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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , von Daniela - | No one following this article yet.

Shopping de luxo?

July 14, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Bunker vip. Com seguranças em todo o canto a proibir fotos, o shopping protege os clientes, como a senhora que descobriu ter acesso ao lounge "One" e matou a sede causada pela linguiça com água de graça. Fotos: Olga Vlahou
Parece uma visita a Guantánamo, a prisão americana encravada em Cuba, na qual os acusados aguardam o destino no limbo jurídico da ilha. O design, verdade, é mais clean, a arquitetura, minimalista, menos concreto e mais vidro preenchem o espaço do cubo branco entre torres empresariais recém-erguido no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. No lugar de coqueiros, arecas, palmeiras raquíticas que são a crème de la crème do paisagismo, e orquídeas-brancas, entre joalherias, fornerias, champanherias projetadas sobre as entranhas geladas do shopping JK Iguatemi. Mas o sigilo é o mesmo da prisão. Não, não pode fotografar os clientes AAA, nem abordálos ou olhá-los por muito tempo, sob pena de incorrer numa pouquíssimo elegante falta de decoro. Tampouco se deve enquadrar a fachada das lojas de grife, falar com qualquer funcionário, perguntar qualquer coisa a quem quer que seja além da assessora de imprensa, que chega (quase) pontualmente para limitar as impressões a um mínimo múltiplo comum.
No JK, às 11 da manhã há mais seguranças que clientes. Às 2 da tarde, os números se invertem. Mas a eficaz comunicação entre eles multiplica sua presença, diretamente proporcional ao valor das mercadorias, que tende a baixar conforme se vai do térreo ao terraço. Para os que se engraçarem, uma olhadela nos homens com pistolas na coxa e um carro escrito “segurança” em letras garrafais talvez aclare as ideias. “Eles estão comigo”, diz Duda, a assessora, enquanto caminha apressada pelos corredores de ângulos retíssimos do térreo, onde se concentram as lojas caras, como Dolce & Gabbana, Prada e Chanel, além de joa­lherias. A interpelação se repetiria 11 vezes. “Eles estão comigo. Comigo. Comigo.”
Um segurança explica a razão. “Estão todos morrendo de medo dessa série de roubos a shoppings. Aqui tem muita joia, coisa boa de madame. É outro tipo de gente, entendeu?” Uma gente que compra o casaco de lã de carneiro ou estampa de oncinha da Dolce & Gabbana (feitos na Itália, é claro) por 17 mil reais, “para usar na Europa, pois são pessoas que fazem esse trajeto com frequência”, explica a vendedora, os pezinhos descrevendo um plié. Para combinar, um anel de 59,4 mil reais, pulseiras cravejadas com diamantes de 144 mil, ou mesmo um colar de pedras por meio milhão de reais ficam à mostra nas vitrines.
Inaugurado há três semanas como o mais novo shopping da cidade onde 54 deles criam uma espécie de conturbação do consumo, o empreendimento da WTorre precisava se distinguir dos demais. Logo a expressão “primeira loja da marca no Brasil” passou a pipocar nas colunas de moda da mídia: a primeira loja da Prada, a primeira loja da Dolce, da Chanel, da Sephora. Que a maioria dos grandes nomes trazidos para atrair a atenção para a exclusividade do negócio seguisse fechada após quase um mês de funcionamento pareceu não ser um problema para o shopping. Entende-se. Carlos Jereissati, o dono, e seus lojistas estão satisfeitos com a simples abertura pela metade, após mais de dois meses de impasse a sangrar os cofres de todos. A Justiça havia entendido que o empreendimento não cumprira as exigências para reduzir o impacto do trânsito, fruto dos milhares de carros a serem cuspidos nas ruas da região pelos cerca de 20 mil frequentadores diários do shopping. Habite-se e autorização de funcionamento da CET só foram liberados dias antes. Então foi com bolo e espumante improvisados que as lojas abertas fizeram seu début, para não menos de 70 mil visitantes só no primeiro fim de semana. Paulistano gosta mesmo de shopping.
Algumas lojas de grife ainda estão fechadas. Nesta
sexta-feira 13, a inauguração da primeira loja de cosméticos
Sephora no País gerou tumulto. Foto: Olga Vlahou
“Esta é uma vista realmente paulistana”, arrisca a assessora, quando a escada rolante joga os visitantes no terraço com sofás, arecas e o Rio Pinheiros a desenhar o horizonte com seus arranha-céus e a preencher o espaço com o cheiro inconfundível, como um anacrônico Tâmisa. Ali também jaz o fantasmagórico prédio da antiga Daslu, erguido como um monumento ao consumismo local. Claro, há uma loja, e das grandes, no térreo. Mas a Daslu ficou démodé. Já o empório de vinhos high tech de Ciro Lilla evola futuro. Na Mistral, as paredes curvadas cravejadas de garrafas dividem espaço com telões: basta tocar na garrafa que as informações sobre o vinho surgem do além. Numa mesa ao fundo, o cliente põe a garrafa sobre a tela: um código de barras traz as informações sobre a safra, a uva, o sabor. Com certa cortesia, consegue-se até saber sobre o vinho mais raro da casa, um Petrus safra 2000, de 13 mil reais.
Oficialmente, o shopping é “plural”. As lojas âncoras são Zara, Top Shop, Livraria da Vila. Há Ponto Frio, Havaianas e “até mesmo” lotérica. “Já viu shopping de luxo ter Havaianas?”, diz outro assessor. Mas os lojistas parecem não crer na onda do “mix plural”. Na Havaianas, um par de sandálias pode custar 13 reais ou 437, se incrustado de cristais Svarovsky e trabalhado em fios de ouro. No Ponto Frio, tevês de plasma com telas gigantescas formam um paredão de pontos de luz, por até 9,5 mil reais a unidade. A ideia parece ser expor na entrada o que há de mais caro, não as pechinchas. Mulheres com roupas extravagantes, peles, casacos e bolsas “máxi” dão com a cara nas portas fechadas das grifes e suspiram. Outras, menos endinheiradas, fascinadas por moda, irritam-se. “Estou odiando este shopping. Tudo que é bom está fechado”, critica a blogueira de moda Jessica Flores, do Borboletas na Carteira.
Mas a joia da coroa fica escondida. É o Espaço One, área exclusiva para sócios cadastrados. Para tal, é preciso juntar pontos (em compras). O cartão dá direito a um personal shopper, espécie de conselheiro de compras privado, carregadores de sacolas e o direito a fugir do burburinho na sala climatizada. Ali, duas mulheres, mãe e filha, descobrem ser vips. “Eu tenho cartão do outro Iguatemi”, diz, vitoriosa, a mulher de blusa de oncinha. Elas passeiam, torcem o nariz e rumam para a saída. Mas a mãe dá meia-volta. Pega uma garrafa de água com o logo do JK e põe na bolsa. “Comi pão de linguiça. Daqui a pouco vai dar uma sede do cão.” Talvez não seja mesmo de luxo.
Willian Vieira
No CartaCapital



Dra. Ricupero ganhou bolsa de estudos em Paris e deu calote de R$ 362 mil no CNPq

July 14, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Se uma beneficiária do Bolsa Família deixasse de cumprir contrapartidas e ficasse com R$ 360,00 do benefício indevidamente, seria forte candidata a ganhar editorais no jornal O Globo, na Folha, no Estadão e até seus 15 minutos de fama no Jornal Nacional. No caso, má fama.
Já uma doutora de sobrenome ilustre que ficou com R$ 362 mil indevidos, de uma bolsa de estudos em Paris, em processo que se arrasta por 20 anos, não merece nenhuma linha no noticiário.
http://www.tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc/Acord/20060602/TC-018-410-2004-1.doc
Cristina Ricupero é "gente finíssima", daquelas que encanta o alto tucanato, pela sua cultura e formação acadêmica, cujo auge foi um doutorado na França. Tem uma bem sucedida carreira internacional de curadora e pesquisadora de arte, organizando mostras e exposições internacionais na Europa.
Até aí, críticas a ela seria coisa de ranzinza ou inveja, não fosse por um detalhe: quem pagou a bolsa de doutorado dela na França (de 1986 até 1990), foi o povo brasileiro, através do CNPq (órgão do governo federal), e ela não cumpriu as contrapartidas obrigatórias (retornar ao Brasil, permanecer no país por um período igual ao da duração da bolsa, exercendo atividades ligadas aos estudos realizados).
Sem cumprir aquelas contrapartidas que ela assumiu compromisso quando se inscreveu para a bolsa, a opção era devolver aos cofres públicos cerca de R$ 362 mil referente aos valores da bolsa recebida (R$ 77.586,18 apurados pelo TCU até 2001, mais correção do débito judicial).
Desde 1992 ela vem sendo intimada a prestar contas das contrapartidas. Oito anos depois (as coisas andam lentas para gente diferenciada do lado de lá), em 2000, nova cobrança do CNPq e nova resposta, omitindo a comprovação das contrapartidas. De 2001 em diante, o CNPq notificou-a diversas vezes para comprovar a contrapartida ou devolver o dinheiro da bolsa. Nem uma coisa, nem outra, foi feita.
Diante do calote, o CNPq considerou Cristina Ricupero inadimplente, promoveu a inscrição do seu nome na conta "Diversos Responsáveis" do Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI e no Cadastro Informativo de Créditos não quitados de Órgãos e Entidades Federais - CADIN, e ela foi condenada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a devolver o dinheiro. A doutora não devolveu.
Em 2010, o CNPq entrou com execução fiscal na Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo (processo 0042673-18.2010.4.03.6182), e já há sentença de penhora de bens:

Processo 0042673-18.2010.4.03.6182 em http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/
Mesmo assim, o tucanato paulista, do governador Geraldo Alckmin (PSDB), tem planos para contratá-la, através da Pinacoteca do Estado de São Paulo, no projeto de uma exposição em 2013, chamada “Brasília, entre o Modernismo Utópico e a Busca Espiritual".
Sobrenome ilustre
O sobrenome da "doutora" é o mesmo do ex-ministro da fazenda Rubens Ricupero, sucesssor de FHC, durante o governo Itamar Franco. Não sei se há relação de parentesco ou não. Mas ambos fazem parte do conselho de uma ONG chamada Instituto Escola São Paulo, o que mostra participarem de uma mesma rede de relacionamentos.
Parentes ou não, a princípio, o ex-ministro não é responsável pelo calote da doutora, se não estiver envolvido. Ricúpero é responsável pelo escândalo da parabólica, quando confessava em "off" atos de corrupção eleitoral em conluio com a Rede Globo.
O ex-ministro, enquanto aguardava nos estúdios da TV o momento de entrar no ar, falava que não tinha escrúpulos ao usar o plano real para fazer campanha eleitoral subliminar para FHC contra Lula em 1994. Soltou a famosa frase: "o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde" (do noticiário) e combinava uma entrevista exclusiva ao programa Fantástico, para mostrar "só o que era bom", com a cumplicidade da TV Globo. Uma câmara estava aberta levando as imagens ao ar via parabólica e ele teve que se demitir para abafar o caso.
No Amigos do Presidente Lula



Cana Nossa

July 14, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Quando a presidenta Dilma foi aos EUA para reconhecimento da Cachaça como bebida brasileira, a Folha, com seus colunistas, debochou, mas agora saiu no "The New York Times" e a entreguista colonizada resolveu mostrar que houve vantagem na ação do governo brasileiro. É triste!

Após campanha de produtores e do governo brasileiro, cachaça vive grande momento nos EUA

The New York Times
A curta história da cachaça nos Estados Unidos é mais ou menos assim: chega o novo milênio, os norte-americanos descobrem a caipirinha e gostam (fácil). Os norte-americanos também aprendem a pronunciar caipirinha (um pouco mais difícil). Os norte-americanos aprendem a pronunciar cachaça, o destilado brasileiro necessário para fazer a capirinha (ainda mais difícil).
E é mais ou menos aí que as coisas estão. Apesar de um crescimento constante nas vendas ao longo dos últimos cinco anos e do número cada vez maior de marcas disponíveis, a cachaça tem um perfil estreito de uso. Poucas bebidas são tão ligadas a um único coquetel na mente do consumidor (e neste caso, um coquetel que pode ter já ultrapassado o seu momento de maior sucesso).
Mas a cachaça pode estar pronta para seu segundo ato.
Depois de uma longa campanha por parte de alguns produtores da bebida e do governo brasileiro, os Estados Unidos decidiram em abril iniciar o processo que reconhecerá o destilado de cana-de-açúcar sul-americano com séculos de existência como uma bebida distinta. Os fabricantes não serão mais obrigados a rotular suas garrafas com os dizeres “rum brasileiro”. (Em troca, o Brasil fará um reconhecimento semelhante do bourbon norte-americano e do uísque do Tennessee.)
E em maio, a Diageo, o gigante conglomerado das bebidas alcoólicas, abraçará a Ypioca, a terceira maior marca brasileira de cachaça, comprando a companhia por cerca de US$ 470 milhões. Esses votos de confiança no elixir nacional brasileiro acontecem enquanto o país se prepara para seu duplo espetáculo: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
“Acho que será um grande momento para a cachaça”, disse Martin Cate, dono do bar Smuggler's Cove em San Francisco, sobre os dois eventos internacionais.
Mas para se valer totalmente do momento, a bebida terá que primeiro sacudir sua imagem de mágico de um truque só.
“É parecido com o que o rum agrícola passou aqui”, disse Cate, mencionando o primo fraco-caribenho da cachaça, que também é destilado do caldo da cana-de-açúcar.
“Eles têm seu drinque característico, o 'ti punch'”, disse ele, referindo-se ao drinque feito de rum agrícola, limão e melado. “É um ótimo ponto de partida.”
Mas isso isola a bebida, diz ele.
“Acho que os produtores de cachaça estão dizendo agora: 'podemos chegar com a caipirinha, mas precisamos seguir adiante a partir daí'”, diz Cate.
E estão indo para bares como os de Cate. A explosão dos tiki-bar nos últimos cinco anos rendeu uma nova oportunidade à cachaça. Os fabricantes da bebida odeiam ser misturados com o mundo do rum.
“Eles sempre brincam que o rum deveria ser chamado de cachaça do Caribe, e não o contrário”, diz Steve Luttmann, fundador da marca Leblon.
Mas não há dúvidas de que a cachaça desce mais fácil...
Robert Simonson
Tradutor: Eloise De Vylder
No Aposentado Invocado



De repente, classe C

July 14, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O trem ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar
Eu me considerava um rapaz razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C.
Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Todo mundo fala de nós e, claro, quer nos atingir de alguma forma.
Há empresas, publicações, planos de marketing e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências: se gosto de azul ou vermelho, batata ou tomate e se meus filmes favoritos são do Van Damme ou do Steven Seagal.
(Aliás, filmes dublados, por favor! Afinal, eu, como todos os membros da classe C, aparentemente tenho sérias dificuldades para ler com rapidez essas malditas legendas.)
A televisão também estudou minha nova classe e, por isso, mudou seus planos: além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros (supostamente gosto disso), as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas, cabeleireiras como musas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu.
A diferença é que nesses bairros, os da novela, não há ônibus que demoram duas horas para passar nem buracos na rua.
Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um âncora, digamos, mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. Deve estar lá para chamar a minha atenção com mais facilidade.
As empresas viram a luz em cima da minha cabeça e decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo. Antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Quer dizer, talvez existisse, mas não tinha nome nem capital razoável.
De modo que agora elas querem me vender carros, geladeiras de inox, engenhocas eletrônicas, planos de saúde e TV por assinatura. Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI.
E as universidades privadas, então, pipocam por São Paulo. Os cursos custam R$ 200 reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância.
Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo Ministério da Educação, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber?
E se eu não acreditar na educação privada, posso tentar uma universidade pública, evidentemente. Foi o que fiz: passei numa federal, fiz a matrícula e agora estou em greve porque o campus cai aos pedaços. Não tenho nem sala de aula.
Não que eu não esteja feliz com meu novo status de consumidor, não deve ser isso. (Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem cem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então?)
O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar ao trabalho porque o trem quebra todos os dias, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes do bairro.
Leandro Machado
No Advivo



Chávez com pouco apoio na Venezuela

July 14, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet