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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , von Daniela - | No one following this article yet.

Partidos municipais

October 29, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

 
Pode-se dizer que estas foram as eleições mais fisiológicas, ao menos no pós-ditadura
O agravamento extremado da perda de identidade e sentido dos partidos é, provavelmente, a característica destas eleições municipais.
Já se tornara comum a deformação expressa nas alianças estaduais de partidos que se contrapunham em outros Estados. A deformação mais do que se ampliou nos municípios: foi agora a conduta partidária marcante no país todo. Conduta levada até ao cúmulo de partidos se combatendo com ferocidade em municípios vizinhos de onde mantinham alianças.
Ou seja, nenhum dos partidos, nos municípios, esteve sujeito a mais do que à sua política provincial, desconectado não só da linha partidária nacional, mas até da linha praticada no Estado.
A variedade de partidos vitoriosos nas capitais e grandes cidades chamou mais atenção. Sua influência para a nova distribuição das forças políticas é, de fato, muito importante. Mas, em pista paralela, a barafunda das parcerias municipais estará produzindo reflexos nas assembleias e governos estaduais, por certo com casos de emaranhados difíceis para os governadores. E ainda, dado serem os municípios as bases dos deputados federais, com reflexos nas bancadas mais numerosas da Câmara.
A ideia de fragmentação partidária, decorrente sobretudo das múltiplas siglas vitoriosas nas capitais, é generosa ou otimista. Com o PSB aliado nacional do PT e adversário naquele ou no outro Estado, e assim em numerosas e variadas combinações e descombinações, fazia-se a estadualização dos partidos. Uma volta à República Velha, com os partidos de âmbito estadual. As eleições de agora consagraram a municipalização dos partidos: mais do que fragmentá-los, é retirar-lhes a identidade e o sentido pretendido no sistema partidário brasileiro.
Pode-se dizer que estas foram as eleições mais fisiológicas, ao menos no pós-ditadura. O interesse grupal libertou-se das últimas restrições conceituais e convencionais.
Nessa terra desmatada emerge uma ressalva: a linha oficial do PSOL é não fazer acordos eleitorais. Há, porém, uma corrente discordante, desde a chegada ao segundo turno do seu candidato em Belém, o vencido ex-prefeito Edmilson Rodrigues.
Outros Sinais
A vitória de ACM Neto em Salvador, que foi também a derrota do governador Jaques Wagner, é insuficiente para dar algum oxigênio ao DEM. Não chega a afligir a direita, porque o PSD entra no jogo: seu desempenho, ainda que não seja de impressionar, é bastante para atrair-lhe nova leva de trânsfugas. Seu líder enrustido, José Serra, vai precisar disso, seja qual for o significado do "vamos em frente" de sua fala de derrotado. Se bem que fala dotada de alto teor fantasioso.
A campanha "limpa" que Serra ali se atribuiu foi a responsável pela mediocrização da disputa paulistana. Campanha "propositiva", mas só apresentado o seu "programa" a meio já da disputa de segundo turno. E sem sequer uma linha que os meios de comunicação pudessem elevar a manchetes.
O desempenho geral do PSDB, talvez melhor do que o próprio partido esperasse, foi importante como advertência ao PT vitorioso a despeito do julgamento no STF, e da exploração eleitoral dessa desvantagem sua. Mas, contraditoriamente, o PSDB sai da eleição com o pior problema: a necessidade de refazer-se enquanto há tempo.
Janio de Freitas
No fAlha



Extermínio dos Guarani Kaiowa - Passo Piraju

October 29, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Com a situação que se apresenta extrema, à beira da finalização do extermínio, os originários estão cercados pelos fazendeiros e seus capangas criminosos, que babam de ódio e sede de morte contra os "obstáculos" ao roubo do último pedaço de terra que lhes resta. O objetivo é claramente desaparecer com eles. A civilização que se apresenta como avançada destrói tudo que se encontra em seu caminho e não serve aos seus interesses - a economia e a propriedade acima da vida, o lucro acima da preservação de culturas e ambientes, a força das armas acima da justiça. E os povos que resistem à dizimação há quinhentos anos, espancados e mortos cultural e fisicamente, estão reduzidos aos seus últimos integrantes, sob o silêncio criminoso dos meios de comunicação comerciais e da sociedade como um todo. As exceções se apresentam, se desesperam, se envergonham, se mobilizam.
Pedro Rios é o cara que presenciou e registrou parte da barbárie de Pinheirinhos, quando um bairro inteiro, com 1600 famílias, instalado e funcionando normalmente havia oito anos (o usucapião, que lhes dava o direito de posse sobre o terreno abandonado pelo rico empresário que nunca pagou imposto predial pela área - massa falida do tal morcegão Naji Nahas - é de dois anos) foi atacado pelas forças de segurança que fez um combate de terra arrasada, matando, ferindo, destruindo, atacando velhos, crianças, cachorros, mulheres, homens, deficientes, tudo o que respirasse. Casas derrubadas, móveis quebrados, até as árvores do bairro foram arrancadas ou derrubadas. Depois, Pedro se acorrentou em frente à sede da Rede Globo, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, em greve de fome contra a omissão desta emissora criminosa. Durante dias permaneceu ali, até que as forças públicas, sempre elas, vieram pra cima dele, retirando todo o material de apoio, de madrugada, como é o costume. Mas o trabalho estava feito.
Agora Pedro se deslocou para o acampamento dos indígenas para morrer junto com eles, como ele mesmo disse. Esse menino tem disposição, mesmo. Exemplo de militância, não doutrinária, mas humana, ele tá em risco de morte por jagunços, como os índios têm sido cotidianamente. As causas de mortes desse grupo há tempos são os assassinatos e os suicídios. E a população dorme, entre narcóticos midiáticos e uma vida explorada, angustiante e vazia de sentido, enquanto a ganância comanda a sociedade, em nefasta promiscuidade público privada.
Sugeri, em comentário ao vídeo, que se pusesse legendas nas falas em língua dos guarani kaiowá, para que todos entendessem o discurso do cacique e os cantos.
Mais uma vez tive que sofrer a revolta, a vergonha e a tristeza de pertencer a uma sociedade tão injusta, perversa, assassina, desumana, egoísta, indiferente aos sofrimentos extremos que causa, por uma imposição secular de uma minoriazinha vampiresca que se aboleta sobre os poderes públicos, com suas riquezas roubadas e acumuladas por dinastias. São os grandes vampiros da humanidade, que contam com a colaboração inconsciente da maioria, mantida ignorante e desinformada, acreditando em valores falsos e notícias distorcidas, mentirosas e omissoras das realidades que nos cercam.
A existência de gente contestando e trabalhando no esclarecimento, na conscientização e na divulgação da realidade dá um conforto e um estímulo à existência. E à resistência. Pedro Rios é um. Não é o único, mas é um dos bons.
No Observar e absorver

Erika Kokay deputada federal (PT), presidenta interina da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal fez o seguinte pronunciamento no dia 22 de outubro de 2012.



Eduardo Marinho - O que a razão não alcança

October 29, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

 Imperdível 


Assista também: Filósofo da rua - Eduardo Marinho



Por que este fdp não falou em mensalão hoje?

October 29, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

No Ornitorrinco



O vencedor foi Lula (2a. Parte)

October 29, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Desculpem mas sou obrigado a lembrar que, na contagem de votos do primeiro turno escrevi uma nota neste blogue com o titulo: “O vencedor foi Lula.”
O óbvio ululante, como eu dizia, confirmou-se ontem, quando o PT conseguiu o principal troféu da campanha, que foi a eleição em São Paulo.
Há um aspecto local nesta eleição. A escolha de um prefeito envolve preferências políticas e fidelidade de tipo ideológico, mas não se resume a isso.
O fator municipal pesou bastante. A rejeição à gestão de Gilberto Kassab – que o destino tirou do palanque de Fernando Haddad e colocou na campanha de José Serra – contribuiu muito. Kassab estava de malas prontas para embarcar na campanha de Haddad da forma mais discreta possível até que a entrada de Serra na campanha provocou uma mudança de rumo.
Como disse Antônio Donato à Folha, se Kassab estivesse no palanque de Haddad teria sido difícil fazer o discurso de oposição, tão útil para a vitória.
A própria rejeição a Serra, que tem a ver com a cidade e com sua decisão de abandonar a prefeitura antes do fim do mandato, também tem elementos locais.
Há outros elementos, porém. No primeiro turno de 2012 o PT foi, na soma de todos os votos do país, o partido que mais votos recebeu, que mais cresceu no número de prefeituras.
O PSDB caiu tanto que sua maior vitória foi celebrada em Manaus, o que, do ponto de vista nacional, está longe de ser uma grande façanha.
A vitória de Lula não envolve uma questão pessoal mas um dado político. Não é só um político popular que está pedindo votos.
A presença de Lula num palanque ajuda a trazer votos porque seu governo estabeleceu um novo parâmetro para as escolhas do país.
Muitos eleitores têm uma ideia do que pode vir a ser um governo com apoio de Lula sem sequer saber quem será o candidato. Isso é que permite o lançamento de um poste que, se for capaz de mostrar virtudes e competências próprias, pode se tornar um vitorioso.
Os avanços obtidos na distribuição de renda, seja entre as pessoas, seja entre regiões, se projetam na memória de cada brasileiro toda vez que ele toma o caminho das urnas – e isso influi na decisão.
Este processo envolve, também, os votos obtidos por legendas aliadas. O PSB foi o segundo grande vitorioso neste pleito mas é bom recordar que ele faz parte do bloco de partidos aliados de Lula. Não podem ser contados como votos de oposição, como tantos observadores sugerem. Se há uma porção nacional nesta decisão, ela faz parte do mesmo universo.
Em pleitos passados o PT abriu mão de crescer no Nordeste para favorecer uma aliança com os socialistas – que retribuíam com o apoio integral a Lula em eleições municipais.
Embora não sejam partidos idênticos e até possam vir a se separar em pleitos futuros, até o momento o PT e o PSB se apresentaram como aliados federais separados no plano local – e é assim que se apresentam para o eleitorado. Ninguém sabe o que o futuro reserva a estes aliados.
Mas até domingo passado, os dois partidos estavam sob a projeção de Lula, o que ajuda tornar sua vitória, ontem, ainda maior do que se costuma reconhecer.
Paulo Moreira Leite
No Vamos combinar