"Plano de fuga" é último tiro de Veja em Dirceu
July 27, 2012 21:00 - no comments yetNa última edição antes do julgamento, publicação fala de suposta tentativa de fuga do ex-ministro; ao contrário do que a revista informa, ele assistirá ao julgamento de um sítio em Vinhedo (SP); segundo a direção da revista, julgamento irá definir se brasileiros podem se orgulhar ou não do País
A revista Veja queimou seu último cartucho dirigido ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, neste fim de semana. Na derradeira reportagem antes do julgamento, que se inicia na próxima quinta-feira, Dirceu estampa a capa intitulada “réu”, mas cuja foto dá a entender “culpado”.
O texto, assinado por Otávio Cabral, traça um perfil psicológico do ex-ministro e fala do “lado escuro” da sua alma. Insinua, por exemplo, que o principal líder do PT, afora o ex-presidente Lula, talvez tenha sido agente infiltrado da ditadura. Ou eventual traidor de seus companheiros de guerrilha em Cuba.
Sobre o julgamento em si, uma única revelação. Diz o texto que Dirceu estaria cogitando fugir do Brasil, em caso de condenação. Isso mesmo, dar o fora. A única evidência seria uma frase, supostamente dita por ele, num jantar na casa do advogado Ernesto Tizulrinik: “Para quem já viveu o que eu vivi, sair daqui clandestino de novo não custa nada”. Na reportagem, não há quem confirme a frase, mas, enfim, haveria um plano de fuga, em caso de eventual condenação a prisão.
Veja aborda todas as possibilidades imaginadas pelo ex-ministro. Em caso de absolvição, ele cogitaria concorrer ao governo do Distrito Federal, em 2014, impedindo a reeleição de Agnelo Queiroz. Em caso de prisão, ele denunciaria o Brasil à OEA – caso, é claro, não fuja. Mas o cenário mais provável, segundo a revista, seria uma condenação branda, por crimes já prescritos, sem pena de prisão.
Não é, no entanto, o que deseja a revista. Na sua Carta ao Leitor, Eurípedes Alcântara, diretor de Veja, expressa o desejo da Abril: “O que está em jogo é que página da história nossa geração escreveu neste começo de século XXI – uma página que pode nos envergonhar ou da qual nós, nossos filhos e netos vamos nos orgulhar.”
Em tempo: Dirceu não pretende fugir do País. Acompanhará o julgamento de seu sítio, em Vinhedo (SP), ao lado de advogados.
No 247McDonald´s sai da Bolívia por desinteresse do público e fecha todos os seus pontos
July 27, 2012 21:00 - no comments yetDepois de 14 anos de presença no país sul-americano, e apesar de ter tentado todas as campanhas imagináveis, a rede gringa se viu obrigada a fechar as oito lancherias que mantinha abertas nas três principais cidades do país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.
Trata-se do segundo país latino-americano – Cuba é o primeiro – que não terá McDonalds, e o primeiro do mundo onde a empresa fecha por ter seus números no vermelho durante mais de uma década.
O impacto para os publicitários e diretores de marketing, que não conseguiram superar sua frustração, foi de tal força que gravaram um documentário intitulado “Por que o McDonald`s da Bolívia quebrou”, onde tentam de algum modo explicar as razões que levaram os bolivianos a continuar preferindo as deliciosas empanadas aos frios hamburguers.
Rechaço cultural
O documentário inclui entrevistas com cozinheiros, sociólogos, nutricionistas, educadores, historiadores e outros, onde há um consenso geral: o rechaço não é aos hamburguers ou ao seu gosto, e sim está na mentalidade dos bolivianos. Tudo indica que o conceito de “fast-food” é, literalmente, a antítese da concepção que um boliviano tem de como deve ser preparada a comida.
Na Bolívia, ainda se conserva o conceito da cultura gastronômica tradicional, onde o rito da refeição começa desde decidir o que se vai comer, ir ao mercado comprar os ingredientes, conviver enquanto se preparam os alimentos, a forma com que eles se apresentam e a maneira com que são servidos. A comida, para ser boa, requer, além de sabor, esmero e higiene, e ponto de cozimento, que adquire depois de muito tempo de preparação. É assim que um consumidor avalia a qualidade do que leva ao estômago.
A primeira quebra de McDonald´s no mundo representou um trauma para os ianques, e significa um golpe ao capitalismo mercantilista comercial. A comida rápida “não é para essa gente”, concluíram os franceses. Tremei, Coca-Cola!
Coca-Cola fora da Bolívia a partir do próximo dia 21 de dezembro
Numa decisão de contornos eminentemente midiáticos, mas não por isso menos admirável, a Coca-Cola será expulsa da Bolívia no próximo dia 21 de dezembro de 2012. De acordo com o Ministro do Exterior da Bolívia, David Choquehuanca, essa determinação estará em sintonia com o “final” do calendário maia, e será parte das comemorações para celebrar o fim do capitalismo e o começo da “cultura da vida”. A festa será realizada no final do solstício de verão (no hemisfério sul) na Ilha do Sol, situada no lago Titicaca.
“Em 21 de dezembro de 2012 haverá o fim do egoísmo, das divisões. O dia 21 dezembro tem que representar o final da Coca-Cola e o início do mocochinche (refresco de pêssego)”, disse Choquehuanca, em um ato juntamente com o mandatário Evo Morales. “Os planetas se alinham depois de 26 mil anos [...] é o fim do capitalismo e o começo do comunitarismo”, acrescentou o ministro.
Embora essa medida busque atrair os refletores para um governo boliviano que tem recebido muitas críticas de diversas trincheiras, é certo que, simbolicamente, é um ato interessante, que na prática poderá se traduzir num estímulo para melhorar as condições de saúde dos habitantes do país.
Lembremos que a Coca-Cola, assim com a maioria dos refrigerantes industriais, contém diversas substâncias que se provou serem prejudiciais ao corpo, e cujo consumo continuado é associado inclusive a infartos e derrames cerebrais.
Tradução do espanhol: Renzo BassanettiDo Rebelión
No Gilson Cardoso
Sarah Menezes faz história
July 27, 2012 21:00 - no comments yetBrasil é ouro em Londres. Sarah Menezes entra para a história do judô

A judoca Sarah Menezes, beneficiada pelo programa Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, entrou para a história do judô nacional, neste sábado (28.07), ao conquistar a primeira medalha de ouro feminina do Brasil na modalidade. A brasileira venceu a atual campeã olímpica, a romena Alina Dumitru, campeã nos Jogos de Pequim, em 2008.
A busca pelo pódio na categoria ligeiro, até 48kg, começou contra a vietnamita Ngoc Tu Van, por 2 yuko a 0. Nas oitavas de final, Sarah derrotou a francesa Laetitia Payet, por 1 yuko a 0. As duas medalhas de bronze em jogo na categoria ficaram com a belga Charline Van Snick e a húngara Eva Csernoviczki.
Com a conquista, Sarah Menezes se tornou a segunda mulher brasileira a ganhar uma medalha de ouro individual nos Jogos Olímpicos (a primeira foi Maurren Maggi, no salto em distância dos Jogos de Pequim). Até o momento, o Brasil lidera o quadro geral de medalhas no judô, com dois pódios: um ouro e um bronze pelo judoca Felipe Kitadai.
O judô passa à frente como a modalidade nacional que mais conquistou pódios, com 16 medalhas. A vela vem em segundo, com 15 conquistas.

