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Daniela

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Com texto livre

June 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Final de semana na redação da Veja

September 16, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

- Ficou perfeito. Muito bem.
- Opa!
- Era aquilo mesmo que a gente pensou, né?
- Oh!
- O cara confirmou tudo?
- Confirmou.
- Você conseguiu pegar ele. Excelente!
- Não. Tipo. Me disseram tudo.
- Tudo?
- Tudo. Iguazinho. O cara tá puto. Se sentindo injustiçado.
- Perfeito. E ele envolveu o Lula nesse lixo todo.
- Ah, tipo, que só pegou peixe pequeno. Aquilo, sabe?
- Do Lula. Você perguntou do Lula, né? Boa, rapaz!
- Opa!
- E ai?
- Aí foi aquilo né?
- Sei.
- Não pegaram o cara porque ele não falou.
- Ótimo. Então ele falou.
- Tipo, falou.
- Gravou tudo?
- Opa. Tá tudo anotado.
- Anotado?
- Então, aquilo que falei.
- Não. Perguntei se tá gravado o que ele falou.
- Não.
- Como não?
- Tipo, foi os parentes, sabe?
- Que parente?
- Os parente, pô. Vizinho, tio, sabe? Todo mundo ouviu ele falar.
- Que todo mundo, tá maluco?
- As fonte, pô.
- Que fonte?

Pano Rápido
- Os caras do jurídico ligaram aí pra saber da fita.
- Opa. Então. Tá tudo anotado.
- O cara falando?
- Não, os parente, pô
por @pagina2
No Tecedora



Os segredos do tucanoduto

September 16, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo'

Faltavam catorze minutos para as 2 da tarde da última sexta-feira quando o empresário Roberto Civita, presidente da revista Veja e do Grupo Abril, parou seu carro em frente a um bar, em São Paulo. Responsável pelas mais infames acusações aos governos dos presidentes Lula e Dilma, ele tem cumprido religiosamente a tarefa de ir até esse modesto bar numa região pobre da grande São Paulo. Desce do carro, vai até o balcão e é servido com sua bebida preferida, que sorve numa talagada. Chega mais cedo para evitar ser visto pelos outros bebuns e vai embora depressa, cabisbaixo. "O PSDB me transformou em bandido”, desabafa. Civita sabe que essa rotina em breve será interrompida. Ele não tem um átimo de dúvida sobre seu futuro.
Nessa mesma sexta, Civita havia organizado em mega-encontro, com mais de mil empresários do Brasil e do exterior. Chamou o ilustre economista Paul Krugman e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Ambos confirmaram presença. Mas, em cima da hora, a presidente arranjou uma desculpa para não comparecer e o ministro abandonou a mesa de debates, sem dar satisfações. "Ali, foi selado meu destino" - acredita Civita.
Pessoas próximas ao empresário afirmam que Civita teria responsabilizado o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, pelo vexame que deu em público. Meneando a cabeça, ele saiu exclamando para quem quisesse ouvir: “Eu avisei ao Serra que ia dar merda! Eu avisei!”.
Apontado como o responsável pela engenharia que possibilitou ao PSDB e até recentemente ao DEM montar o maior esquema de espionagem, baixaria e calúnia da história, Civita enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com os tucanos. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade de cometer crimes que não praticou sozinho, mas com a ajuda de Carlinhos Cachoeira e seu grupo de arapongas, que faziam as “reportagens investigativas” de Veja, para defender interesses dos demo-tucanos. Civita manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder, relacionadas à privataria e aos escândalos da área de saúde do governo FHC, comandada por José Serra. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Policia Federal, de que nada aconteceria a ele nem a Demóstenes Torres. Com a queda de Demóstenes, logo após a prisão de Cachoeira, além de ter a equipe da revista desfalcada, Civita tentou um último subterfúgio para não naufragar: mandou fazer uma capa de destaque com a presidente Dilma.
Serra ficou enfurecido e o ameaçou. "Ele disse que abriria o jogo e mostraria que por trás de Carlinhos Cachoeira estava Policarpo, e por trás de Policarpo, eu".
Civita guarda segredos tão estarrecedores sobre o tucanoduto que não consegue mais reter só para si — mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos que ele ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel. Os segredos de Civita, se revelados, põem o ex-presidente FHC e José Serra no epicentro do maior escândalo de corrupção da história, a privataria tucana. Puxado o fio da meada, vêm juntos o caso Banestado, o Proer, a venda da Vale, o Fonte Cindam, a lista de Furnas. Sim, e, no comando das operações, Serra. Sim. Serra, que, fiel a seu estilo, fez de tudo para não se contagiar com a podridão à sua volta, mesmo que isso significasse a morte moral e política de companheiros diletos. Civita teme, e fala a pessoas próximas, que se contar tudo o que sabe estará assinando a pior de todas as sentenças — a de sua morte: "Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje".
(continua amanhã)
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações)



Austrália quer legalizar maconha e ecstasy

September 16, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

O último estudo sobre drogas ilegais feito na Austrália e divulgado neste domingo propõe ao Governo do país legalizar a maconha e o ecstasy para controlar o aumento de entorpecentes no país.
O professor Bob Douglas, co-autor do relatório de 54 páginas, disse que ficou claro que a proibição das drogas não funciona e que é preciso adotar outros enfoques, como a legalização e o controle governamental do consumo, segundo a rádio "ABC".
O especialista acrescentou que "o relatório deixa patente que a Polícia australiana, apesar de desempenhar um bom trabalho, não conseguiu ter um impacto sério no tráfico e consumo de drogas".
As estatísticas da Polícia em operações contra narcotraficantes no país durante o exercício fiscal julho 2011-junho 2012 revela que a apreensão de drogas aumentou 164% e de produtos químicos para elaborar narcóticos subiu 263%.
Os dados evidenciam um aumento do tráfico de entorpecentes na Austrália e que a cocaína e as anfetaminas superaram em preferência a heroína e a maconha.
Uma das propostas do documento é que o Governo controle a venda de maconha e ecstasy, que se ofereça apenas aos cidadãos maiores de 16 anos e acompanhada de programas de assessoria e tratamento.
O professor Douglas assinalou que projetos similares foram adotados na Europa com bons resultados, e opinou que a Austrália necessita ter um debate sério sobre este assunto.
"As pessoas que adotaram posições duras contra as drogas obtiveram juros políticos, mas já há muitos políticos na Austrália que reconhecem que esta postura deve mudar", disse Douglas.
Cerca de 200 mil pessoas, de uma população de 22,3 milhões, fumam maconha na Austrália.
Austrália e Nova Zelândia são as nações com a maior taxa de consumo de maconha e anfetamina no mundo, segundo um estudo publicado na revista médica "The Lancet".
No Uol



A intenção de voto de eleitores petistas para Russomanno

September 16, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

O Datafolha mostrou que 25% dos votos de Russomanno são de eleitores petistas. Isso equivale a 8 p.p. (afinal, ele teve 32% no último Datafolha). Se eles passarem a apoiar Haddad, agora, no 1º turno, este subiria de 17% para 25% e Russomanno cairia para 24% (desde que não conquiste nenhum outro voto).
O grande problema de Haddad é que muitos eleitores petistas (principalmente os da periferia) ainda não o conhecem. 47% dos eleitores paulistanos não sabem nada ou quase nada sobre ele, segundo o Datafolha mais recente. E 50% dos eleitores ainda não assistiram nenhum programa eleitoral na TV.
Quando se tornar mais conhecido, passando a ser identificado como o candidato do PT, de Lula, Dilma e Marta, ele crescerá bastante. Mas isso deverá acontecer mais nas duas últimas semanas de campanha, que é quando grande parte do eleitorado procurará se informar melhor sobre a eleição.
Acredito que, com isso, Haddad deverá terminar o 1º turno com algo em torno de 25% a 30% dos votos, garantindo a sua ida para o 2º turno.
Marcos Doniseti
No Advivo



Os caminhos do radicalismo pós-Serra

September 16, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Há dois marcos na nova etapa da jogo político brasileiro: o fim político de José Serra e o novo protagonismo político do STF (Supremo Tribunal Federal).
Vamos analisar algumas variáveis que serão determinantes do novo tempo político.
A luta pela civilidade política ainda tem um longuíssimo caminho pela frente.

1. A radicalização exacerbada não desaparece com Serra.


A ultradireita que emergiu no país nos últimos anos não se organizou em torno de Serra. Ele foi apenas o oportunista que pretendeu cavalgar a onda – como tantas outras que cavalgou, antes, como a do desenvolvimentismo, da socialdemocracia, sem nunca empunhar de fato a bandeira. Hoje está claro, mesmo para quem conviveu a vida toda com ele, que jamais passou de um arrivista.
Como explico na abertura da série “O caso de Veja”, o ódio como arma política começou como um sentimento algo difuso, que ganhou eco na agressividade de alguns comentaristas de televisão – imitando o estilo da Fox norte-americana. O episódio do “mensalão” serviu como agente deflagrador da intolerância, assim como a perspectiva da velha mídia de derrubar mais um presidente e retornar aos tempos de glória do pós-impeachment.
Apesar do gatilho ter sido o “mensalão”, é algo muito mais orgânico, cuja raiz (em termos globais) está na ascensão das novas massas, no fim do sonho neoliberal, no protagonismo da mídia na era Murdoch.
Serra percebeu a mudança de ventos e se adaptou ao novo figurino. O terreno era-lhe familiar porque a intolerância e os métodos obscuros já eram parte integrante de sua personalidade. Termina a carreira execrado pela esquerda, sob desconfiança da direita, deplorado por amigos que um dia acreditaram nele e… desprezado pela velha mídia por inservível

2. A ultradireita ficou sem um candidato.


E o que virá agora, para canalizar o ódio político?
Há paradoxos curiosos nessa história.
Nas últimas duas décadas, a legitimação do PSDB se dava em cima do suposto intelectualismo de FHC e Serra, e suas tropas de intelectuais, em contraposição ao PT, tratado como intelectualmente tosco pela mídia. De fato, os intelectuais do partido sempre tiveram enorme dificuldade em compatibilizar ideias progressistas mais contemporâneas com o cipoal de tendências que sempre marcou a história do PT.
Com Lula, o PT ocupou a centro-esquerda, enquanto o radicalismo inconsequente de Serra tirou do PSDB paulista toda uma geração de novos intelectuais que poderia revitalizá-lo. Sua prepotência e falta de discernimento fez o PSDB perder o grupo de Bresser-Pereira, os economistas da Unicamp, os irmãos Mendonça de Barros, os socialdemocratas da USP – as gerações mais velhas se mantem fieis a FHC, mas passam a quilômetros de distância de Serra e intelectualmente já deram o que tinham que dar.
Nessas eleições, o candidato do PT à prefeitura é um legítimo representante da elite intelectual paulista – formado em três centros de irradiação de influência, as Faculdades de Direito, Filosofia e Economia. Serra é um repetidor de bordões de intolerância. E a liderança que restou ao PSDB paulista, Geraldo Alckmin, é intelectualmente tão tosco que chegou a chocar o conservadorismo mais elaborado do Estadão, no episódio em que defendeu a PM pela chacina da semana passada (“só morreu quem resistiu”). No plano federal, Aécio Neves é uma promessa que não se realizou nem deverá se realizar.
Não havendo nenhum fato político anormal, a oposição tenderá a se aglutinar em torno de Eduardo Campos, um socialdemocrata com vinculação histórica com o centro-esquerda e sem necessidade de encarar o figura ultrarradical para se firmar.
Mas os ventos do ódio estão longe de se dissipar. E a aposentadoria de Serra cria um vácuo que deixa uma interrogação: para onde vai ser canalizada esse ódio político visceral?

3. Um personagem velho, a mídia, e um novo protagonista, o STF.


Daqui para diante, a luta política não se dará no campo partidário, mas em duas frentes: na mídia e no Judiciário, especialmente após o novo papel do STF (Supremo Tribunal Federal) e da cúpula do Ministério Público Federal.
No pano de fundo, a reação contra os descaminhos do modelo político, mas também um sentimento difuso contra o PT e Lula. Dificilmente o Procurador Geral Roberto Gurgel investiria com o mesmo ímpeto contra malfeitos do PSDB. No entanto, dentro do MPF há um sentimento corporativista solidificado, identificado com o pensamento de Gurgel.
Na outra ponta, por razões variadas, tem-se o STF assumindo um protagonismo perigoso.
Judiciário e MPF são compostos por um público que pertence ao extrato mais conservador da sociedade – no sentido de se informarem apenas através das mídias convencionais, seguirem rituais formalísticos, se diferenciarem do chamado cidadão comum por um conjunto de convenções, vestimentas, linguajar.
Todos os sinais que emanam do STF indicam que essa resistência aos novos tempos (e aos velhos vícios da política) resultou um novo protagonismo que, em breve, irá provocar conflitos com o Legislativo e, talvez o Executivo.
Podem-se buscar explicações individuais para a atitude de cada Ministro.
Gilmar Mendes sempre foi um Ministro político. Marco Aurélio de Mello trombou com o PT quando presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e guardou mágoas. Ayres Britto submeteu-se totalmente à mídia após ter sido alvo de uma denúncia inepta envolvendo seu genro. Embora ninguém jamais colocasse em dúvida sua idoneidade pessoal, desde então ele se curvou a todas as pressões da velha mídia.
Joaquim Barbosa é um caso à parte, talvez o maior erro político de Lula. Embora ninguém coloque em dúvida sua capacidade, existem dezenas de procuradores federais tão bem preparados quanto ele. Foi escolhido por seu simbolismo, por sua cor. No período que antecedeu a escolha, chegou a irritar Lula com seu servilismo. Empossado Ministro, tornou-se um deus ex-machina.
Dias Toffoli foi um segundo engano de Lula, provavelmente para corrigir o primeiro. Sem bagagem jurídica, foi escolhido para ser o Gilmar de Lula. Mas a diferença de estatura é enorme.
Mas como explicar a nova leva de Ministros, indicados por Dilma, todos igualmente tomados pelo ira santa? É evidente que essa situação reflete um estado de espírito majoritário na cúpula do Judiciário e não apenas uma conjunção pontual de personalidades.
Restou a posição heroica e solitária de Ricardo Lewandowski tentando fazer valer princípios de direitos individuais e preocupando-se em não se deixar levar pelo fogo da politização.
Não se sabe como será daqui para frente. Mas inegavelmente a oposição saiu do campo político para o campo midiático-jurídico.
Do lado da mídia, a estratégia visa interditar Lula definitivamente da política. Após o mensalão, tentarão levantar o caso dos empréstimos consignados do BMG para acusar Lula do chamado ato de ofício.
É uma cartada agressiva e que poderá gerar confrontos imprevisíveis.

4. A estratégia do governo Dilma.


Para tornar mais complexo o cenário, tem-se esse extraordinário paradoxo: Dilma é umbilicalmente ligada a Lula, tem demonstrado lealdade em todas as circunstâncias mas, para efeito midiático, foi transformada em uma espécie de anti-Lula. Na substituição de Cesar Peluso, não cedeu ao erro de indicar o advogado geral da União, fazendo uma escolha técnica.
Aparentemente considera que o republicanismo e o anti-corporativismo serão suficientes para blindá-la de tentativas futuras de desestabilização.
A boa imagem junto à classe média midiática se deve à sua racionalidade na gestão pública mas, também, a um pacto tácito com a velha mídia de não fortalecer nenhum canal alternativo, mantendo intacto para ela o botim das verbas públicas. Com a indústria, um pacto desenvolvimentista de redução de juros e proteção tarifária. Com os grandes grupos nacionais, parcerias nos projetos de desenvolvimento. Com o funcionalismo público, atitudes que geram resistência neles, mas apoio da classe média midiática.
Mas ainda mantem uma fé quase ingênua na capacidade da velha mídia se desarmar e retomar seu papel de crítico racional dos atos de governo.
Luis Nassif
No Advivo