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Daniela

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junio 14, 2012 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

Márcio Thomaz Bastos: "O mensalão não existiu"

agosto 11, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

O advogado, patrono de vários defensores da Ação Penal 470, considera a acusação “fraca, desviada dos fatos, sem apoio na realidade”
TENSÃO
O advogado Márcio Thomaz Bastos em seu escritório, em São Paulo. “Fico nervoso. Tô nervosíssimo”
(Foto: Marcos Camargo/ÉPOCA SP)
Na segunda-feira da semana que começou o julgamento, o ex-ministro José Dirceu, réu mais ilustre da Ação Penal 470, foi desejar um feliz aniversário ao advogado Márcio Thomaz Bastos, que completava 77 anos. Na ocasião, a três dias do início do julgamento, Dirceu estava esperançoso e nervoso. O advogado, para usar uma palavra sua, “nervosíssimo”. Bastos não é advogado de Dirceu no mensalão – defende o ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado. Mas é patrono de quase uma dezena de defensores dos réus protagonistas do caso. Como o advogado de Dirceu, José Luiz Oliveira Lima, o Juca. Ou o de José Genoino, Luiz Fernando Pacheco – que despacha no 15o andar do mesmo edifício. Ou o de Delúbio Soares, Arnaldo Malheiros Filhos. Bastos recebeu Época dois dias antes de tentar, sem sucesso, desmembrar o processo no início do julgamento. “Eu gosto de desafios”, afirmou.
ÉPOCA – Há cinco anos, em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal recebeu parte substancial da denúncia do Ministério Público no Inquérito 2245, mais conhecido como mensalão (hoje, Ação Penal 470). O relator foi o ministro Joaquim Barbosa, cujo voto, de 615 páginas, foi seguido pela maioria dos ministros. Por que o Supremo aceitou a denúncia na época – e o que mudou de lá para cá?
Márcio Thomaz Bastos – Há uma diferença grande entre aceitar a denúncia e julgar a ação procedente. Para a denúncia bastam indícios, e algumas vezes leves. Como indício é um terreno movediço, muitas vezes se aceita uma denúncia para que, ao longo da instrução, se caldeie, se apure, se afine a prova e se encontre a possibilidade de absolvição ou condenação. A aceitação da denúncia, por si só, não é um prejulgamento. É o contrário disso. Tanto que, neste caso, há votos, como o do ministro (Cezar) Peluso, em que ele diz: “Vou aceitar esta denúncia, mas a Procuradoria vai ter de fazer a prova da culpabilidade para depois condenar”.
– É por isso que o voto do ministro Joaquim Barbosa, pelo recebimento de parte da denúncia, fala em “suposta organização criminosa”, “hipotética quadrilha”, “indícios mínimos de materialidade e autoria”, “supostas ilicitudes”. O senhor tem algum comentário em relação ao voto dele em particular? 
Ele fez o voto que achou que devia. Com todo o respeito que eu tenho pelo Antônio Fernando (Souza, ex-procurador-geral da República), considero a denúncia fraca, desviada dos fatos, sem apoio na realidade. Me parece, fundamentalmente, que esse processo é artificial. É uma junção de condutas diferentes que deviam ser julgadas cada uma no seu processo e que foram, de uma maneira irrealista, colocadas juntas, para fazer o processo do mensalão. Foi um erro. É o que está trazendo essas dificuldades para o julgamento se realizar. É o artificialismo, de juntar tudo num processo só.
– Poderia haver ainda alguma surpresa? 
Não. Nenhuma surpresa. É um guisado. É uma prova de insegurança da acusação. Eles tentam agrupar aquela junção de condutas de outra forma, para ver se melhora. É uma última tentativa de falar, de transformar isso no grande escândalo. É uma tentativa de rearranjar a narrativa, para ver se ela se torna mais convincente.
– O que é que esse processo tem de singular, o que lhe chama mais a atenção? 
O tamanho e o artificialismo. Cinquenta mil páginas, 38 acusados de coisas díspares que não estão ligadas entre si.
– Um dos advogados do processo, José Luiz Oliveira Lima, que defende o ex-ministro José Dirceu, disse recentemente que o mensalão é uma farsa. O que o senhor acha disso?
Basta ler os autos para ver que o mensalão não existiu. Eu já dei essa opinião outras vezes. Não quero me estender, porque estou no caso sob a luz da defesa do meu cliente, José Roberto Salgado.
– Um dos crimes que o Ministério Público destaca bastante é a compra de votos no Congresso.
Nos autos, não existe nenhuma prova da compra de votos no Congresso. Nenhum exemplo concreto, nem dois, nem cinco, nem dez. Esse processo é um erro na forma, na origem, na maneira como foi conduzido. E tenho muita esperança de que o Supremo corrija esse erro.
– Tem sido aventado que o ministro Peluso poderá antecipar seu voto, já que se aposenta compulsoriamente no dia 3 de setembro. O que o senhor acha disso?
É um direito que ele tem, embora não seja uma ideia que possa me agradar muito. Porque o julgamento é uma coisa viva. E, como dizia o Chacrinha, só termina quando acaba. Muitas vezes já vi um juiz votar e, depois, convencido pelos argumentos dos votos posteriores, reformular aquele voto. Quando você antecipa o voto, você congela aquele voto, ele não pode mais ser vivido por aquele organismo que é o julgamento.
– Como é administrar um caso dessa repercussão com 77 anos? O senhor ainda fica nervoso?
Fico nervoso. Tô nervosíssimo. Tem de subir lá, com a TV Justiça em cima, falando uma hora, discutindo questões importantes, que envolvem a liberdade de uma pessoa de 40 e poucos anos. Mas estou bem. Já devia estar aposentado, pelo decurso do tempo (risos). Se eu fosse ministro do Supremo, já teria sete anos de aposentadoria. Mas não sou. E pretendo continuar enquanto eu tiver saúde, vontade, enquanto estiver sentindo que estou na posse de alguns instrumentos que podem ser úteis.
– Como o senhor administra as críticas sobre ser poderoso e ter influído na escolha de alguns ministros do Supremo?
Vejo isso com absoluta naturalidade. O direito de defesa é um princípio a que pretendo me dedicar cada vez mais, porque ele é muito transgredido e muito relegado. Gosto bastante dos desafios que envolvem a possibilidade de defender quem você acha que deve. Eu não julgo os meus clientes. Quem tem de julgá-los é o juiz.
– O que o Ministério Público apresentou de novo em relação à denúncia apresentada em março de 2006, recebida pelo Supremo em agosto de 2007?
Falando em relação a meu cliente, José Roberto Salgado, acredito que a acusação foi verdadeiramente desmontada. Se for feita uma comparação entre trechos das alegações do Ministério Público e o que realmente existe, a denúncia está aberrante, absolutamente afastada da realidade e dos fatos. A denúncia delira.
– Por quê?
É uma acusação que, de certa maneira, abole a lei da relatividade, porque não leva em consideração nem o tempo nem o espaço. Quando ela aponta, por exemplo, que o núcleo financeiro disponibilizou e idealizou aquele fluxo de recursos, ela diz que isso aconteceu no começo de 2003. Sucede que, no começo de 2003, José Roberto Salgado estava na direção internacional e de câmbio do banco. Ele não tinha nada a ver com isso. Só passou a ter depois da morte do (diretor do Banco Rural) José Augusto Dumont, em abril de 2004. Então, como é que ele disponibilizou (os empréstimos)? Quando se fala em risco, em gestão fraudulenta, em quadrilha, em lavagem de dinheiro, é preciso dizer que essas coisas em relação ao banco estão nos riscos que ele teria tomado ao conceder o crédito – não ao conceder as renovações (dos empréstimos). Essa diferença é fundamental.
– Mas o voto do ministro Joaquim Barbosa, que aceitou a denúncia, considera que concordar com a renovação, que ele afirma ter sido feita a cada 90 dias, tem a mesma gravidade.
Mas não tem. Depois que se concede o empréstimo, qual é o papel do banco, a causa final do banco? É ir buscar o recebimento. Então, é uma gestão de crédito que se faz dali para a frente, da qual a renovação faz parte, e é importante. As renovações eram curtas, de 30, 60, 90 dias. Quando você faz um empréstimo para não pagar, para não receber, você faz um empréstimo no prazo de 24 meses, porque não precisa ficar aquele controle incessante. Mas aí não. O banco ficou constantemente cobrando os seus devedores. Tanto assim que um dos empréstimos de R$ 3 milhões, que foi para o PT, já foi pago, integralmente, com todos os juros e todos os acréscimos. Chegou a R$ 10 milhões, e acabou pago. A única relação que o José Roberto tem com o Marcos Valério é a relação de cobrador. E ele deu uma dura no Marcos Valério para receber aquele dinheiro. Então, realmente, a quadrilha em que ninguém se conhece é um absurdo. Você pode conceber o delito de uma quadrilha em que um integrante não conheça um outro integrante. Mas, nesse caso, o José Roberto Salgado, tirando o pessoal do banco, não conhecia ninguém.
– O ministro Cezar Peluso, no voto em que aceitou a denúncia por formação de quadrilha, no Inquérito 2245, achou esse argumento irrelevante. Ele disse que a caracterização do crime de quadrilha não exige que os integrantes se conheçam, às vezes até o contrário.
É irrelevante quando você diz um não conhecer um outro. Mas o José Roberto não conhecia ninguém. Veio a conhecer o Delúbio no enterro do José Augusto Dumont. Veio a conhecer o Marcos Valério no dia em que foi cobrar o Marcos Valério. Chamou o Marcos Valério no banco para dar aquela prensa que o banqueiro dá para o sujeito pagar ou renovar.
– Depois desses cinco anos, como ficou a situação de seu cliente nas alegações finais do Ministério Público?
Melhorou terrivelmente. Porque os advogados que estavam no caso – eu só entrei depois – fizeram, por meio do Instituto Nacional de Criminalística, a prova de que os empréstimos existiram, não eram fictícios, não eram de fachada. Entre muitas outras, essa é a prova definitiva.
– O que o senhor espera do julgamento?
Que o Supremo faça um julgamento justo, técnico, que não se deixe influenciar por fatores externos, que olhe a prova dos autos, que veja o que tem lá dentro, que condene quem tiver provas suficentes produzidas pelo Ministério Público para condenar – e absolva aqueles para quem não houver provas suficientes para isso.



Um salto ao futuro

agosto 11, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

As eleições de outubro próximo guardam uma relação indissociável com o presente e futuro das cidades brasileiras, o enfrentamento das grandes questões que as envolvem desde o planejamento à superação dos abismos sociais retratados nas desigualdades dos espaços urbanos, além das responsabilidades dos poderes públicos municipais.
Diz respeito também à construção de projetos associados ao crescimento econômico, produzindo riqueza, gerando empregos para as grandes maiorias que se encontram à margem dos benefícios que proporcionam o usufruto de uma boa qualidade de vida, direito inalienável de todos os cidadãos brasileiros, responsabilidade intransferível dos gestores públicos, especialmente aqueles eleitos pelo voto popular.
E não é possível falar em qualidade de vida dissociada de uma das principais dívidas dos estados e municípios para com as populações das cidades do País sejam elas pequenas, médias ou grandes, a dívida ambiental.
Porque um dos mais graves dos nossos problemas sociais encontra-se na degradação ambiental que atinge principalmente os bairros das periferias onde predominam chagas seculares como esgotos a céu aberto, ausência de saneamento básico, córregos e rios fétidos, lixo amontoado, resultando na proliferação de doenças contagiosas.
Além disso, sabemos que as nossas cidades apresentam uma dualidade insuportável que se expressa de um lado no tratamento urbanístico adequado aos bairros dos segmentos abastados ou de classe média mais privilegiada, e de outro lado nas condições deploráveis das regiões onde vivem os grandes contingentes da população.
A grande responsabilidade dos representantes eleitos pelo voto popular sejam eles vereadores ou prefeitos deve ser, associada a experiências exitosas de várias administrações municipais, promover nas novas circunstâncias históricas do crescimento econômico nacional, uma substancial reconfiguração qualitativa das cidades sem a qual é impossível falar em desenvolvimento verdadeiro.
As condições desse atual crescimento, mesmo afetado pela crise financeira mundial, estão a exigir um grande esforço criativo e uma radical transição dos cenários municipais que ainda retratam, no essencial, um País do século passado.
Quando o Estado nacional foi imobilizado por décadas pela estagnação econômica, pela ausência de ideias e recursos decisivos para um grande salto ao futuro.
Eduardo Bomfim, advogado, membro do Comitê Central do PCdoB
No Vermelho



A homilia dominical

agosto 11, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

Tivesse eu a grata satisfação de presenciar a cena 
e dispensaria até saber o que fora dito...
É verdade, tivesse eu tal oportunidade e dispensaria entrar na intimidade daquele diálogo. A curiosidade levar-me-ia a interrogar sobre o que diriam, mas manter-me-ia a reservada distancia... Basta que os conheça pelo que escreveram. De Jorge Amado, li livros seus entre os 20 e os 30 anos. De José Saramago, já muito depois dos 50. Um despertou-me para a utopia, o outro manteve-me desperto para ela.  Ambos me alimentaram o sonho e, pensando nisso, imagino o que naquela conversa terão dito...
HOMILIA (lembrando o centenário de Jorge Amado)
«Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se não fossem essas já eu teria desistido da vida.» - José Saramago, in "Ensaio sobre a cegueira"
«Não possuímos direito mais inalienável do que o direito ao sonho. O único que nenhum ditador pode reduzir ou exterminar.» - Jorge Amado, tirado daqui
No Conversa Avinagrada



O que é um Estadista?

agosto 11, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

Entretanto no Ocidente, ainda há Estadistas de verdade. Desenganem-se. Os Media é que não querem que você saiba! Ouçam o Presidente do Uruguay, José Mujica por uns minutos:
"O primeiro elemento do meio ambiente chama-se felicidade humana."

Mas se quiserem ouvir mais verdades, deixo aqui a Cristina Kirchner. Impressionante! Nada que os MEDIA achem interessante. Estes Estadistas não são compatíveis com a Globalização para a escravização. São o Novo Paradigma.
No Guerra Silenciosa



Jaleco branco virou moda no Brasil?

agosto 11, 2012 21:00, por Desconocido - 0no comments yet

E o sindicato médico, faz o quê neste caso?
Quem mora ou trabalha nas cercanias de hospitais ou clínicas sabe do que estou falando. Quem não assiste - todos os dias - o desfile de pessoas vestindo jaleco branco nas ruas, em restaurantes, e até no transporte coletivo?
Este recado, portanto, é para os profissionais da saúde: não usem jaleco branco fora do ambiente asséptico de clínicas, hospitais e consultórios. Não passem atestado de jeca.
Respeitem os seus pacientes, muitos com as defesas imunológicas deprimidas e expostos ao ataque de microorganismos oportunistas.
Vocês desconhecem a Teoria Microbiológica das Enfermidades? Não estudaram a biogênese das patologias, ignoram os estudos dos pesquisadores como Louis Pasteur, Ferdinand Cohn e Robert Koch? Não estudaram esse capítulo da medicina? Mataram essas aulas importantes?
Pois saibam que esse comportamento narcísico de andarem exibindo nas ruas a identidade de suas profissões pode ser a ruína de seus pacientes. Vocês andam por aí, de forma irresponsável, ostentando a própria insegurança, à custa de um possível risco à saúde de centenas de pessoas de são atendidas diariamente nos locais onde vocês trabalham.
Afirmem-se de outra maneira, busquem compensações na vida de outra forma (que tal no sexo?), sejam menos espetaculosos e mais responsáveis, profissionalmente.
Admira que o sindicato médico (tão pródigo em marketing na mídia conservadora), e as associações de profissionais da saúde já não tenham chamado a atenção de vocês para o grave erro que cometem... em nome do quê mesmo? Ah! em nome da vaidade, ora pois!
No Diário Gauche