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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , par Daniela - | No one following this article yet.

Deduzir as deduções

October 3, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Carandiru, aniversário de 20 anos: sem julgamento. Mensalão do PSDB em Minas: 14 anos, sem julgamento. Não é preciso seguir com exemplos para perguntar: isso é Justiça? A instituição que assim se comporta deve mesmo ser chamada de Judiciário?
E não bastam os sete anos para enfim ocorrer o atual julgamento no Supremo Tribunal Federal, ou quantos anos ainda serão necessários para o encerramento dessa história?
A decisão do deputado Valdemar Costa Neto de reclamar em corte internacional o direito de recurso contra sua condenação, já que o STF o condena como primeira e como última instância, abre uma fila que apenas não está anunciada por outros réus e seus advogados.
Talvez por haver mais de uma possibilidade e faltar escolha definida entre elas. Não por falta da deliberação de buscar outro exame para vários dos já condenados. E, pode-se presumir, também para futuros.
O caso de Valdemar Costa Neto é bastante ilustrativo. Está condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Práticas implícitas no recebimento de dinheiro para o que a maioria do Supremo considerou compra, pelo PT, de apoio na Câmara para o governo Lula.
O deputado reconhece não ser inocente, mas atribui a condenação a motivo errado.
Tem um argumento que o Supremo, de fato, desconheceu: votou contra o governo e até apresentou emenda contrária ao projeto originário do Planalto para modificações na Previdência.
Votação e emenda comprováveis, uma e outra contradizendo a venda de voto ou apoio em que se fundou a condenação.
O recebimento de R$ 8,8 milhões, cujo destino Valdemar Costa Neto jamais esclareceu, não comporta dúvida. Está configurado no processo.
Mas a finalidade de compra de apoio, do próprio deputado ou de todo o seu partido (PL à época, hoje PR), foi estabelecida por dedução do procurador-geral da República, depois adotada pelo ministro relator Joaquim Barbosa e, por fim, aceita pela maioria do tribunal.
O recurso a deduções foi tão numeroso, em relação a tantos réus e acusações, que os ministros Luiz Fux, Ayres Britto e Celso de Mello fizeram frequentes explanações com o propósito de legitimá-lo judicialmente.
Com isso deixaram, porém, o que parece ser a via principal em exame por parte de defensores, para a busca de recursos ao STF mesmo ou uma corte internacional.
A julgar pelo visto ontem, na iniciada acusação do relator Joaquim Barbosa aos que considere corruptores, a proliferação de deduções vai continuar. Ou aumentar.
Margem mais farta, portanto, para a busca de recursos, a cada um correspondendo a suspensão dos respectivos julgamento e sentença.
A esta altura, a impressionante tecitura feita pelo relator Joaquim Barbosa não tem como apresentar mais provas do que as reunidas.
O que se pode esperar é que os ministros debatam mais as deduções, a que nem todos aderiram. Até porque o eventual êxito de recurso atingiria o conceito do julgamento e do tribunal.
Janio de Freitas
No Falha



Exemplos inúteis

October 3, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

O sucesso do Wellington Nem no Fluminense traz de volta um velho debate: que tamanho deve ter um jogador de futebol? Não haveria mais lugar para jogadores pequenos num esporte que cada vez mais se decide pela imposição física. Errado, dizem outros. É justamente para se impor aos grandalhões que servem os baixinhos.
A discussão já deveria ter acabado há muito tempo, com as carreiras de Maradona, Romario e Messi, para citar só três exemplos de mirrados que brilharam nos últimos anos, quando o futebol supostamente se transformou em coisa para gente grande. Mas as exceções não convencem, e a discussão continua.
Um pouco como o debate sobre de que tamanho deve ser a participação do estado na economia. A atual crise na Europa e as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos não são sobre outro assunto. Estado regulador ou mercado livre? Como no debate sobre as dimensões ideais de um jogador de futebol, os argumentos de um lado e do outro não parecem fazer muita diferença.
Os exemplos são inúteis. Você esperaria que os descalabros do capital financeiro, responsável direto pela crise, diminuiriam o entusiasmo dos defensores do mercado, já que o que faltou para enfrentar a voracidade destruidora do capital foram intervenções do Estado quando ainda dava para evitar o pior. Mas não, prega-se menos e não mais controle.
O argumento é que, historicamente, em todas as suas crises o capitalismo se autorregenerou sozinho. Errado. Não é preciso ter lido Eric Hobsbawm para saber que em todas as suas crises o capitalismo foi salvo dele mesmo por alguma forma de intervencionismo corretivo — o que não significou que abandonasse seus maus hábitos.
As multidões que se manifestam na Europa em crise não são de mal acostumados inconformados com o fim de estados irrealistas de bem-estar social, como dizem os mercadófilos, são de inconformados com a injustiça de a maioria estar pagando pelos desmandos de uns poucos, que continuam desmandando.
O capital financeiro tantas fez que, além de perverter a atividade econômica e a função bancária, perverteu a semântica: transformou “austeridade” em palavrão. Hoje tem gente morrendo de austeridade na Europa. Não que este argumento vá fazer qualquer diferença.

Luís Fernando Veríssimo



Charge online - Bessinha - # 1503

October 3, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire



Quem desmente o Datafalha é o Globope

October 3, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

Nos dias 1º e 2 de outubro de 2010, o Datafalha disse que o tucano Alckmin derrotaria o petista Mercadante por 55 a 28.
No dia seguinte, o Globope disse que ia ser 50 x 37.
O resultado final foi 50 a 35.
Ou seja, o Datafalha puxou a brasa para a sardinha tucana.
Agora, o Datafalha tenta fazer com que Cerra “descole” de Haddad, de novo.
O Globope diz que Russomano está na frente, em queda, mas a diferença entre Cerra e Haddad é de um ponto: Cerra 19, Haddad, 18.
O tracking do PT diz outra coisa, mais parecida com o Globope: Haddad 21, Cerra 17.
Entre o Globope e o Datafalha, a posição de Cerra é muito diferente.
O Datafalha oferece a Cerra um presente pré-eleitoral.
Diz que Cerra está com 23%.
O Globope diz que Cerra tem 19%.
Esses quatro pontos teriam que ter ido, inteiros, para o Cerra, com a queda do Russomano.
O que parece pouco provável: que todos os ex-Russomano fossem para o Cerra, com seus 45% de rejeição.
Portanto, não é preciso ser um especialista em Datafalha para perceber que se repete em 2012 o que o Datafalha fez em 2010.
A margem de erro do Datafalha tem a largura do rio Amazonas.
Importante: há três semanas, o tracking do PT dá a Haddad uma margem consistentemente acima do Cerra.
No momento, a diferença é de quatro pontos.
Quem sabe do Datafalha, porém, não é o tracking do PT.
É o Globope.
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada



Dilma: Saí de Minas para lutar contra a ditadura; não para ir à praia

October 3, 2012 21:00, par Inconnu - 0Pas de commentaire

A presidenta Dilma Rousseff levantou o público de cerca de 5 mil pessoas que participaram na noite desta quarta-feira (3/10) do Comício da Virada, na Praça da Febém, no Barreiro. Em quase meia hora de discurso inflamado, defendeu as qualidades de Patrus, de quem foi colega durante o governo Lula, e assegurou que ele é o melhor candidato porque respeita e entende as pessoas.
“Governar é mais do que saber de números e tocar obras. Para governar com qualidade, é preciso entender de pessoas, e isso o Patrus sabe como nenhum outro”, disse Dilma. Na sequência, ela lembrou que é nascida e criada em Belo Horizonte, e contou, emocionada, que sua militância política começou exatamente no Barreiro.
“Há 44 anos, eu e o companheiro Nilmário Miranda (ex-ministro de Lula) pegávamos um ônibus perto da praça Raul Soares e vínhamos panfletar para os funcionários da Mannesman, que não tinham direito de reclamar dos salários achatados pela inflação”, lembrou.
A presidenta também criticou as declarações de Aécio Neves, que, ao longo desta semana, a chamou de “estrangeira”. “Sou nascida e criada em Minas, e é com esse sangue mineiro que corre nas minhas veias que fui eleita e governo o Brasil. Se em algum momento saí de Minas é porque tive que sair para lutar contra a ditadura militar”, afirmou, arrancando aplausos da plateia. “Não saí para passear, para ir à praia, mas para lutar por um país melhor.”
Dilma lembrou também que, graças ao programa Bolsa Família, coordenado por Patrus quando foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Brasil foi um dos únicos países do mundo capazes de reduzir as diferenças sociais significativamente. “É graças a isso que o Brasil é cada vez mais admirado, querido e imitado no mundo inteiro”, destacou.