Influência municipal da oposição cai 50%
November 6, 2012 22:00 - Pas de commentairePSDB, DEM e PPS vão governar 20% do eleitorado nos municípios, metade do contingente que conquistaram nas eleições de 2004
A eleição de 2012 é a segunda consecutiva em que os principais partidos que hoje fazem oposição ao governo federal encolhem nos municípios. Em oito anos, PSDB, DEM e PPS perderam 44% de seus prefeitos e passaram a governar uma fatia do eleitorado 50% menor.
Juntas, essas três legendas elegeram no mês passado prefeitos que governarão 20% do eleitorado a partir de 2013. O PSOL, que não existia em 2004, também é hoje de oposição, mas sua inclusão na conta não altera o resultado - as duas cidades em que venceu comportam apenas 0,2% dos eleitores.
Nas eleições de 2008, PSDB, DEM e PPS conquistaram o direito de governar 28% dos eleitores. Esse índice já era inferior ao obtido em 2004, quando as siglas venceram em cidades que somavam 40% do eleitorado.

Em número de prefeitos, a crise dos três partidos também se revela, mas em menor grau: foram 1.968 eleitos em 2004, 1.416 em 2008 e 1.103 em 2012. Uma queda de 865 em oito anos.
O partido que mais perdeu peso ao longo do tempo foi o DEM, legenda que, ainda como PFL, chegou ao auge de sua importância nas eleições municipais de 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando venceu em 1.028 cidades do País e superou até o PSDB, partido do então presidente, que ficou com 985.
Nos últimos oito anos, o eleitorado comandado pelo PFL/DEM passou de 13% para 4,6% do total do País.
A base governista como um todo, formada oficialmente por 20 partidos que elegeram prefeitos nas últimas eleições, ampliou seu controle do eleitorado de 58% em 2004 para 72% em 2012. Em relação a 2008, o crescimento foi pequeno: 1 ponto porcentual.
Em 2004, a composição da base tinha algumas diferenças em relação à atual. O PPS, por exemplo, estava no governo - só saiu após o escândalo do mensalão, em 2005. Já o PDT ainda não havia ingressado no governo.
Independentes
O bloco governista pode crescer ainda mais se o PSD do prefeito Gilberto Kassab, hoje um partido independente, formalizar sua adesão à base de apoio à presidente Dilma Rousseff. O PSD, que vai governar 6% dos eleitores do País a partir de 2013, está em conversações com o governo para obter uma vaga na Esplanada dos Ministérios.
A legenda de Kassab, caracterizada por ele mesmo como "nem de esquerda, nem de direita, nem de centro", também avalia uma possível fusão com o PP. O partido resultante teria 965 prefeitos e 86 deputados federais - na Câmara, empataria com o PT em primeiro lugar no ranking das bancadas.
Apesar de não integrar formalmente a base governista, o PSD votou a favor do Palácio do Planalto em 85% das ocasiões, na Câmara dos Deputados, desde que foi criado, no ano passado, segundo o Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede o grau de governismo dos partidos e dos parlamentares.
O PV também integra o bloco dos independentes, mas seguiu a orientação do líder do governo na Câmara em 79% das votações na gestão Dilma.
No Estadão
Sem a NET, a estratégia da Globo para enfrentar o futuro
November 6, 2012 22:00 - Pas de commentaire
A saída da Globo do controle da NET Serviços deve ser analisada com muito cuidado. Segundo a visão deste blog, trata-se praticamente da conclusão de um processo que se iniciou há mais de dez anos, quando a Globo entrou em crise, incapaz de pagar suas dívidas. A decisão, então, foi manter o controle familiar do grupo (sem ceder participação patrimonial aos credores), mas vender quase tudo o que não estivesse relacionado diretamente com a produção de mídia.
Foram vendidas fazendas, uma financeira (Roma), uma construtora (São Marcos) e vários outros negócios, muitos deles ligados à comunicação. A Globo deixou o controle da subsidiária da NEC no Brasil, praticamente encerrou as atividades de sua gravadora Som Livre, fechou a distribuidora Globo Vídeo e o varejo da Globo Disk, saiu da Teletrim, da TV portuguesa SIC e da Maxitel (atualmente parte da TIM), vendeu a empresa de telecomunicações Vicom e a gráfica Globo Cochrane e liquidou o sonho de uma operadora de parques temáticos.
Essa redução implicou, também, em desistir do mercado internacional. Embora importante como estratégia de divulgação, o lucro com a venda de novelas para outros países sempre foi residual no faturamento da Globopar. Ao mesmo tempo, a Globo International jamais ambicionou ser nada além de um canal para brasileiros vivendo fora do seu país.
Concorrentes nacionais
Na crise a Globo não esteve sozinha. Praticamente todos os grandes grupos de mídia brasileiros também reduziram suas ambições neste mesmo período. Hoje, a Globo tem receita líquida anual maior do que a soma de Record, SBT, Grupo Bandeirantes, RedeTV, Folha de São Paulo, Grupo OESP, UOL, RBS e Abril. Adversários como JB e Manchete ficaram pelo caminho. Some-se à fragilidade e incompetência dos outros grupos brasileiros de mídia, a atuação dos sucessivos governos, que, seja como regulador ou como fomentador, jamais demonstraram vontade de encarar o poderio da família Marinho.
Concorrência estrangeira
Mas, o cenário é completamente diferente quando se analisa os adversários estrangeiros.
Enquanto vendia a NET Serviços para Carlos Slim, a Globo assistiu a Televisa impedir o mesmo Slim de entrar no mercado mexicano de TV a cabo ao mesmo tempo em que investia no mercado de telefonia celular (Lusacell) e nos consumidores hispânicos que vivem nos Estados Unidos. Mas, os maiores temores da Globo não estão na América Latina.
A família Marinho teve forças para impedir que a TV aberta brasileira se tornasse interativa (mesmo tendo que praticamente banir o uso do middleware brasileiro conhecido como Ginga). Mas, ela não pode lutar contra o fenômeno das smartTVs e da chegada do video on demand. Com isso, empresas como Samsung, LG, Sony, Google, Apple e Amazon, que até então atuavam em outros mercados, passaram a disputar a audiência brasileira, em um fenômeno que só tende a crescer nos próximos anos.
Mas, há dois outros adversários ainda mais próximos. Se é poderosa no mercado nacional, a Globo não tem porte para enfrentar as operadoras de telecomunicações e os estúdios de Hollywood. Incapaz de derrotá-los em próprio solo brasileiro, a Globo partiu para uma estratégia defensiva-ofensiva.
Por pressão da Globo, a Lei 12.485 praticamente excluiu as operadoras de telecomunicações do mercado de mídia. Elas não podem ter mais do que 30% de produtoras e programadoras de TV paga e emissoras de TV aberta. E também não podem contratar os direitos de eventos de “interesse nacional” (como o Campeonato Brasileiro de futebol, a Copa do Mundo, as Olimpíadas e o carnaval da Sapucaí) ou “talentos” brasileiros (como artistas, diretores e roteiristas – exceto quando for para publicidade). Ao mesmo tempo em que constrói uma barreira contra as teles, a Globo segue associada ao grupo DirecTV (na Sky brasileira) e à America Movil (na NET).
A mesma estratégia foi adotada diante das majors norte-americanas. A Globosat mantém uma associação com Universal, Paramount, Fox, MGM e Disney nos canais Telecine, além de servir de segunda janela para a Sony-Columbia no Megapix. Mas, mantém poder de veto aos canais estrangeiros na Sky e na NET.
Com isso, a Globo busca ser um ponto de passagem obrigatório no mercado brasileiro, tentando se manter como o parceiro ideal para esses grupos transnacionais, ao mesmo tempo em que lhes dificulta a concorrência.
Futuro
A estratégia é inteligente e por enquanto vem dando certo. Mas, até quando? Ao mesmo tempo, ela é sintoma de um duplo fracasso das políticas (ou da falta delas) para as comunicações brasileiras. Exceto pela Globo (e em parte por causa dela), o país não foi capaz de criar grupos fortes de comunicação. E nossa “campeã nacional” precisa lançar mão de uma série de expedientes para impedir a concorrência estrangeira.
Não se trata nem de demonizar a Globo nem, muito menos, de uma tentativa de salvá-la dos gigantes internacionais. Mas, de reconhecer que, com Globo ou sem ela, o futuro não é nada animador para a comunicação brasileira.
Gustavo Gindre No Observatório do Direito à Comunicação
A derrota de um conservador de Jardim Zoólogico
November 6, 2012 22:00 - Pas de commentaire
Menos relevante por suas realizações na Casa Branca, Barack Obama merece ser festejado pela capacidade de derrotar Mitt Romney.
Foi uma vitória apertada de verdade, por uma diferença de pouco mais de 1 milhão de votos, embora até folgada do ponto de vista de delegados no Colégio Eleitoral que têm a palavra final na escolha do Presidente dos Estados Unidos.
Numa situação carregada de muitos “poréns” e “mas”, cabe reconhecer que Obama fez menos do que o possível para vencer a quase estagnação econômica norte-americana.
A questão é que, num mundo já em dificuldade para sair da pior crise depois de 1929, a vitória de Romney seria um passo atrás.
Daria ânimo para as lideranças mais retrógradas do planeta.
Ajudaria Angela Merkel em sua política de universalizar o Estado mínimo pelo corte de gastos e planos sucessivos de austeridade.
Netanyahou teria suporte completo para iniciar a prometida guerra de lsrael contra o Irã no Oriente Médio.
Residência do maior mercado interno do mundo, um colapso dos EUA jogaria o planeta numa terceira recessão desde 2008. Ou já seria uma depressão? Não sei.
No plano interno, seria uma ofensiva contra o que ainda resta do Estado de Bem-Estar Social criado durante o New Deal. Limitado, com muitas restrições, até o rudimentar plano de saúde de Obama estaria em risco.
Com ideias de um reacionário de jardim zoológico, as propostas econômicas que sustentavam o candidato republicano e seu vice seriam o golpe de misericórdia numa perspectiva de dias melhores no futuro. Não por acaso, foram tratadas com folclore – ainda que perigoso — por analistas como Martin Wolff, editor do Financial Times, que é conservador mas não irresponsável.
Reaganista nostálgico, Romney pretendia cortar benefícios sociais dos pobres e assegurar privilégios aos mais ricos em nome do mercado e da preservação da liberdade individual.
Sim: em sua visão de mundo, a cobrança de impostos é sempre uma forma de opressão. Jamais pode cumprir uma função de redistribuição de renda nem de estimular a criação de empregos e o crescimento. Já receber o salário mais baixo que o mercado pode oferecer é uma forma de liberdade, fruto de escolhas individuais — como não ter estudado na hora certa – ou ter pais que não tiveram “competência pessoal” para deixar uma boa herança para os filhos. Em qualquer caso, o Estado não deve envolver-se nisso.
Neste universo, a população pobre precisa de estímulos para trabalhar e produzir, sem preocupar-se com mordomias como jornada de trabalho, seguro de saúde, garantia de emprego. Como observou o historiador Tony Judt, referindo-se aos pensadores do capitalismo primitivo, quanto mais desesperada a pessoa estiver, mais produtiva ela será — e isso era ótimo, eles diziam. Continua ótimo, dizem os fanáticos do mercado, hoje.
A derrota de Romney foi sim a derrota de ideias conservadoras que não ousam se apresentar às claras. Não foi uma simples opção entre campanhas de publicidade e jogadas de marketing, ainda que cada concorrente tenha levantado perto de US$ 1 bilhão em suas campanhas, o que é um assombro.
O conservadorismo republicano atingiu um padrão tão descarado que estimulou uma divisão nítida entre classes sociais no país.
O New York Times observa que, na eleição, os mais ricos ficaram com Romney e os mais pobres com Obama.
O candidato democrata conseguiu vitórias importantes em estados onde sua política de estímulos e subsídios a preservação e reconstrução de empregos trouxe resultados práticos. A vantagem obtida em Ohio, sempre um local que simboliza os ventos de uma vitória nos EUA, teve relação direta com a defesa dos trabalhadores.
Embora Romney tivesse tentado culpar Obama pela tragédia econômica do país, o eleitor mostrou-se capaz de sutilezas analíticas – diz o jornal – e deixou claro que não esqueceu quem é responsável pela crise.
Pesquisas divulgadas pelo NYT mostram que o cidadão americano apoia medidas que abrem caminho para Obama fazer mais do que realizou até agora. Altar sagrado dos fanáticos do mercado, o déficit público é prioridade para 1 em 10 eleitores, apenas. Para surpresa da turma do impostômetro, 60% são favoráveis ao aumento de impostos – seja para os mais ricos, seja para todos.
Não chega a ser surpresa, num país onde Warren Buffet, bilionário e ídolo nacional, reclama que paga menos imposto do que sua secretaria.
A dúvida é saber até onde Obama pode ir em seu segundo mandato.
(Aqui o editorial do NYT, em ingles).
Paulo Moreira LeiteNo Vamos combinar
Obama conquista maioria popular, mas perde eleitores democratas
November 6, 2012 22:00 - Pas de commentaireEmbora tenha apoio majoritário no Senado, presidente reeleito governará com Câmara republicana
Na madrugada desta quarta-feira (07/11), o democrata Barack Obama não apenas foi reeleito presidente dos Estados Unidos com a maioria popular do país como também recebeu a notícia de que governará com apoio majoritário do Senado.
Embora na Câmara dos Representantes (instância legislativa equivalente à Câmara dos Deputados brasileira) republicanos tenham conquistado mais de 50% dos assentos, no Senado a conjuntura se inverte e democratas surgem como donos de 51 das 100 vagas da casa.
Republicanos elegeram 45 senadores e outros dois assentos foram preenchidos por candidatos independentes, isto é, desvinculados das siglas com representação institucional no país. Ainda estão em aberto as duas vagas pertencentes à Flórida, estado onde foi registrado o confronto mais acirrado das eleições.
O sistema eleitoral norte-americano é classificado como “colegiado indireto”, o que permite que um presidente seja eleito com a maioria dos delegados de cada estado, mas não com os votos da maior parte da população. Faltando apenas a conclusão da apuração na Flórida, democratas vivenciam o cenário ideal para o segundo mandato de Obama, isto é, uma vitória com a maioria de delegados e de eleitores.
Recuo democrata
Quando o critério é o número de Estados para cada candidato, o democrata também é líder. Foram 26 as unidades federativas que declararam voto a Obama, contra 24 a Mitt Romney. O dividido Estado da Flórida ainda não manifestou seus 29 votos, mas há leve tendência democrata.
No entanto, a larga maioria dos Estados democratas desta eleição, Obama não conseguiu manter o mesmo número de eleitores que conquistou em 2008. Apenas em Nova Jersey e Rhode Island o presidente reeleito teve mais votos que há quatro anos. Nos outros 24, ele perde parte de seu eleitorado.
Nesta eleição, Obama não conquistou nenhum Estado que em 2008 tenha votado pelo republicano John McCain. Por sua vez, Indiana e Carolina do Norte, que há quatro anos votaram pelos democratas, desta vez preferiram os republicanos.
Para os próximos quatro anos de governo, o presidente se beneficiará de um sentimento mais forte de legitimidade e deve sofrer, portanto, pressões menores por uma reforma do sistema eleitoral norte-americano. A maioria no Senado não garante que ele encontre maior facilidade para a aprovação de novos projetos de lei, dado que na câmara a presença republicana é bem superior à democrata. No entanto, é quase certo um aumento de seu poder de barganha política dentro do Legislativo.
Fillipe MauroNo Opera Mundi
A birra de O Globo com os pobres
November 6, 2012 22:00 - Pas de commentaireNão se entende onde o jornal O Globo pretende chegar com sua série "Os mercadores da miséria", criticando os programas sociais, especialmente Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria.
Na chama da série, o jornal promete:
“(...) O Brasil Sem miséria, programa criado pela presidente Dilma para erradicar a pobreza extrema, tem sido alvo frequente de fraudes, revelam Alessandra Duarte e Carolina Benevides numa série de reportagens que O Globo inicia hoje".
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Qualquer realidade complexa - uma grande empresa, um organismo estatal ou privado, um programa de governo - pode ter grandes virtudes e pequenos defeitos; ou grandes defeitos e pequenas virtudes.
Se o veículo for mal intencionado, basta dar destaque aos pequenos defeitos (quando for para denunciar) ou às pequenas virtudes (quando for para enaltecer). E esquecer que existe a estatística para avaliar o peso tanto de um quanto de outro.
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Se quisesse criticar o modelo de concessão de aeroportos, as dificuldades do PAC (Plano de Ação Continuada), a barafunda burocrática, os desperdícios da administração pública, o jornal teria um bom material jornalístico.
Mas a birra do jornal é com programas voltados aos mais necessitados.
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A principal "denúncia" de O Globo, manchete principal, foi do gato que recebia como beneficiário e de dono de Land Rover que seria beneficiário de R$ 60,00 por mês.
O que deixou de contar:
1. O fato ocorreu em 2009, muito antes da criação do Brasil Sem Miséria.
2. Toda família matriculada em programas sociais precisa submeter as crianças a exame médico. Quando a família não apareceu, o médico foi atrás da criança e descobriu tratar-se de um gato.
3. Descoberto o golpe, pelos próprios mecanismos do programa, o dono foi denunciado à polícia, está respondendo por dois crimes, inclusive pelo crime de falsidade ideológica.
Tal fato ocorreu há 4 anos e foi objeto de inúmeras reportagens na época. De lá para cá passaram três ministros e dois presidentes pelo programa. Qual a razão de ludibriar assim os leitores requentando uma notícia velha?
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A outra denúncia, sobre o dono do Land Rover, além de antiga, foi apresentada de forma incorreta. O tal empresário registrou laranjas no BF. Tratava-se de um explorador, que foi identificado e processado.
Outra "denúncia" foi o de uma senhora que afirmou não receber mais o benefício. Vai-se conferir, ela deixou de atualizar seu cadastro. Exige-se a atualização de cadastros justamente para evitar fraudes. Mas o jornal condena o programa por ter gato, e condena por não ter gato.
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A maioria absoluta dos episódios de fraude relatados foi desvendada pelos próprios sistemas de controle do Bolsa Família. Mesmo que tivessem sido levantados por terceiros, ainda assim são estatisticamente irrelevantes.
Qual a intenção de levantar meia dúzia de casos para desacreditar um programa que assiste a milhões de miseráveis?
Intenção eleitoral, não é. As eleições de 2012 já aconteceram e o BF já está assimilado pelos eleitores. Tanto assim, que o PT não se deu bem no nordeste. Quem quiser coração e mentes desses eleitores, até o governo, daqui para frente terá que oferecer outros benefícios.
Só pode ser birra com pobre.
Luis NassifNo Advivo