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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , von Daniela - | No one following this article yet.

Justiça Eleitoral suspende jogo contra Haddad criado por campanha de Serra

October 22, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

O juiz eleitoral Henrique Harris Júnior, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, suspendeu nesta segunda-feira (22) um jogo para o Facebook criado pela campanha do candidato do PSDB à prefeitura, José Serra, para criticar o petista Fernando Haddad, seu rival na eleição.
O "Angry Haddad", uma sátira do aplicativo "Angry Birds", foi divulgado no site oficial da campanha tucana nesta segunda-feira. "Quer ajudar o PT a destruir SP?", anunciava o banner do jogo na página de José Serra.
Banner do jogo "Angry Haddad", divulgado no site da campanha de Serra
Banner do jogo "Angry Haddad",
divulgado no site da campanha de Serra
O aplicativo colocava Haddad destruindo a cidade ao lado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do deputado federal Paulo Maluf. De acordo com a descrição feita pelos tucanos, o game mostra a "destruição" que o candidato petista causaria à cidade caso eleito.
No início da noite, após a decisão judicial, o link do jogo deixou de ser exibido pelo site de Serra. Até as 21h30, no entanto, o Facebook não havia tirado o aplicativo do ar.
A Folha não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da empresa depois da confirmação da decisão judicial, nesta segunda à noite. Antes disso, o Facebook havia afirmado, via assessoria, que desconhecia o caso.
JOGO
Na versão original de "Angry Birds", um dos games de grande sucesso no mercado, pássaros são usados como bombas para atacar alvos. No jogo tucano, as aves ganharam os traços de Haddad, José Dirceu e Paulo Maluf.
"Tudo o que Haddad precisa para destruir São Paulo é o seu apoio, quer ver? Use os bonecos do Haddad, do Maluf e de Zé Dirceu para arrasar a cidade!", dizia a introdução do jogo.
Tela do jogo "Angry Haddad" em que o boneco que imita Paulo Maluf atinge uma estação de metrô
Tela do jogo "Angry Haddad" em que o boneco que imita Paulo Maluf atinge uma estação de metrô
A campanha de Serra vem usando a propaganda eleitoral na TV para associar Haddad aos réus do mensalão, entre eles José Dirceu, e também tem criticado o apoio de Maluf à candidatura petista.
No "Angry Haddad", os alvos eram uma unidade da AMA (Assistência Médica Ambulatorial), uma escola técnica, uma estação de metrô e uma unidade de atendimento da Rede Lucy Montoro - todos estão no plano de governo do candidato tucano.
Quando o jogo termina, o usuário era instado a não votar no candidato petista para evitar a destruição de São Paulo. "Mas se não quiser ver isso acontecendo de verdade, é fácil: Não vote em Fernando Haddad!".
Questionada sobre o jogo antes da decisão da Justiça Eleitoral, a campanha de José Serra respondeu que o game "é autoexplicativo".
A legislação eleitoral proíbe, de forma expressa, manifestações ofensivas ou degradantes durante a campanha dos candidatos a cargos eletivos.



Padrinho revela um Mello político e midiático

October 22, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Edição/247: celso de melo codigo da vida saulo ramos
No romance autobiográfico “Código da Vida”, o ex-ministro da Justiça Saulo Ramos conta como ajudou a nomear Celso de Mello para o STF e como rompeu com o ex-pupilo; o ministro havia dado um voto contra José Sarney, que o nomeara, por pressão da Folha de S. Paulo, mas apenas porque a votação já estava decidida em favor do ex-presidente; depois disso, ambos romperam e Saulo disparou: “Você é um juiz de m...”
Responsável ontem pela comparação entre  o PT e duas organizações criminosas que roubam e matam (o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital), o ministro Celso de Mello, “decano” do Supremo Tribunal Federal, é saudado há vários anos pelos meios de comunicação como uma espécie de herói por sua defesa constante da liberdade de expressão.
Essa conexão com os meios de comunicação foi apontada em 2007 pelo ex-ministro da Justiça, Saulo Ramos, que foi um dos articuladores de sua ida para o Supremo Tribunal Federal. Naquele ano, Saulo publicou o romance “Código da Vida”, com pitadas autobiográficas, em que falou sobre o ex-pupilo Celso de Mello.
Segundo Saulo, o ministro deu um voto contra José Sarney, que o nomeou, por pressão da Folha da S. Paulo, que questionava sua independência – assim como muitos jornais fazem hoje em relação a Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. E essa revelação teria sido feita pelo próprio Mello a Saulo numa conversa telefônica reproduzida no livro.
Além de confessar a pressão da Folha, Mello teria dito ainda a Saulo que votou contra Sarney apenas porque a votação já estava decidida em favor do ex-presidente, que pôde mudar seu domicílio eleitoral para o Amapá, onde se elegeu senador. Ou seja: se fosse necessário, ele votaria de outra maneira.
A ligação terminou com o rompimento definitivo entre ambos. “Você é um juiz de merda”, disparou Saulo.
Confira trecho do livro:
"…a Suprema Corte estava em meio recesso, e o Ministro Celso de Mello, meu ex-secretário na Consultoria Geral da República, me telefonou:
E continua:
Veio o dia do julgamento do mérito. Sarney ganhou, mas o último a votar foi o Ministro Celso de Mello, que votou pela cassação da candidatura Sarney.
Deus do céu! O que deu no Garoto? Votou contra o Presidente que o nomeara, depois de ter demonstrado grande preocupação ( o assunto do telefonema para o “padrinho” ) com a hipótese de Marco Aurélio de Mello ( primo do Collor ) ser o relator.
Continuando a narrativa:
Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:
- Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto…votei contra para desmentir a Folha de São Paulo ( que na véspera noticiou o voto certo em favor de Sarney )…
O Presidente já estava vitorioso e não precisava mais do meu…Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente…
O Senhor entendeu?
- Entendi.
ENTENDI QUE VOCÊ É UM JUIZ DE MERDA!
Bati o telefone e nunca mais falei com ele.
Muitos advogados sabiam que Celso de Mello havia sido meu secretário na Consultoria da República e nomeado Ministro do Supremo por empenho meu. (fls. 169 /176 do livro Código da Vida)".
No 247



O resgate de São Paulo

October 22, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet


 

São Paulo, uma das cidades mais extraordinárias do mundo, se tornou uma cidade triste, cinzenta, cruel, de exclusão, de discriminação, de intolerância. Tornou-se a cidade mais injusta do Brasil, pela brutal polarização entre a mais desenfreada riqueza e os maiores polos de pobreza, de miséria, de abandono do Brasil. A isso ficou reduzida nossa querida São Paulo nas mãos da sua elite e dos partidos que a representam.
A chance de seu regate é agora. Pelo desgaste das políticas da direita e pela conjunção de fatores que levou Fernando Haddad a liderar as pesquisas. Não por acaso o resgate é comandado por um ex-estudante da USP e um ex-operario metalúrgico do Abc – algumas das grandes marcas que de São Paulo, de que nos orgulhamos tanto.
São Paulo foi guindada, pelas mãos da sua direita, à condição de uma cidade que renega o que ela tem de melhor. Renega a diversidade, renega os movimentos sociais, renega os trabalhadores nordestinos – que construíram, com suas mãos e seu sofrimento, a riqueza de São Paulo -, renega a cultura, renega sua relação com o Brasil, renega o seu povo.
Uma São Paulo que virou as costas para o outros estados, virou as costas para Brasil. Uma São Paulo que tentaram manter à margem do maior processo de democratização econômica e social que o país já viveu. À margem do reconhecimento e extensão dos direitos básicos a todos os cidadãos brasileiros, antes marginalizados pelos governantes, especialmente no governo tucano acentuou a desigualdade, a miséria e a pobreza no Brasil.
Ao invés de “locomotiva da nação”, como apregoa a velha elite paulista, tornou-se objeto de vergonha nacional – pela miséria, pela discriminação, pelo racismo, pela violência policial e dos grupos extermínio, pela decadência de seus sistemas de educação e de saúde pública, entre tantas outras vergonhas.
Agora chegou a hora do resgate de São Paulo. Chegou a hora de colocar São Paulo no mesmo processo que tem feito o Brasil avançar, pela primeira vez, na superação da sua maior chaga – o de ser o pais mais desigual do continente mais desigual do mundo.
Chegou a hora, as condições estão dadas, se juntam as prementes necessidades com as excelentes perspectivas. Vamos, todos ao resgate de São Paulo. Essa cidade carece e merece esse resgate. O povo paulistano necessita. O Brasil precisa de uma São Paulo justa, humana, solidária. Vamos ganhar para realizar, juntos o resgate de São Paulo.



Charge online - Bessinha - # 1535

October 22, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet



Um país estranho

October 22, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

 
A Islândia é uma ilha com pouco mais de 300 mil habitantes que parece decidida a inventar a democracia do futuro.
Por uma razão não totalmente clara, esse país que fora um dos primeiros a quebrar com a crise financeira de 2008 sumiu em larga medida das páginas da imprensa mundial. Coisas estranhas, no entanto, aconteceram por lá.
Primeiro, o presidente da República submeteu a plebiscito propostas de ajuda estatal a bancos falidos. O ex-primeiro-ministro grego George Papandreou foi posto para fora do governo quando aventou uma ideia semelhante. O povo islandês, todavia, não se fez de rogado e disse claramente que não pagaria nenhuma dívida de bancos.
Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado.
Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.
Como se não bastasse, a Islândia resolveu escrever uma nova Constituição. Submetida a sufrágio universal, ela foi aprovada no último fim de semana. A Constituição não foi redigida por membros do Parlamento ou por juristas, mas por 25 "pessoas comuns" escolhidas de maneira direta.
Durante sua redação, qualquer um podia utilizar as redes sociais para enviar sugestões de leis e questionar o projeto. Todas as discussões entre os membros do Conselho Constitucional podiam ser acompanhadas do computador de qualquer cidadão.
O resultado é uma Constituição que estatiza todos os recursos naturais, impede o Estado de ter documentos secretos sobre seus cidadãos e cria as bases de uma democracia direta, onde basta o pedido de 10% da população para que uma lei aprovada pelo Parlamento seja objeto de plebiscito.
Seu preâmbulo não poderia ser mais claro a respeito do espírito de todo o documento: "Nós, o povo da Islândia, queremos criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas diferentes origens são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela herança de gerações".
Em uma época na qual a Europa afunda na xenofobia e esquece o igualitarismo como valor republicano fundamental, a Constituição islandesa soa estranha. Esse estranho país, contudo, já não está mais em crise econômica.
Cresceu 2,1% no ano passado e deve crescer 2,7% neste ano. Eles fizeram tudo o que Portugal, Espanha, Grécia, Itália e outros não fizeram. Ou seja, eles confiaram na força da soberania popular e resolveram guiar seu destino com as próprias mãos. Algo atualmente muito estranho.
Vladimir Safatle
No Falha