Aller au contenu

Daniela

Plein écran

Com texto livre

June 14, 2012 21:00 , par Daniela - | No one following this article yet.

Um ataque contra a sua privacidade

October 13, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Nova lei da internet, em discussão no congresso, coloca em risco as informações privadas dos brasileiros que acessam a rede
Chamada.jpg
A privacidade dos 71 milhões de brasileiros que navegam na internet vale muito dinheiro e está em risco no debate em torno das regras para o funcionamento da rede mundial de computadores no Brasil. O texto do marco civil da internet em discussão no Congresso vem atraindo um jogo de lobbies e deixa brechas à proteção de dados dos usuários. A nova legislação permite que as informações pessoais que circulam pelos sites acionados pelos internautas sejam usadas para alimentar o mercado de publicidade direcionada.
2.jpg
Apesar de assegurar, à primeira vista, a inviolabilidade dos dados, o texto em tramitação agride a privacidade do usuário, como pode ser conferir numa leitura mais atenta da proposta. O perigo mora no artigo do projeto que supostamente garantiria os direitos dos internautas. Apesar de proibir o fornecimento a terceiros de registros de conexão e acesso, o texto abre exceção para casos em que o próprio usuário dá “consentimento livre, expresso e informado” para o uso de seus dados. Isso acontece, na maioria das vezes, sem que a pessoa se dê conta. Ocorre que praticamente todos os termos de adesão para a criação de contas de e-mails ou redes sociais incluem essa autorização automática. O cliente não tem opção: ou concorda com os termos de uso ou simplesmente não usa os serviços. A artimanha garante aos provedores de serviços o acesso a dados dos internautas. A invasão se dá na forma de uma aparente coincidência: o internauta comenta sobre um produto ou serviço na rede e logo passa a ser bombardeado por anúncios.
IEpag50a52_Privacidade-2.jpg
A manobra é replicada nos cadastros de sites de compras e outros serviços online. Ela é mais flagrante no Google. Ali, para abrir uma conta no Gmail, o usuário esbarra num termo de adesão escrito apenas em inglês, no qual abre mão da privacidade. “Você concorda que o Google pode usar seus dados de acordo com a política de privacidade”, diz um trecho do contrato. Na rede social Facebook não é diferente. Ao se cadastrar, o internauta precisa aprovar os termos do acesso, que na prática representam a autorização para o uso dos dados de navegação. “Usamos as informações que recebemos sobre você em relação aos serviços e recursos que fornecemos a você e a outros usuários, como seus amigos, nossos parceiros, os anunciantes que compram anúncios no site e os desenvolvedores que criam os jogos, aplicativos e sites que você usa”, informa o termo.
3.jpg
Enquanto provedores de serviços como e-mail e rede social se beneficiam dos contratos para lhes garantir o acesso e o uso de informações dos usuários, provedores de conexão, como as companhias telefônicas, fecham parcerias milionárias com empresas especializadas em rastrear a navegação. A multinacional Phorm é uma dessas empresas e hoje presta serviços para a Oi e a Telefônica no Brasil. Sua missão é traçar o perfil dos internautas e descobrir seus interesses de navegação. São provedores de acesso como as duas empresas de telefonia que mais brigam para que o marco da internet não as deixe de fora do clube de quem fatura em cima da privacidade dos internautas. O argumento é que os sites de e-mails e redes sociais já fazem esse rastreamento, mesmo sem previsão legal. “É uma briga grande, mas acreditamos que o texto da forma como está fechará muitas brechas”, alega o relator do projeto na Câmara, deputado Alexandre Molon (PR-RJ). “Sabemos que algumas empresas, como a Phorm, vivem dessa bisbilhotagem disputada pelo mercado da rede. Queremos frear esse comércio e impedir que a privacidade alimente os negócios. Acho que o marco é um avanço para isso.” O parlamentar não explica, porém, como vai garantir a privacidade dos usuários diante dos termos de adesão que o internauta encontra pelo caminho. O governo tem pressa na votação do texto. Um dos que pressionam pela aprovação ainda neste ano é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
4.jpg
GANHAM PARA VASCULHAR
Deputado Alexandre Molon (PT-RJ) diz que
empresas vivem da bisbilhotagem
Na contramão do discurso de Molon, o especialista em direito eletrônico Renato Opice Blum, da Fundação Getulio Vargas, diz que a aprovação do marco não vai garantir a privacidade, mas apenas oficializar – se não aumentar – o comércio de publicidade direcionada que existe atualmente. “Esse texto não muda nada, uma vez que a maioria dos brasileiros autoriza o uso e a divulgação dos seus dados sem se dar conta. O problema é que ninguém costuma ler os contratos dos serviços”, diz. Para Blum, como a nova legislação não deve frear o comércio de informações, restará aos brasileiros ter cautela ao navegar na rede e, sobretudo, na hora de escolher os serviços que contrata. Diante da guerra de interesses, o único consenso entre os vários atores dessa discussão é que, aprovado o texto em debate no Congresso, ganharão força os negócios feitos à custa da privacidade do internauta.
5.jpg
Izabelle Torres
No IstoÉ



A desconfiança que rifou Russomanno

October 13, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Fábio Gomes, sobre a reunião em que levou a má notícia: "Eles diziam "você nos fala de números bons, mas põe uma pulga atrás da nossa orelha""
Dez dias antes do debate que marcou o início da queda livre de Celso Russomanno (PRB) nas pesquisas de intenção de voto, a campanha do candidato derrotado no primeiro turno da eleição à Prefeitura de São Paulo já detectava a dificuldade de manter a liderança na reta final. Pesquisas internas mostravam que 33% dos eleitores de Russomanno consideravam que sua maior fraqueza era o despreparo. O candidato era visto como o "gente boa", o "amigão", mas não saberia administrar a cidade.
"Havia um elemento de dissuasão, faltava o gatilho. O PT viu isso", afirma Fábio Gomes, diretor do instituto Informa, que realizou pesquisas para Russomanno.
No sábado, 15 de setembro, Fábio Gomes apresentou os resultados de uma pesquisa qualitativa não muito otimista à cúpula da campanha. "Eles diziam: "Você nos fala de números bons, mas põe uma pulga atrás da nossa orelha..."", conta Gomes.
A pesquisa indicava o que o sociólogo chama de "rejeição latente": Russomanno era querido pelo eleitor, mas não inspirava confiança quanto à capacidade administrativa. Quando o flanco começou a ser explorado, criou uma espécie de círculo vicioso. O pesquisador considera que houve um reforço mútuo de três "gatilhos".
O primeiro foi o ataque de Fernando Haddad (PT) à proposta de se cobrar uma tarifa de ônibus proporcional ao trajeto percorrido. Com isso, Haddad conseguiu recuperar os eleitores da periferia, que estavam em peso com Russomanno, mas tradicionalmente votam no PT. O tema ganhou importância quando o petista criticou a proposta do adversário no debate da TV Gazeta, no dia 24.
O segundo gatilho foi a mobilização da Igreja Católica. No domingo, dia 16, padres de 300 paróquias leram durante as missas um artigo do cardeal arcebispo dom Odilo Scherer com críticas à "manipulação política da religião". Era uma referência à ligação do partido de Russomanno com a Igreja Universal do Reino de Deus. Calcula-se que cerca de 600 mil fiéis teriam participado das missas. "Isso reverberou. Igreja não dá voto, mas tira", afirma Fábio Gomes.
O terceiro gatilho veio como consequência dos dois anteriores: o início da queda nas pesquisas provocou uma espécie de efeito dominó. O pesquisador afirma que a preferência por Russomanno estava muito baseada num voto útil, em virtude de sua liderança. Quando o candidato começou a perdê-la, o resto desmoronou mais facilmente. "Mas a bala de prata foi o ataque à proposta de transporte", afirma.
Gomes concorda que faltou à campanha um programa de governo "mais consistente" e afirma que uma resposta mais eficiente aos ataques não foi possível por dois motivos. Em primeiro lugar, porque o pouco tempo de propaganda no rádio e TV foi insuficiente quando o candidato passou a ser alvejado por todos os adversários, não só Haddad. "Para crescer, o tempo de TV não foi problema, mas para responder ao volume de ataque dos outros, era curto para se proteger", diz.
A segunda razão seria estratégica. O deputado estadual Campos Machado (PTB), presidente do conselho político, teria decidido abordar a questão do transporte no segundo turno, já que o primeiro estava praticamente garantido. "Imperou a palavra do Campos Machado, a quem respeito e que dizia que a gente poderia resolver depois. Ele não queria criar um fato (político)", afirma.
Campos Machado nega a decisão. "Pelo contrário, eu propus que se viesse a público para dizer que, tendo em vista a reação das pessoas, que estávamos voltando atrás. O D"Urso é testemunha", rebate.
O deputado diz que até o debate na TV Gazeta "desconhecia totalmente" a proposta de Russomanno sobre transporte, já que o plano de governo "foi feito pelo PRB e não pela coligação". "Eu era presidente do conselho político. Plano de governo, marketing, TV, isso tudo estava com o PRB. Não era minha atribuição. Só agi quando o assunto virou um fato político. Constituímos uma comissão de notáveis para fazer o programa. Mas quando você precisa explicar muito alguma coisa é que você se complica. Não foi problema de religião. Um plano elaborado pelo terceiro escalão dá nisso", diz Campos Machado, numa crítica aos supostos autores da ideia - funcionários da prefeitura ligados a Russomanno.
Ainda sobre as pesquisas qualitativas, Fábio Gomes conta que o julgamento do mensalão nunca apareceu como tema relevante nos grupos de discussão. E que embora Haddad também despertasse dúvida sobre a capacidade administrativa, tinha o crédito de confiança por ser indicado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Valor



Corte da OEA pode interferir na decisão do STF sobre o mensalão?

October 12, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire


 

Decisão anterior se encaixa como uma luva

A Folha do último dia 3, ao noticiar a intenção de Valdemar Costa Neto (PR-SP) de ir à Corte Interamericana contra o julgamento do STF no mensalão, informou que "o órgão internacional não tem poder de interferir em um processo regulado pelas leis brasileiras, segundo ministros e ex-ministros da corte. Quando a OEA condena, as punições são aplicadas contra os países que fazem parte da organização. Entre as penas estão a obrigação de pagar indenizações a vítimas de violações de direitos humanos".
A Corte Interamericana não é um tribunal que está acima do STF - ou seja, não há hierarquia entre eles. É por isso que ela não constitui um órgão recursal. Porém, suas decisões obrigam o país que é condenado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. "Pacta sunt servanda": ninguém é obrigado a assumir compromissos internacionais. Depois de assumidos, devem ser cumpridos.
De forma direta, a corte não interfere nos processos que tramitam em um determinado Estado membro sujeito à sua jurisdição (em razão de livre e espontânea adesão). De forma indireta, sim.
A sensação que se tem, lendo o primeiro parágrafo acima, é de que a corte não teria poderes para modificar o que foi decidido pelo STF e que as sanções da corte são basicamente indenizatórias. Nada mais equivocado.
No caso "Barreto Leiva contra Venezuela", a corte, em sua decisão de 17 de novembro de 2009, apresentou duas surpresas.
A primeira é que fez valer em toda a sua integralidade o direito ao duplo grau de jurisdição (direito de ser julgado duas vezes, de forma ampla e ilimitada). A segunda é que deixou claro que esse direito vale para todos os réus, inclusive os julgados pelo tribunal máximo do país, em razão do foro especial.
Esse precedente da Corte Interamericana se encaixa como luva ao processo do mensalão. Mais detalhadamente, o que a corte decidiu foi o seguinte: "Se o interessado requerer, o Estado [a Venezuela, no caso] deve conceder o direito de recorrer da sentença, que deve ser revisada em sua totalidade".
A obrigação de respeitar o duplo grau de jurisdição, continua a sentença da Corte Interamericana, deve ser cumprida pelo Estado, por meio do seu Poder Judiciário, em prazo razoável (concedeu-se o prazo de um ano). De outro lado, também deve o Estado fazer as devidas adequações no seu direito interno, de forma a garantir sempre o duplo grau de jurisdição, mesmo quando se trata de réu com foro especial por prerrogativa de função.
Ainda ficou dito que a corte iria fiscalizar o cumprimento da sentença e que o país condenado deve cumprir seus deveres de acordo com a Convenção Americana.
O julgamento do STF, com veemência, para além de revelar a total independência dos seus membros, está reafirmando valores republicanos de primeira grandeza, como reprovação da corrupção, moralidade pública, retidão ética dos agentes públicos e partidos, financiamento ilícito de campanhas eleitorais etc. O valor histórico e moralizador dessa sentença é inigualável.
Mas do ponto de vista procedimental e do respeito às regras do jogo do Estado de Direito, o provincianismo e o autoritarismo do direito latino-americano, incluindo especialmente o brasileiro, apresentam-se como deploráveis.
Por vícios procedimentais decorrentes da baixíssima adequação da, muitas vezes, autoritária jurisprudência brasileira à jurisprudência internacional, a mais histórica e emblemática de todas as decisões criminais do STF pode ter seu brilho ético, moral, político e cultural nebulosamente ofuscado.
Luiz Flávio Gomes, 55, doutor em direito penal, fundou a rede de ensino LFG. Foi promotor de justiça (de 1980 a 1983), juiz (1983 a 1998) e advogado (1999 a 2001)
No Falha



Curiosidade

October 12, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

  • Cacciola morava num condomínio que é considerado um dos mais caros do mundo. Eu disse do mundo.
  • O condomínio custava R$ 8.000/mês. É o Golden Green, na Barra, no RJ. Onde moram/moravam Romário, Ronaldo Gordo, etc.
  • Cacciola foi preso pelo escândalo do Banco Marka. O apartamento mais barato do Golden Green custa US$ 2,5 milhões.
  • Cacciola foi solto pelo Marco Aurélio Mello do STF que esqueceu de apreender o passaporte de Cacciola que tem cidadania italiana.
  • Cacciola fugiu para a Itália. Dias depois, adivinha quem se mudou para o Golden Green: Marco Aurélio Mello.
  • E já se sabia que não existe tratado de extradição entre Brasil e Itália. Cacciola foi preso porque foi para Mônaco, outro país, para assistir a um jogo de tênis e foi trazido para o Brasil pela Interpol.
By Stanley Burburinho
No Esquerdopata



O que está por trás da adulação aos juízes no julgamento do Mensalão

October 12, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Elogios desmesurados podem influenciar, e consequentemente manipular, bem mais do que em nossa ingenuidade imaginamos
Publicado no Globo
Zé Dirceu trouxe ao debate, de novo, a questão da reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
Vale a pena parar para discutir isso.
Antes do mais: quem acredita que não correu dinheiro para comprar no Congresso os votos necessários para que FHC pudesse ter um segundo mandato acredita em tudo, para usar as palavras de Wellington.
É certo que não é porque não se fez justiça antes que não se deve fazer agora. Mas é inaceitável tratar de um caso e simplesmente esquecer o outro ao sabor de conveniências. Ao ignorar uma história você acaba conferindo peso desmedido à outra.
Se o mensalão se deu em parcelas mensais, o emendão foi pago à vista. A diferença maior é que o mensalão foi e é tratado pela mídia estabelecida com um estardalhaço e um enviesamento indecentes. Tamanha pressão se refletiu não sobre os eleitores, que já faz tempo ligam muito pouco para o que a mídia diz – mas sobre o STF.
Os integrantes do STF parecem estar gostando dos elogios interesseiros e calculistas que vão recebendo dos suspeitos de sempre. Na lisonja cínica e desequilibrada se esconde uma manobra não tão sutil assim de corrupção de valores. Muitas vezes é mais fácil, mais barato e menos arriscado você influenciar alguém não com dinheiro, mas com a louvação. A alma humana, como escreveu Confúcio, é mais suscetível à adulação do que às moedas.
O brasileiro médio, em sua sabedoria intuitiva, não dá quase nenhuma importância ao que a mídia diz. Ele desconfia das reais intenções por trás dos espasmos de moralismo que remetem ao clássico “mar de lama” de Carlos Lacerda.
Mas os juízes do STF, eles sim, dão muita importância à grande mídia. Louvaminhas podem embriagá-los.
De tanto serem colocados no céu, os juízes podem achar que são capazes de voar – e isso não é bom para o país.
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do mundo