"Programa do Gugu" dá convulsão
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO diretor responsável pelo “Programa do Gugu”, Homero Salles, explicou:
“Aconteceu uma convulsão. (O rapaz) foi prontamente socorrido, ainda no palco e posteriormente pelo médico de plantão. Após ser medicado, foi levado para o hospital e está passando por exames para diagnosticar a causa da convulsão. Ele está bem”, disse.
Enquanto isso, Gugu disfarçava!DataFalha confirma subida de Haddad, passou de 3% para 8%
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaFernando Haddad se moveu – e para cima. Esta é a principal novidade da pesquisa Datafolha apresentada neste domingo 17 durante o programa TV Folha, na Rede Cultura. O líder na corrida para a Prefeitura de São Paulo continua sendo, com folga, o tucano José Serra, que manteve no levantamento apurado entre os dias 13 e 14 de junho os mesmos 30% de preferências que tinha na pesquisa de março. Serra atinge seu teto.
A maior variação foi a do candidato do PT, que pulou de 3% para 8% agora, ultrapassando Netinho de Paula, do PC do B, que registrou 7% (contra 10% no levantamento anterior) e Gabriel Chalita, do PMDB, que apareceu com 6% contra 7% na pesquisa de março. Soninha Francini, do PPS, também marcou 8%, subindo um ponto percentual sobre a rodada anterior. O vice-líder é o candidato do PR, Celso Russomando, que subiu de 19% para 20%. A margem de erro da apuração é de dois pontos porcentuais. A subida de Haddad coincidiu com a maior presença do ex-presidente Lula em sua campanha. O aumento na pontuação, a quatro meses das eleições, promete dar novo fôlego à campanha petista.
Previsões:
1 – José Serra caiu dos 60% do Roboanel para os 30% de Demóstenes e, em breve, cairá na cratera do Metrô ou na Cachoeira
2 – Carlos Augusto Montenegro, dirá que teto de Haddad é 13% e que “Lula e Dilma não elegem Haddad” (imitando 2010)
3 – Na próxima entrevista, José Serra dirá “outro poste não, pela-amor-de-deus!” (@HPozzuto)
No Blog do @Porra_Serra_Tenista argentino é desclassificado em torneio na Inglaterra
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO argentino David Nalbandian vencia a decisão do ATP 250 de Queens contra o croata Marin Cilic, mas acertou um chute em um dos juízes de linha e foi desclassificado. O placar estava 1 a 0 para o 39º do ranking, com parciais de 7/6 (7-3) e 3/4.
Nalbandian não conseguiu chegar a uma bola e, frustrado, chutou a placa que fica em volta do juiz de linha. O objeto acabou acertando a perna do árbitro e causou sangramento. O argentino pediu desculpas, mas o diretor do torneio inglês seguiu à risca as leis da ATP, que preveem desclassificação imediata em casos de violência ou má conduta dentro de quadra.
Memória da imprensa golpista
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaVale a pena pagar 37 reais por uma aula de história contada com mestria pelo jornalista Flávio Tavares, no recém-lançado: 1961 – O golpe derrotado (L&PM).
Tavares viveu aqueles momentos numa dupla função. Era o jornalista destacado para acompanhar os movimentos da resistência, organizado pelo governador Leonel Brizola no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), em defesa da posse do vice-presidente Jango, mas, além da tarefa profissional, ele aderiu à vitoriosa Rede da Legalidade empunhando um revólver calibre 38. Como em Itararé, não houve disparos. Os militares, diante da corajosa reação civil, recuaram.
O ano de 1961 sucede a 1954 e antecede 1964. São datas que não formam apenas uma banal cronologia do tempo. Marcam etapas de crises políticas em páginas infelizes da República. Na ordem cronológica correta, compõem uma década iniciada com o suicídio de Getúlio Vargas (1954) e, após isso, com a renúncia de Jânio (1961), seguida pela derrubada de Jango (1964).
Lutadores. Brizola garantiu a posse de Jango, derrubado pelo golpe menos de três anos depois. Getúlio evitou a queda com suicídio. Fotos: Arquivo AE |
Um dos fios condutores desses três momentos é o posicionamento uniforme dos “barões da mídia”. Eles ficaram contra Vargas, contra a posse de Jango, sucessor legal de Jânio (que renunciou), e a favor do golpe de Estado.
Não se trata de mera coincidência. A imprensa retrata a poderosa reação conservadora e, nesses casos, reacionária e golpista como seria em etapas futuras. Também não se trata de acaso o fato de as vítimas, como nos exemplos de Getúlio Vargas e João Goulart, ou adversários como Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva, integrarem, embora com variações, uma só linha política nos últimos 60 anos na história da República.
Lula sofreu essa mesma pressão. Sobreviveu com concessões políticas e apoio numa fenomenal popularidade vinda da tônica social do governo.
Getúlio foi o precursor desse caminho quando montou, nos anos 1930, as bases do moderno Estado brasileiro de um lado e, de outro, com as regras iniciais dos direitos do trabalho, já sob pressão do movimento operário. Posteriormente, no governo constitucional, nos anos 1950, fortaleceria o papel do Estado como indutor de crescimento.
Foi derrubado com apoio da imprensa. Desarmou o sucesso do golpe com o suicídio e, assim, favoreceu a vitória de JK. Juscelino navegou em águas procelosas. Cruzou a tormenta porque mudou o rumo e a velocidade do barco.
Em 1960, a imprensa embarcou na aventura de Jânio Quadros para assegurar a derrota do marechal Lott, apoiado pelas forças trabalhistas, que, de qualquer forma, impuseram a presença de Jango no poder como vice de Jânio. Assim permitia a legislação. Isso se repetiria no futuro, em 1989, quando apoiou Fernando Collor para derrotar Lula.
Em 1961, a reação daria o troco com a renúncia de Jânio Quadros. Apoiou a tentativa de golpe para conter a ascensão de Jango, como narra Flávio Tavares ao remontar, com gravidade e graça picaresca, as Luzes e Sombras do Movimento da Legalidade.
Tavares resgatou manchete de O Globo (de 1961) com uma ameaça retumbante: “Estamos na encruzilhada: democracia ou comunismo”.
Prova isso a tragédia subsequente de 21 anos de ditadura.
Maurício DiasNo CartaCapital
Bolsa Família reduz violência, aponta estudo da PUC-Rio
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPrograma foi responsável por 21% da queda da criminalidade em SP
Ana Clara (no centro, sentada) e outros alunos da José Lins do Rego Eliária Andrade |
RIO e SÃO PAULO - A redução da desigualdade com o Bolsa Família está chegando aos números da violência. Levantamento inédito feito na cidade de São Paulo por pesquisadores da PUC-Rio mostra que a expansão do programa na cidade foi responsável pela queda de 21% da criminalidade lá, devido principalmente à diminuição da desigualdade, diz a pesquisa. É o primeiro estudo a mostrar esse efeito do programa na violência.
Em 2008, o Bolsa Família, que até ali atendia a famílias com adolescentes até 15 anos, passou a incluir famílias com jovens de 16 e 17 anos. Feito pelos pesquisadores João Manoel Pinho de Mello, Laura Chioda e Rodrigo Soares para o Banco Mundial, o estudo comparou, de 2006 a 2009, o número de registros de ocorrência de vários crimes — roubos, assaltos, atos de vandalismo, crimes violentos (lesão corporal dolosa, estupro e homicídio), crimes ligados a drogas e contra menores —, nas áreas de cerca de 900 escolas públicas, antes e depois dessa expansão.
— Comparamos os índices de criminalidade antes e depois de 2008 nas áreas de escolas com ensino médio com maior e menor proporção de alunos beneficiários de 16 e 17 anos. Nas áreas das escolas com mais beneficiários de 16 e 17 anos, e que, logo, foi onde houve maior expansão do programa em 2008, houve queda maior. Pelos cálculos que fizemos, essa expansão do programa foi responsável por 21% do total da queda da criminalidade nesse período na cidade, que, segundo as estatísticas da polícia de São Paulo, foi de 63% para taxas de homicídio — explica João Manoel Pinho de Mello.
O motivo principal, dizem os autores, foi a queda da desigualdade causada pelo aumento da renda das famílias beneficiadas— Há muitas explicações de estudos que ligam queda da desigualdade à queda da violência: uma, mais sociológica, é que diminui a insatisfação social; outra, econômica, é que o ganho relativo com ações ilegais diminui — completa Rodrigo Soares. — Outra razão é que muda a interação social dos jovens ao terem de frequentar a escola e conviver mais com gente que estuda.
Reforma policial ajudou a reduzir crimes
Apesar de estudarem no bairro que já foi tido como um dos mais violentos do mundo, os alunos da Escola Estadual José Lins do Rego, no Jardim Ângela, periferia de São Paulo — com 1.765 alunos, dos quais 126 beneficiários do Bolsa Família —, dizem que os assaltos e brigas de gangues, por exemplo, estão no passado.
— Os usuários de drogas entravam na escola o tempo todo — conta Ana Clara da Silva, de 17 anos, aluna do ensino médio.
— Antes, você estava dando aula e tinha gente vigiando pela janela — diz a diretora Rosângela Karam.
Um dos principais pesquisadores do país sobre Bolsa Família, Rodolfo Hoffmann, professor de Economia da Unicamp, elogia o estudo da PUC-Rio:
— Há ali evidências de que a expansão do programa contribuiu para reduzir principalmente os crimes com motivação econômica — diz. — De 20% a 25% da redução da desigualdade no país podem ser atribuídos ao programa; mas há mais fatores, como maior valor real do salário mínimo e maior escolaridade.
Professora da Pós-Graduação em Economia da PUC-SP, Rosa Maria Marques também lembra que a redução de desigualdade não pode ser atribuída apenas ao Bolsa Família:
— Também houve aumento do emprego e da renda da população. E creio que a mudança na interação social dos jovens beneficiados contou muito.
Do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, o professor Ignácio Cano concorda com a relação entre redução da desigualdade e queda da violência:
— Muitos estudos comparando dados internacionais já apontaram que onde cai desigualdade cai criminalidade.
Mas são as outras razões para a criminalidade que chamam a atenção de Michel Misse, coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. Misse destaca que a violência na capital paulista vem caindo por outros motivos desde o fim dos anos 1990:
— O estudo cobre bem os índices no entorno das escolas. Mas não controla as outras variáveis que interferem na queda de criminalidade. Em São Paulo, a violência vem caindo por pelo menos quatro fatores: reforma da polícia nos anos 2000; política de encarceramento maciça; falta de conflito entre quadrilhas devido ao monopólio de uma organização criminosa; e queda na taxa de jovens (maioria entre vítimas e autores de crimes), pelo menor crescimento vegetativo.
Para Misse, a influência do programa não foi pela desigualdade:
— É um erro supor que só pobres fornecem agentes para o crime; a maioria dos presos é pobre, mas a maioria dos pobres não é criminosa. Creio que, no caso do Bolsa Família, o que mais afetou a violência foi a criação de outra perspectiva para esses jovens, que passaram a ter de estudar.
No O Globo