Defesa de Dirceu entregue ao STF desmonta acusações
July 25, 2012 21:00 - Pas de commentaireEm sua edição de hoje, o jornal O Globo apresenta os pontos da defesa do Banco Rural, nas alegações enviadas por seus advogados ao Supremo Tribunal Federal, para o julgamento do dito "mensalão"...
Pois hoje vou apresentar todos os pontos da defesa de José Dirceu no mesmo "mensalão", termo ainda sem paternidade conhecida, pois os supostos "pais" até agora apontados insistem em lhe lhe negar o DNA. Aliás, para conhecimento de vocês, não é pai, é mãe: foi a jornalista Ana Maria Tahan, quando editora do Jornal do Brasil, a criadora da expressão, que caiu em domínio público feito rastilho de pólvora. Se tivesse patenteado e cobrado royalities, a Tahan seria hoje a maior milionária do dito "mensalão". E, dependendo do próximo resultado do STF, talvez a única...
Vamos, pois, à Defesa de José Dirceu, no processo que começa a ser julgado no próximo dia 2 de agosto, contudo a maior parte da grande imprensa, antecipando-se aos ministros do Supremo Tribunal Federal, já pré-julgou e condenou, indo na contramão da fundamental imparcialidade necessária ao bom exercício do ofício...
Pois hoje vou apresentar todos os pontos da defesa de José Dirceu no mesmo "mensalão", termo ainda sem paternidade conhecida, pois os supostos "pais" até agora apontados insistem em lhe lhe negar o DNA. Aliás, para conhecimento de vocês, não é pai, é mãe: foi a jornalista Ana Maria Tahan, quando editora do Jornal do Brasil, a criadora da expressão, que caiu em domínio público feito rastilho de pólvora. Se tivesse patenteado e cobrado royalities, a Tahan seria hoje a maior milionária do dito "mensalão". E, dependendo do próximo resultado do STF, talvez a única...
Vamos, pois, à Defesa de José Dirceu, no processo que começa a ser julgado no próximo dia 2 de agosto, contudo a maior parte da grande imprensa, antecipando-se aos ministros do Supremo Tribunal Federal, já pré-julgou e condenou, indo na contramão da fundamental imparcialidade necessária ao bom exercício do ofício...




Tal cão, tal dono
July 25, 2012 21:00 - Pas de commentaireEstudo aventa hipótese de seres humanos influenciarem comportamento de animais domésticos. Casos de depressão canina, por exemplo, podem estar associados à saúde mental de seus proprietários.
Assim como humanos, cães também podem entrar em depressão. Quadro no animal pode ter influência do comportamento de seu dono. (montagem: Guilherme de Souza a partir de fotos de Wikimedia Commons) |
Doenças renais crônicas, obesidade, depressão... Décadas atrás, era impensável a ideia de que tais enfermidades pudessem atingir cães, gatos e outros animais. Hoje, porém, a medicina veterinária enfrenta casos antes considerados tipicamente ‘humanos’. Mais que uma evolução dos métodos de diagnóstico, a mudança pode ser reflexo da influência dos donos sobre a saúde de seus animais domésticos.
A constatação é do antropólogo Jean Segata, que observou o dia a dia de uma clínica veterinária no município catarinense de Rio do Sul. Com base nessa experiência, ele desenvolveu sua tese de doutorado, ‘Nós e os outros humanos, os animais de estimação’, defendida recentemente na Universidade Federal de Santa Catarina.
Entre os diversos casos que acompanhou na clínica, Segata destaca a depressão canina. Embora sua ocorrência não seja uma unanimidade no meio acadêmico, a doença tem preocupado veterinários e, também, donos de animais.
Em humanos, a possibilidade de expressar sentimentos e angústias por meio da fala facilita o diagnóstico da depressão. Em cães, entretanto, é preciso ficar atento ao comportamento do animal. Apatia, perda de apetite e busca de isolamento são sinais de que o animal pode estar deprimido. Como acontece com seres humanos.
Em humanos, a possibilidade de expressar sentimentos e angústias por meio da fala facilita o diagnóstico da depressão. Em cães, entretanto, é preciso ficar atento ao comportamento do animal. Apatia, perda de apetite e busca de isolamento são sinais de que o animal pode estar deprimido. Como acontece com seres humanos.
Se os sintomas de depressão são os mesmos em cães e humanos, há semelhança também no tratamento da doença, com uso de psicotrópicos e psicoterapia. No caso dos animais, os donos são instruídos a mudar algumas atitudes em relação a eles, como passar mais tempo em sua companhia, levá-los para passear, melhorar sua alimentação, permitir a convivência com outros cães.
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Cachorro brinca com bola de tênis arremessada pelo dono. Tratamento de depressão em animais inclui recomendação de que as pessoas passem mais tempo com suas mascotes. (foto: Wikimedia Commons/ Steve-65 – CC BY-SA 3.0) |
Comportamento contagioso?
Durante a pesquisa, Segata observou 40 casos diagnosticados como ‘depressão canina’. Muitas vezes, diz o pesquisador, os donos desses cães também apresentavam sinais de depressão.
“Nenhum deles informou que tinha sido diagnosticado como deprimido por um psiquiatra, mas alguns relataram que costumavam dividir comprimidos ‘tarja-preta’ [expressão comumente usada para fazer referência a medicamentos controlados, como antidepressivos] com seus animais.”
Do total de casos de depressão canina observados por Segata, 75% eram em fêmeas. Novamente, surge um paralelo com os seres humanos, pois a depressão é mais comum entre mulheres.
Tais semelhanças levantam a seguinte questão: humanos deprimidos não poderiam provocar depressão em seus animais de estimação? Se for o caso, não seria a primeira vez que o comportamento do dono influencia o animal.
Estudo recente da Associação para a Prevenção da Obesidade entre Animais de Estimação mostra que 55% dos cães e 52% dos gatos dos Estados Unidos estão acima do peso. O país é conhecido, entre outros aspectos, pelo alto índice de obesidade em sua população.
Segata afirma que é difícil encontrar trabalhos acadêmicos que tratem da relação entre seres humanos e animais de estimação. Isso porque, segundo o antropólogo, muitos acreditam que essa relação deveria ser meramente biológica, e não social ou emocional.
Romona
July 25, 2012 21:00 - Pas de commentairePara comprar armas no comércio tradicional um americano se submete a algumas formalidades, tão inócuas quanto hipócritas.
Há várias maneiras de driblar as formalidades. Nas feiras de armas onde os fabricantes expõem seus produtos você pode sair com uma bazuca embaixo do braço sem nenhuma restrição. E — como mostrou o último maluco a entrar atirando — hoje não há material bélico que você não possa comprar pela internet, sem qualquer controle.
Tanto o Barack Obama quanto o Mitt Romney se manifestaram, no passado, contra esta liberalidade insana mas agora se limitam a lamentar os mortos. Nenhuma palavra dos dois que pudesse contrariar o lóbi das armas, a poderosa National Rifle Association, seus membros e simpatizantes, ainda mais num ano eleitoral.
Os filmes que Hollywood deixa para lançar nas férias de verão da garotada são chamados de blockbusters, arrasa-quarteirões. São feitos para render o máximo na semana de estreia, o que garantirá ótima bilheteria no resto da temporada. Ainda não deu para saber como a chacina em Aurora afetará a renda do último Batman, que pode se tornar um filme maldito.
Há muitos anos um filme chamado “Romona” (ou era “Ramona”?) ganhou notoriedade porque alegavam que ele dava azar. Um cinema tinha ruído numa projeção de “Romona” e logo se espalhou o boato que outros cinemas que exibiam “Romona” também tinham caído, que qualquer cinema que exibisse “Romona” estava ameaçado de cair.
Tornou-se comum bater na madeira toda vez que se mencionasse o título do filme. Não sei do que se tratava “Romona”. Não sou supersticioso, mas nunca entrei num cinema para ver.
REENCONTRO
Seria ótimo que existisse um céu para ateístas e comunistas. Assim daria para imaginar o encontro no além de Alexander Woodcock — que morreu há dias — e Cristopher Hitchens, que morreu não faz muito. Os dois concordavam em algumas coisas e discordavam em outras, e seus desacordos eram muito mais divertidos.
Woodcock era irlandês, Hitchens era inglês, mas os dois fizeram carreira como ensaístas e críticos nos Estados Unidos. Ambos surpreenderam com algumas posições tomadas:
Hitchens defendeu até o fim a invasão do Iraque, Woodcock mantinha que o movimento ecológico e a campanha contra o aquecimento global eram coisas do lóbi nuclear. Mas estavam certos na maioria das suas causas e escreviam muito bem.
Talvez a perspectiva de terem que conviver pela eternidade amenize o reencontro, e os dois se dediquem a nos gozar do alto. Ou de baixo: quem sabe para onde vão os ateístas e os comunistas?
Luís Fernando Veríssimo
Serra, o amiguinho que cai na pilha!
July 25, 2012 21:00 - Pas de commentaireNa gíria carioca (creio que outros Estados se use também essa expressão), a pessoa que “cai na pilha” é aquela que não aguenta brincadeiras e já parte pra discussão, ou para agressão física.
Serra caiu na pilha e baixou o nível.
O fato de ser, atualmente, o político que mais se envolve em confusões e situações inusitadas/constrangedora coincidiu com o aumento do número e participação do usuário na internet e a disseminação das peripécias do “Serra do bem”.
Só que Serra, outrora grande tuiteiro e “entusiasta da internet”, tem revelado resistência ao fenômeno da difusão e da diversidade de informação na rede. Isso desde de 2010, quando no auge das eleições atacou o que classificou de “blogueiros sujos”. Agora, mal iniciadas as eleições municipais, decidiu investir contra Luis Nassif e Paulo Henrique Amorim. Mas isso não interessa nesse post, o que interessa é o fenômeno Serra.
Eleições 2010 - Serra de fofinho a grande religioso de direita
Estão vendo só? Serra é um craque das situações inusitadas. E é isso que o povo gosta.
A elite brasileira sempre quis (e ainda quer) desqualificar Lula a todo custo. Serra, Merval, Tio Rei, Jabor (o grupo do Instituto Millenium), mas a elite não tem humor, só ódio, nojo. Humor é com o “povão”. E enquanto Lula não sai da boca espumada da zelite, Serra não escapa do olhar bem-humorado do povo.
Ao invés de mostrar propostas, prefere atacar jornalistas e blogs. Curiosamente Serra e o PSDB batem agora na mesma tecla que Gilmar Mendes, no auge de seu ataque de nervos pós-denúncia contra Lula, bateu: financiamento de blogueiros por empresas estatais. Mais uma vez, não entrarei nesse assunto.
Pensemos: quantos políticos foram objeto de brincadeiras tanto quanto Serra nas últimas eleições. Bateu até o Tiririca! É o nosso fenômeno!
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E quantos somam 37% de rejeição nas pesquisas? É isso! Um craque! |
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Serra e o Skate: A foto original e as derivações |
Quando estamos no ensino fundamental existe uma regra que minimiza a “zoação” por parte daquele amiguinho popular (para toda regra há exceções, claro): Se você não é popular e revida com agressividade, vai se dar mal. Muitas vezes quando entra na brincadeira e leva numa boa, corre o risco de se enturmar com o grupinho ameaçador.
Serra quis revidar, e ficou mais divertido fazer troça dele. Como não quer revelar que a divulgação de fatos (como o livro “Privataria Tucana”) e fotos/vídeos (pula-pula, kimono e skate) o incomodam, tenta desarticular quem (na cabeça dele) estaria por trás da disseminação desses fatos. E processa desafetos, com aval do PSDB e coro de alguns “jornalistas” comprometidos com a liberdade de opinião e de (ou da) imprensa.
A brincadeira com políticos e pessoas públicas não é de hoje. Mesmo Lula e Dilma sofrem brincadeiras, algumas até de extremo mal gosto e de raiz preconceituosa. Mas Serra se sente “O” injustiçado, “O” perseguido… quase um messias mal compreendido pelas ovelhas desgarradas. Culpa do Lulo-petismo, nas palavras do nosso imortal.
O tal “Lulo-petismo”, acusado de anti-democrático por 1552 representantes da elite com espaço em colunas de jornais e revistas, nunca demonstrou tanto incômodo com a internet e a diversidade de ideias. Inclusive a ameaça do “lulo-petismo” é exatamente essa, aumentar a diversidade de ideias.
Para a sociedade fica cada vez mais claro quem se incomoda com a democracia e a pluralidade de informação e ideias. São os mesmos que se incomodam com o PROUNI, que deixa entrar preto e pobre nas universidades, com o Bolsa-Família, com as cotas nas universidade públicas… e que declaram apoio à golpistas do Paraguai e mandam representante até lá para apertar a mão do presidente que tomou o poder.
Mas hoje é dia de alegria, hoje é dia de Serra! De roupinha fashion a medo de skate. De fundamentalista religioso de direita, em 2010, a Censor em 2012. O que seria de nossa política sem figuras tão inusitadas como estas?
Algo bem melhor do que temos hoje, certamente!
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Serra Fashion: SerraInova lançou o modelo queridinho da zelite! |
No Ponto & Contraponto