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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

BC reduz juros para 7,25% ao ano no décimo corte consecutivo

October 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet





Datafalha abandona o 'coiso' ferido na estrada

October 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet



Chávez cita jornalista brasileira Renata Mielli

October 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Renata Mielli, jornalista brasileira, foi citada por Hugo Chávez... acompanhe:



A mão estendida de Chávez

October 10, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

“Pode não ser para amanhã - dizia o professor Afonso Arinos, quando presidia à Comissão de Estudos Constitucionais, em 1986 -, mas o mundo caminha para a esquerda”. A vitória de Chávez na Venezuela, e os resultados eleitorais no Brasil, parecem dar razão ao intelectual e político mineiro que, a partir de certo trecho da vida, abandonou a visão conservadora do mundo. Uma frase definidora de sua revisão ideológica foi a de que as favelas de nosso tempo são as senzalas do passado.
A política não se faz aos pulos, da mesma maneira que natura non facit saltus: para chegar à esquerda, é preciso passar pelo centro. Chávez jamais escondeu seus projetos e suas idéias. É provável que, se estivesse vivo, Bolívar – grande herói da independência hispano-americana e paladino da ascensão dos mestiços ao poder – não comungasse dos mesmos ideais socialistas do líder de hoje. Uma coisa era o mundo de 1810, outra o mundo de nossos dias. Como sabemos, Marx nasceu em 1818. Alem disso, Chávez não é rigorosamente um marxista e tampouco pode ser identificado como intelectual. Ele, como Lula e, bem antes, Josip Tito, são homens do povo, conduzidos pela consciência de classe, diante do sofrimento e da injustiça.
O processo eleitoral da Venezuela é o mais fiscalizado do mundo. Os próprios norte-americanos, que gostariam de ver Chávez longe do poder, e que enviam regularmente seus observadores quando há eleições no país, são forçados a reconhecer a lisura do sistema. Chávez, apesar de seus arroubos oratórios, que se inspiram na particular visão do mundo dos mestiços andinos, é um homem lúcido. A enfermidade deve tê-lo feito refletir sobre a sua responsabilidade diante do futuro, e na necessidade de não legar aos pósteros uma nação dividida em duas facções.
Em razão disso, tomou uma atitude inusitada: em lugar de esperar que o vencido, Capriles, o cumprimentasse pela vitória, telefonou para o adversário, com quem manteve uma conversação amistosa, e, em seguida, estendeu sua mão à oposição, propondo o entendimento para vencer as dificuldades do país.
Chávez, como reiterou, não renunciou ao projeto de “socialismo bolivariano”, mas tampouco demonstrou pressa em implantá-lo. Ele está profundamente preocupado com a espiral da violência em seu país, e sabe que é preciso mobilizar toda a sociedade, a fim de evitar a mexicanização da Venezuela. É a mesma preocupação que parece mover o Presidente Juan Manuel Santos, da Colômbia, na busca do entendimento com as Farc. Essa é a plataforma para a civilidade do debate político.
Em nosso país, pelo menos até agora, a direita recuou em várias regiões. Não é exagero concluir que o eleitorado deu um passo em direção à esquerda. É essa consciência do possível, diante da ameaça de que a criminalidade organizada ocupe o Estado, que parece despertar em nosso continente.



Mensalão gera clima de guerra nas eleições

October 9, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

kotscho ok Mensalão gera clima de guerra nas eleições
Tal como planejado e esperado pela mídia bem antes do início do julgamento, os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira, em meio à disputa do segundo turno das eleições de 2012. As decisões finais do STF devem coincidir com os dias que antecedem a abertura das urnas.
Também não por acaso a rima pobre de eleição com mensalão se tornou a principal, se não a única bandeira dos partidos de oposição ao governo federal.
Desde a noite de domingo, quando foram anunciados os resultados em São Paulo, que levaram José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT, para o segundo turno, o candidato tucano deixou bem claro qual seria o foco central da sua estratégia de campanha.
"O PT quer usar a questão nacional para abafar o mensalão. É óbvio que o mensalão estará presente. Ele está presente nos noticiários, está no dia a dia dos debates. Então, por que haveria de estar fora da campanha? De forma nenhuma".
A "questão nacional" a que Serra se refere deve ser certamente a disputa eleitoral para a qual o tucano não trouxe até agora, passadas 72 horas da votação do primeiro turno, qualquer nova proposta para melhorar a vida na cidade da qual quer ser prefeito.
Como já havia feito em 2010, na eleição presidencial que disputou com Dilma Rousseff, quando levantou a questão do aborto, o candidato tucano trás para o debate outro assunto ligado a tabus religiosos que podem mobilizar o eleitorado mais conservador contra o candidato do PT.
Após reunião com Serra, o pastor evangélico Silas Malafaia, o mesmo utilizado pelos tucanos em 2010, líder da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, já foi logo avisando que veio a São Paulo para "arrebentar" o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, por conta do "kit gay" atribuído a Haddad, quando era ministro da Educação, que nunca chegou a ser distribuído.
Na mesma hora, num outro ponto da cidade, na sede do PT, enquanto corria o julgamento do mensalão, em encontro com candidatos do partido que disputam a prefeitura de 22 cidades no segundo turno, o ex-presidente Lula reagia aos ataques dos tucanos: "Não queríamos guerra. Mas, já que eles nos chamaram, vamos para a guerra".
Lula pediu aos candidatos que façam comparações entre a ação do seu governo no combate à corrupção com o que fez nesta área o seu antecessor Fernando Henrique Cardoso.
Segundo relatos de participantes do encontro citados pela "Folha", Lula recomendou aos candidatos: "Vamos discutir problemas das cidades. Mas, se formos chamados de mensaleiros, não podemos deixar sem resposta. Vamos debater de cabeça erguida".
Se o julgamento do mensalão foi politizado desde o início, os seus resultados também terão inevitavelmente consequências políticas.
Só não se sabe ainda quais serão, pois, no primeiro turno, o tema também foi utilizado lateralmente pela oposição e, ao contrário do que era previsto por pesquisas "científicas" e analistas "isentos" dos principais veículos de comunicação, o PT saiu das urnas como campeão de votos em todo o país e cresceu no número de prefeituras conquistadas.
Agora, com a condenação do chamado "núcleo político" do PT denunciado no mensalão e bombardeado diuturnamente no noticiário, o tema foi trazido para o centro dos debates. Em clima de guerra, como os dois lados já anunciaram, tudo pode acontecer.
Tanto o julgamento pode abalar as campanhas de candidatos do PT, como também é possível que desperte e leve para as ruas a velha militância petista, a mais aguerrida e numerosa entre os partidos políticos nacionais.
No final da sua mensagem "Ao povo brasileiro", divulgada logo após a sua condenação, o ex-ministro José Dirceu certamente dirigiu-se a estes militantes: "Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar a minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater".
É neste clima beligerante que se dá a campanha do segundo turno em São Paulo, que não deixa muito espaço para a discussão dos nossos graves problemas urbanos, resultado da judicialização da política e da politização do judiciário.