Globo não transmite último amistoso da seleção olímpica de futebol
julio 17, 2012 21:00 - no comments yetAFP PHOTO/Will Oliver
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O atacante Neymar é assediado pela imprensa no desembarque da seleção olímpica em Londres |
Fato raríssimo, a Rede Globo não vai transmitir um amistoso da seleção brasileira de futebol. Marcado para sexta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), o jogo contra a seleção da Grã-Bretanha é preparatório para os Jogos Olímpicos de Londres, que começam no próximo dia 27.
A partida será disputada em Middlesbrough, na Inglaterra, e terá transmissão exclusiva do canal pago SporTV. No horário do jogo, a Globo programa exibir um capítulo de "Chocolate com Pimenta" e o filme "Lilo & Stitch".
A última vez que a Globo não exibiu um amistoso da seleção foi no dia 10 de agosto de 2010, na estreia de Mano Menezes como técnico da equipe. Marcado para às 21h, mesmo horário em que a emissora exibia então a novela “Passione”, o jogo contra os Estados Unidos foi vencido pela seleção por 2 a 0.
A Globo detém os direitos de transmissão para TV aberta de todos os amistosos da seleção brasileira. Os direitos de mostrar a equipe em ação durante os Jogos de Londres, porém, pertencem à Record, o que pode explicar o desinteresse em exibir esta última partida antes da competição.
No Mauricio StycerRelatório do Congresso dos EUA denuncia lavagem de dinheiro no HSBC
julio 17, 2012 21:00 - no comments yetO banco britânico HSBC colocou em risco o sistema financeiro americano ao se expor a possíveis atividades de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas ou ao financiamento do terrorismo, indicou nesta segunda-feira um relatório do Senado americano.
O relatório de uma comissão de investigação do Senado vinculada à Segurança interior destacou as "graves omissões" no sistema antilavagem da filial americana do HSBC, o HBUS, que não conseguiu - segundo os parlamentares - vigiar de forma eficaz as atividades suspeitas.
Desta forma, segundo os congressistas, o banco expôs o sistema financeiro americano a possíveis operações de lavagem de dinheiro da droga dos cartéis mexicanos. A filial mexicana transferiu, deste modo, cerca de 7 bilhões de dólares ao HBUS entre 2007 e 2008.
O HBUS também manteve relações financeiras com estabelecimentos bancários suspeitos de ter vínculos com supostas organizações terroristas. O informe de 330 páginas citou, deste modo, o banco saudita Al Rajhi Bank.
"Na era do terrorismo internacional, da violência vinculada à droga em nossas ruas e em nossas fronteiras, do crime organizado, deter o fluxo de dinheiro que apoia estes horrores é uma prioridade para a segurança nacional", escreveu em um comunicado o senador democrata Carl Levin, que preside a comissão.
No AFP
A Lei de Responsabilidade Educacional
julio 17, 2012 21:00 - no comments yetEm 1943, o psicólogo Ibrahim Maslow, desenvolveu uma série de conceitos visando estimular as pessoas para o aprendizado. Criou uma escola de pensamento que se contrapos, ao longo das décadas, ao mecanicismo do ensino convencional.
Uma de suas constatações é que o ser humano consegue aprender uma cota máxima de informações por dia. Perdeu o dia, perdeu a cota, que não será recuperada nos dias seguintes.
Essa constatação trouxe implicações profundas na educação e no aprendizado – escolar e empresarial.
A educação é um processo cumulativo e não tem como recuperar o dia que se perdeu, já que em cada dia cabe apenas uma cota. Porque um jovem leva 25 anos do primário à educação superior completa? Porque não tem como acumular mais informações no período.
Por isso mesmo, não se pode parar nunca, usando a escola, a Internet, as leituras em casa para acumular conhecimento.
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A partir dessas constatações, Vicente Falconi – professor emérito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e consultor renomado – percebeu algo historicamente muito errado na educação brasileira, a partir da definição federativa: o curso fundamental (9 anos) é de responsabilidade dos prefeitos; o curso médio, dos governadores; a educação superior, do governo federal.
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A parte mais relevante é o básico, período onde a criança irá acumular conhecimento que lhe permitirá, mais tarde, entender o curso médio e o superior. E está entregue à instância menos organizada da administração pública: as prefeituras, sujeitas a toda sorte de injunções políticas, sofrendo da descontinuidade administrativa, do assédio de cursos apostilados e outras aventuras.
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Recentemente, Falconi visitou Santa Rita do Sapucaí que com a ETE (Escola Técnica de Eletrônica) e a Inatel tornou-se uma referência de tecnologia no país. Na minha adolescência, aliás, terminar o ginásio e entrar na ETE era o sonho de todo estudante. Eu mesmo estudei 6 meses por lá até perceber que minha vocação era o jornalismo.
Falconi indagou sobre o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Apenas mediano, responderam. A razão principal é que os alunos que chegavam passavam por um ensino fundamental horrível. A ETE precisou criar um reforço de 6 meses para prepará-los para o curso, mesmo assim sendo insuficiente.
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De que maneira superar esse problema?
O MEC (Ministério da Educação) já desenvolveu indicadores satisfatórios, no ENEM e no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Personagem central desses indicadores, é o Secretário Executivo do MEC José Henrique Paim Fernandes.
O MEC conseguiu montar um sistema nacional de acompanhamento. A rede do MEC junta indicadores de toda ordem e consegue falar online com praticamente todas as escolas da rede pública.
Ganhou-se capacidade de controle, mas não de execução – que continuou nas mãos de Estados e municípios.
O caminho é a aprovação de uma Lei de Responsabilidade Educacional, nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não apenas para controlar a aplicação dos recursos mas, principalmente, os indicadores de desempenho.
Luiz NassifNo Advivo