Ecad celebra arrecadação e diz que CPI foi inexpressiva
July 15, 2012 21:00 - no comments yetMeses após a conclusão da CPI que pediu o indiciamento de seus diretores, o Ecad vai bem, muito bem. A entidade divulgou seu informativo trimestral que destaca os números da entidade: em 2011, foram arrecadados e distribuídos R$ 411 milhões em direitos autorais de música no Brasil.
Segundo o Ecad, 77% do dinheiro foi para artistas nacionais. Como o pagamento é por base em amostragem, os artistas que mais tocaram são os que mais ganham dinheiro. Sorocaba (da dupla Fernando e Sorocaba), Victor Chaves (da dupla Victor e Léo), Roberto Carlos, Thiaguinho e Djavan foram os artistas brasileiros que mais receberam dinheiro com direitos autorais no País em 2011.
O Ecad dedicou uma página para dar sua versão sobre a investigação dos senadores. O relatório final da CPI recomendou o indiciamento de oito diretores do órgão, incluindo a superintendente da instituição, Glória Braga, por crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita, agiotagem e crime contra a ordem econômica.
O Ecad classificou a CPI como “inexpressiva e esvaziada”. “A CPI somente prosseguiu devido ao apoio de uma imprensa especificamente interessada e devido às acusações infundadas de alguns críticos interessados na flexibilização dos direitos autorais que, por isso, atacam o atual sistema de gestão coletiva”.
Junto com o material de divulgação, o Ecad enviou também um panfleto sobre a música e a tecnologia. No formato de um vinil e um player de iPod, o folheto estampa na capa que a ‘tecnologia em torno da música evoluiu nos últimos anos’. Mas, no conteúdo, não há nenhuma menção a novos modelos de negócio para a música.
O folheto destaca os ‘impactos tecnológicos’ no ‘trabalho desenvolvido pelo Ecad’, que ‘contribuiu para o aprimoramento de suas atividades e o alcance de sucessivos recordes de arrecadação e distribuição dos direitos autorais’.
O Ecad investiu, segundo o folheto, mais de R$ 20 milhões em ‘soluções tecnológicas’ nos últimos cinco anos. O dinheiro foi aplicado basicamente em tecnologias que melhoram o processo de monitoramento para captar as músicas que são reproduzidas por aí. Há destaque também para o ‘site institucional, considerado um dos mais completos do mundo sobre direitos autorais’, e à central de telemarketing, com ‘profissionais treinados e dedicados à recuperação de débitos’.
Tatiana de Mello DiasNo Estadão
Brasil à frente dos BRICs, diz economista da Harvard
July 15, 2012 21:00 - no comments yetOs economistas adeptos da visão de que se coloque maior empenho na ampliação dos fluxos de capitais do que na criação de empregos e postos de trabalho, gostam de citar parceiros estrangeiros de igual mentalidade para justificarem suas teses catastrofistas de que o Brasil haverá de afundar amanhã ou depois num mar de produtos primários inservíveis ao mundo, ao mesmo tempo em que agarrado por uma multidão de desempregados voluntários, optantes do programa bolsa família.
Esse tipo de visão tem grande acolhida nas empresas de mídia pelo notório vínculo de seus principais veículos, via anúncios pagos, com grandes bancos nacionais e internacionais que preferem ver o diabo a assistir a presidente discursando em favor de políticas industriais. Se bem lembram, no governo Fernando Henrique Cardoso a ideia de política industrial foi definitivamente conotada às ideias de intervencionismo e de atraso, tornando-se quase uma antinomia de noção de liberdade de mercado.
Mas entra crise e sai crise (esta agora é a segunda em menos de 5 anos) e já não é possível aos simpatizantes dos juros altos, que é o preço do produto vendido pelos bancos, falar abertamente contra aquilo que antes tomavam por um acinte ao capitalismo moderno: a intervenção do governo na economia com a finalidade de proteger a indústria e fomentar empregos.
Tampouco parece fácil encontrar, em relação ao Brasil, faladores internacionais que se disponham a corroborar as teses esgarçadas – e, diga-se, pouco patrióticas – dos financeiristas nativos acerca do colapso final da economia brasileira.
Ao contrário, surge aqui e acolá figuras de projeção internacional nos meios acadêmicos e empresariais que consideram estar o Brasil hoje muito melhor posicionado para enfrentar a prolongada turbulência internacional, não apenas em relação aos maiorais da América do Norte e da Europa como também em relação aos seus pares de igual estágio de desenvolvimento, a exemplo da China, Índia e Rússia.Dan Rodrik, economista renomado da americana Harvard University, em artigo recente para o Project Sindycate – entidade de pensadores que reflete sobre a ordem internacional emergente – é um desses nomes que dá corpo a uma nova visão interpretativa sobre o lugar dos países em desenvolvimento no mundo e que veem o Brasil como em vias de deslocar-se dos chamados BRICS para alçar uma posição de vantagem sobre os países a que se refere o acrônimo e ainda sobre outro que não o integra embora o devesse, a Turquia.Rodrik acredia que 3 atributos serão de fundamental importância no próximo período para que os países saiam mais facilmente da crise, que por todos os lados só se vê aprofundar. O primeiro é a existência de grande mercado interno que lhes permita depender cada vez menos das exportações como eixo dinâmico de suas economias.
O segundo é um baixo nível de endividamento interno, que dê aos governos espaços para a ampliação dos investimentos de forma não inflacionária e com níveis satisfatórios das taxas de juros incidentes sobre os papéis representativos da dívida pública.
O terceiro desses atributos, necessário ao bom encaminhamento dos reflexos da crise internacional nas economias nacionais, é a existência de instituições democráticas consolidadas que permitam a solução de conflitos distributivos e o estabelecimento de consensos mínimos quanto à repartição do ônus incidente sobre grupos sociais específicos, devido `as medidas de enfrentamento adotadas.
O economista julga que embora todos os países integrantes dos BRICS, inclusive Turquia, desfrutem da primeira condição (existência de grandes mercados consumidores), apenas o Brasil dispõe de todas as 3, que juntas figuram quase um seguro contra os efeitos da crise.
Além de mercado dinâmico, apto a compensar as perdas decorrentes do baixo crescimento internacional, o Brasil dispõe ainda de baixo endividamento do governo (cerca de 40% do Produto Interno – PIB) e de instituições políticas sólidas, responsáveis pela travessia de 25 anos sem sobressaltos institucionais graves. O mesmo não acontece nem com China e Rússia, que contam com regimes fechados em que o fim de uma era de abundância poderá facilmente descambar para a paralisia do Estado devido a conflitos intestinos não dirimíveis por meio de acordos políticos de maior consistência no âmbito das instituições políticas.
Muito embora mais arejados em termos do funcionamento interno, Índia e Turquia têm contra si pesados níveis de endividamento público (pelo menos o dobro do brasileiro), o que lhes tolhe a liberdade de movimento na efetivação de gastos públicos susbstitutíveis aos investimentos privados, nacionais e estrangeiros.
É por isso que Dilma Russef pode dirigir-se a mandatários de países Europeus, com os quais o Brasil mantém fortes laços econômicos, e permitir-se lições de política econômica. Quando o barco vira tem mais autoridade quem pode nadar melhor, mesmo contra a vontade de compatriotas que bem se comprazeriam com um país de afogados.
No Blog Brasil que vaiA verdade científica sobre o Aquecimento Global
July 15, 2012 21:00 - no comments yetDica do Terrorismo ClimáticoPaulo Teixeira vai propor cassação de Wilder
July 15, 2012 21:00 - no comments yetDeputado petista afirma que mandato do suplente de Demóstenes Torres no Senado é “obra de uma organização criminosa”
O senador Wilder Morais (DEM/GO), suplente de Demóstenes Torres, tomou posse discretamente na última sexta-feira, mas ainda não pode dormir tranquilo. O deputado Paulo Teixeira (PT/SP), vice-presidente da CPI do caso Cachoeira, pretende propor sua cassação, alegando que seu mandato é fruto de uma organização criminosa. Leia, abaixo, a nota publicada na coluna de João Bosco Rabello, do Estado de S. Paulo:
Pela cassação
Vice-presidente da CPI do Cachoeira, o petista Paulo Teixeira (SP), defende a cassação do suplente de Demóstenes, Wilder Morais (DEM-GO), sob o argumento de que seu mandato é obra de uma organização criminosa. Falta só convencer o PT
Em conversas telefônicas captadas pela Polícia Federal, Wilder conversa com Carlos Cachoeira e agradece pelo apoio obtido para que se tornasse suplente de Demóstenes. Curiosamente, Andressa Morais, ex-mulher de Wilder, o trocou por Cachoeira.
No 247Como o ultrafechado grupo BilderBerg está atuando na Síria
July 15, 2012 21:00 - no comments yet![]() |
A líder da oposição síria Bassma Kodmani saindo de uma reunião do grupo BilderBerg |
Grupo BilderBerg.
Já ouviu falar? Provavelmente não, pelo seu caráter semiclandestino.
Mas pode ter certeza: poucas organizações são tão influentes quanto o BilderBerg. O nome deriva do hotel em que o grupo se reuniu pela primeira vez, em meados dos anos 1950.
Basicamente, seus integrantes são representantes de grandes governos e grandes corporações. As reuniões são anuais, e o local varia. Mas o conteúdo dos encontros é sempre secreto, e agenda trata da alta política internacional.
O grupo surgiu no rastro da Guerra Fria que opôs os Estados Unidos e a falecida União Soviética, depois da capitulação alemã. Por trás da montagem da organização, havia uma preocupação com um possível surto de antiamericanismo no mundo que colocasse em risco os interesses dos Estados Unidos, primeiro, e do Ocidente, depois. Um dos fundadores do BilderBerg, e ainda hoje ativo na militância, é o banqueiro David Rockfeller.
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Rockfeller fundou o movimento e ainda hoje milita |
Num universo cambiante e precário, os integrantes mudam. Na última reunião, por exemplo, estava presente o executivo Marcus Agius, presidente do Barclays. Na próxima, provavelmente ele não estará: Agius – nome melhor para um banqueiro não poderia haver – renunciou a seu cargo milionário depois que veio à tona a manipulação criminosa que o Barclays promoveu em torno da Libor, a taxa de juros que, calculada em Londres, governa o mercado financeiro britânico e mundial. (O Barclays foi multado em mais de 400 milhões de dólares, e as consequências se ampliarão consideravelmente quando clientes forem à justiça para reclamar de prejuízos pela manipulação.)
Todos os candidatos à presidência dos Estados Unidos são sabatinados pelo BilderBerg. Fiquemos nos últimos. Clinton? Foi. Bush? Foi. Obama? Foi.
Um colunista do Guardian, o melhor jornal britânico, tem rastreado os passos da sociedade. Seu nome é Charles Skelton.
Ele descobriu um fato interessante. O BilderBerg tem tido um papel vital (e escondido) na cobertura da crise da Síria. As fontes frequentemente citadas pela mídia ocidental como a oposição ao governo têm vínculos com o BilderBerg.
O Conselho Nacional Sírio, CNS, por exemplo. Segundo o Washington Post, o CNS é o “guarda-chuva das principais facções sediadas fora da Síria”. A BBC classifica o CNS como “a principal coalizão de oposição.”
O que é certo, segundo Skelton, é que o CNS é a organização que tem os vínculos mais fortes com o Ocidente – e com o BilderBerg. A acadêmica Bassma Kodmani, que fica em Paris, é o porta-voz do CNS. Ela participou dos dois mais recentes encontros do CNS. Num deles, um grupo de ativistas fotografou-a num carro saindo na conferência. Kodmani tem reclamado incessantemente intervenção estrangeira na Síria.
Onde as coisas provavelmente vão dar?
Na deposição de Assad, na morte de milhares de soldados e civis – e na instalação de um novo governo que representa mais a causa dos americanos, simbolizada no BilderBerg, que a dos sírios.
Foi isso o que aconteceu no Iraque, para lembrar um caso.
Deu no que deu.
Antes disso, no Irã. No começo da década de 1950, uma conspiração comandada pela Inglaterra e pelos Estados Unidos derrubou o governo democraticamente eleito de Mohammed Mossadegh. Foi colocado no lugar de Mossadegh o localmente abominado xá Reza Pahlevi, títere da plutrocracia ocidental.
O xá acabaria derrubado por um levante popular, anos depois — e em seu lugar tomaria o poder um regime islâmico visceralmente antiamericano sob a égide do aiatolá Khomeini.
A história se repete com irritante constância. A Síria parece ser mais um exemplo.
No Diário do Centro do Mundo