é que, pela primeira vez, ele sentiu que conhecia aquele olhar. Precisava pesquisar, puxar pela memória para descobrir onde o teria visto e a quem pertenceria.
No entanto, pressionado pela repercussão altamente negativa da reportagem da revista Veja em que um suposto Marcos Valério teria afirmado que o ex-presidente Lula era o chefe do mensalão do PT, Civita deixou o assunto de lado.
Felizmente, com os contatos certos, a maré, ao final da semana, parecia estar virando a seu favor. Seu ex-empregado Kamel foi alçado ao posto mais alto do Jornalismo da Rede Globo. Com uma manobra engendrada por Serra, o Datafolha, do Grupo Folha, trabalhou com a margem de erro e, contrariando todos os demais institutos, apontou uma subida na intenção de votos de seu candidato e uma queda na do adversário a ser batido, Haddad, para derrotar o Nove Dedos.
O objetivo é desconcentrar a campanha do petista e induzi-los a erros e a brigas internas por poder - no que o PT é especialista.
Um segundo turno entre Serra é Russomanno é o sonho de Civita. Com seus repórteres investigativos na Papuda, ele conta com os policiais federais e demais arapongas que sempre trabalharam para Serra. Há material para desconstruir Russomanno e não deixar pedra sobre pedra. Policarpo Junior trabalha nisso e lhe afirmou que o candidato de Edir Macedo não resiste a uma capa de Veja.
"Vai ser minha salvação. Com Serra na prefeitura, o Grupo Abril pode continuar investindo em livros didáticos, com a revista Veja fazendo o mesmo papel de derrubar as pretensões do Nove Dedos de se perpetuar e a seu grupo no poder."
Para quem chegou a pensar que a sexta-feira da semana passada era a do seu fim, Civita está tão feliz hoje que resolveu fazer uma limpeza em sua mesa, que há muito estava entulhada com vários papéis, folhas avulsas, provas de revistas.
Foi quando, em meio ao amontoado, surgiu a foto daquele olhar que reconhecera como o da Rainha de Espadas.
Sim, era ela, aquele olhar dela, e o menino que ele foi entrou imediatamente em sua sala, sentou-se em sua cadeira e, com as mãos trêmulas de terror, segurou a foto dela, a Rainha de Espadas. 
No Blog do Mello



Muita merda saindo pela torneira

September 20, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

O leitor já deve estar sabendo que a Polícia Federal divulgou os primeiros resultados da investigação “Operação Iguaçu – Água grande” iniciada em 2009 e que encontrou vários indícios de sérias irregularidades na Companhia Paranaense de Saneamento (SANEPAR). se ainda não sabe, pode dar uma olhada nestes links da Gazeta do Povo aqui, aqui, aqui e aqui.
Bom, o leitor até pode achar que a divulgação destas investigações tem um objetivo político eleitoreiro com a finalidade de desqualificar os candidatos apoiados por Beto Richa, governador do estado e pessoa que dá a palavra final nos destinos da SANEPAR, mas eu aqui, Polaco e doido, acho que o caso vai muito além do simples maniqueísmo eleitoreiro.
A SANEPAR foi criada em 1963, pelo então governador Ney Braga. Desde então a empresa cresceu, investiu em tecnologias e ampliou sua área de cobertura para quase todos os municípios e residências do estado.
Até que um dia…
Vieram os anos FHC e sua sanha pivatista.
Jaime Lerner, quando governador do Paraná, tentou leiloar todas as empresas públicas do estado, inclusive a SANEPAR. Não conseguiu privatizar completamente a empresa graças principalmente ao empenho dos sindicatos e da oposição.
Em contra partida, no final de seu governo em 2002, Lerner conseguiu atingir uma parte de seu objetivo colocando a empresa no mercado de ações e repassando para a iniciativa privada uma boa parte dos lucros da Empresa de Saneamento do Paraná.
Hoje, 39,71% das ações da SANEPAR pertencem a Dominó Holdingss S/A, um consórcio formado pelo Banco Opportunity e construtora Andrade Guitierrez. Também é mais do que evidente que o consórcio Dominó está doidinho para botar a mão em outros 11% das ações da companhia para assumir de vez o controle e os lucros da SANEPAR.
*Caso o leitor não lembre, o Banco Opportunity pertence a Daniel Dantas, famoso especulador e um dos principais personagens do livro “A Privataria Tucana” de Amaury R. Jr. uma leitura muito mais que recomendada.
Atualmente:
Quando Beto Richa assumiu o governo do estado em 2011, precisou alocar o grande exército de “colaboradores de campanha“ em cargos públicos de comissão, mas muita gente mesmo. A solução encontrada foi entupir a Companhia de Saneamento de funcionários com as mais variadas faixas salariais. Entre os inúmeros comissionados da SANEPAR está Ezequias Moreira, aquele mesmo que empregou a sogra como funcionária fantasma do Gabinete de Richa quando este era Dep. Estadual durante o governo Lerner.
E é tanto comissionado que faltam mesas para este povo trabalhar e eles se vêem obrigados a fazer rodízio dos dias de trabalho. (Esmael Morais 19-10-2011)
Para apaziguar a sede de lucros do consórcio privado dono de 39,71% das ações da companhia, o governo Richa teve que aumentar os recursos repassados para o grupo. Em 2010, último ano do governo Requião, o grupo abocanhou R$ 37 milhões dos dividendos da companhia, em 2011, 1º ano de Richa, este valor saltou para R$ 118 milhões, um aumento de 219% de uma gestão para outra.
Com isso as taxas da SANEPAR sofreram um reajuste de 16,5% no último ano com expectativa de reajustes ainda maiores para os próximos anos. E quem vai bancar o mega lucro dos investidores privados? Lógico que somos nós, os usuários dos serviços da SANEPAR.
Com o exposto fica claro que a divulgação dos resultados da investigação da PF superficialmente até parecem mesmo eleitoreiras, mas abaixo da camada de tensão superficial d’água escondem-se muitas verdades chocantes.
  • Sim, a SANEPAR tronou-se um simples depósito para funcionários comissionados do Estado.
  • Sim, a SANEPAR não cumpre com seus compromissos sociais e ambientais.
  • Sim, a SANEPAR é apenas mais uma fonte de lucro fácil para o consórcio Dominó e o especulador Daniel Dantas.
  • Sim, apesar de tudo isso as tarifas de água e esgoto vão sofrer reajustes ainda maiores.
  • E sim, o objetivo de tudo isso é desmoralizar a companhia.
A estratégia já é conhecida desde os anos noventa: Desmoralizar, desacreditar para depois entregar de presente aos amigos e financiadores de campanha.
Com a desmoralização da companhia fica muito mais fácil de convencer a opinião pública de que a única solução possível é entregar a gestão da empresa para a iniciativa privada, Banco Opportunity e Construtora Andrade Guitierrez.
Com isso, os planos de FHC e Lerner, em seus respectivos governos, de vender e entregar o patrimônio público para a iniciativa privada terá continuidade no governo Richa.
Mas isso, querido leitor, já era mais do que esperado. A sanha privatista dos neoliberais tucanos é pública e notória. Beto Richa é Tucano, é Neoliberal e é privatista. E se o povão, o eleitor aprova as privatizações, que pague o preço e receba em troca os excelentes serviços prestados depois da privatização.
Os exemplos da telefonia, energia elétrica e bancos ainda não convenceram de que isso não é um bom negócio. Talvez , quando as madames não tiverem água para lavar a xóla* e as calçadas e o Sandrão não tiver água pra lavar o carrão eles se convençam de que fizeram uma péssima escolha, mas daí já será tarde demais para voltar atrás, Já era!
*Ah mentesinha tão poluída quanto as águas do rio Iguaçu! Com diz meu pai, o seo Acir, xóla não é o que você está pensado, é a xóla do pé!



Nota à imprensa

September 20, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

“Na leitura do voto, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como “apagão”.
Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.
No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.
Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a ‘surpresa’ que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, “ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras”.
Dilma Rousseff
Presidenta da República”