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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Vox Populi - Serra cai; Haddad sobe

September 24, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, subiu três pontos, tem 34% das intenções de voto e se mantém na liderança, segundo pesquisa Vox Populi, em parceria com a TV Bandeirantes, divulgada nesta segunda-feira.
O tucano José Serra caiu cinco pontos em relação à sondagem anterior, de 22% para 17%, e aparece tecnicamente empatado com o petista Fernando Haddad, que subiu três pontos, de 14% para 17%, na briga pelo segundo lugar na disputa. A margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos.
Gabriel Chalita, candidato do PMDB, se manteve em 5% e Soninha Francine, candidata do PPS, passou de 4% para 2%. Paulinho da Força, do PDT, e Levy Fidelix, do PRTB, têm 1%. Brancos e nulos somaram 10% e 13% se declararam indecisos.
O Vox Populi entrevistou 2.000 eleitores entre 19 e 21 de setembro. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número TER SP 01056/2012



Lula deveria ter respondido?

September 24, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet


Lula
Achei que era óbvio, mas pelo visto não era.
Lula não poderia ter respondido a Marcos Valério. Não em circunstâncias normais, e muito menos quando o próprio Marcos Valério nega que tenha dito o que dizem que ele disse.
Lula teria sido muito bobo se chancelasse o jogo do “disse-que-teria-dito”, e isso ele não é.
Qualquer pessoa razoavelmente inteligente, ou que não sendo tenha um advogado por perto, não responderia. O que quer que Lula dissesse apenas daria mais balas a quem deseja fuzilá-lo.
O debate em torno de Lula ultrapassou, já há muito tempo, os limites da racionalidade. Instalou-se, na grande imprensa, um vale-tudo em que o bom jornalismo não quer simplesmente dizer mais nada. Basta ver a prova técnica, passada no Jornal Nacional, segundo a qual Serra teria sido mesmo vítima no célebre Atentado da Bolinha de Papel, ou a informação — “não confirmada e nem desmentida”, e ainda assim publicada — de que Lula teria uma fortuna secreta no exterior.
Uma suposta denúncia de um conhecido vigarista ganha instantaneamente status de verdade absoluta e indiscutível para quem é contra Lula. Uma palavra que qualquer jornalista mediano colocaria sob suspeição, dada a fonte despida de qualquer credibilidade, acaba – por obtusidade cínica ou má fé córnea, para usar a grande expressão de Eça de Queiroz – se transformando no equivalente a um verso do Corão para um muçulmano praticante.
Tenho para mim que Lula faz bem, de resto, em não tornar ainda mais tenso o ambiente político brasileiro. (Se é verdade que Rui Falcão anda criticando pesadamente a mídia, alguém deveria serená-lo.)
Em dois países vizinhos, existe um quadro parecido. Governos de esquerda são massacrados, na Venezuela e no Equador, pela mídia estabelecida. Não importa que Rafael Correa, do Equador, tenha vencido duas eleições: um comentarista auto-exilado em Miami o chamada de “Grande Ditador”. Nos dois casos, os presidentes têm reagido com fragor. Chávez, na Venezuela, é xingado e xinga, bem como Correa.
No Brasil, se a mídia age à maneira da imprensa venezuelana e equatoriana, a diferença está na atitude primeiro de Lula e agora de Dilma. Eles não estão reagindo aos ataques, e isso é bom para o Brasil e os brasileiros. De outra forma, a sociedade viveria sob uma uma atmosfera irrespirável.
Sequer na sombra surgem retaliações. Leio que a verba publicitária em 2011 do governo para a Globo – que astutamente, aspas, finge objetividade enquanto só dá voz e colunas a quem é visceralmente anti-Lula – foi de 50 milhões de reais, um dinheiro usado para pagar aloprados em profusão e para fazer novelas que emburrecem o brasileiro. Para a Carta Capital, sempre atacada por ser chapa branca, restou um fragmento: 100 mil reais. E reconheçamos: descontados os ataques pessoais e frequentemente descabidos a seu ex-patrão Roberto Civita, Mino Carta é quem tem escrito os textos que melhor retratam o Brasil moderno. A Carta Capital se elevou na depressão que envolveu mídia brasileira.
Não seria bom para ninguém se Lula ou Dilma agissem como Chávez ou Correa. Os que querem se livrar de Lula a todo preço deveriam respirar fundo e lembrar que ele tem um apoio extraordinário entre os brasileiros. Collor foi chutado sem reação, por não ter base nenhuma, mas se o mesmo acontecesse  a Lula o cenário seria diferente.
Me parece às vezes que é aquele caso do garoto que vai provocando um outro, e mais, e mais, porque não encontra reação. Toma a prudência por medo, e excede na insolência até que um dia as coisas realmente se complicam. Gostaria de ver tanto destemor , aspas, se vivêssemos sob uma ditadura. Basta ver o comportamento da Globo de Roberto Marinho sob os militares para saber onde vai parar tamanho ardor. Saem os Jabores e entram os Amarais Netos, ao sabor das circunstâncias.
Quem quer ver Lula e o PT fora do poder – um direito legítimo de qualquer cidadão — tem que trabalhar duro: conquistar a simpatia da maioria dos brasileiros, mas não com truques baixos porque a voz rouca das ruas não é idiota, e ganhar nas urnas.
Democraticamente.
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo



Juíza processa sindicalista que fez samba

September 24, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

A juíza da 6ª Vara Cível de São José, Márcia Loureiro, que determinou areintegração de posse do Pinheirinho, cumprida em janeiro deste ano, processa o dirigente da Conlutas, Renato Bento Luiz, conhecido como 'Renatão', por calúnia e difamação.
Ele é autor da letra do samba-enredo "Covardia Nacional", que criticou a retirada dos moradores do Pinheirinho no desfile de carnaval do bloco 'Acorda Peão', organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José.
Os sindicalistas desfilam no Carnaval há 14 anos com críticas sociais e sátiras políticas.
No processo, aberto em 27 de agosto pela Procuradoria de Justiça de São José, Márcia diz ter se sentido pessoalmente ofendida com a letra, especialmente a estrofe: "Falou Eliana Calmon / Espalha rápido essa droga / Em São José já tem bandido de toga", que faz referência à afirmação da então ministra do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon, em entrevista ao O VALE, no ano passado. Márcia também questiona o uso de uma alegoria carnavalesca da deusa grega Têmis, símbolo da Justiça, levando dinheiro e pessoas nos pratos da balança, que pendia para o lado das notas.
Segundo os advogados da juíza, a alusão a ela é "inconteste" em razão de a desocupação do Pinheirinho ter sido por ela ordenada.
A pedido do Ministério Público, a Delegacia Seccional de São José abriu um inquérito no dia 12 de setembro para apurar as denúncias. Segundo o delegado Antonio Alvaro Sá de Toledo, o dirigente da Conlutas será ouvido amanhã. "Trata-se de uma ação penal privada que apura crime contra a honra. Se ficar comprovado, o investigado por até ser preso", disse.
Márcia, que está de licença do Fórum de São José, não foi localizada ontem para comentar o caso.
Para Renatão, a atitude da juíza representa um "ataque à liberdade de expressão" e um "ato de censura". "Acho que é um retrocesso. O bloco é uma brincadeira que fazemos e não um ataque pessoal", afirmou.
O advogado do sindicalista, Denis Lantyer, chamou a ação de "absurda" e a considerou uma tentativa de dar conotação pessoal à letra, que é "irreverente, crítica e impessoal". "Não houve ataque à juíza. Vamos mostrar que o que está em jogo é a liberdade de expressão, o veto à censura no país e o direito à informação", afirmou Lantyer.
Confira a letra do samba-enredo:

"Covardia Nacional"

A moradia é um direito constitucional
Atacaram o Pinheirinho, covardia nacional
Alckmin e Cury sujaram de sangue este chão
Promessa de casa é até passar a eleição

Sou vereador da situação
Fiquei quietinho, o Pinheirinho está no chão
Pinheirinho e estudante é um tormento
Se juntaram e derrubaram meu aumento

Desaproprie o Pinheirinho
Dilma vem pra luta agora
Pra mostrar a diferença dos tucanos
tá na hora

Prefeitura e a Justiça
Comando do batalhão
Mete bala em inocente
e liberta o ladrão

É Carnaval e o bandido vai pra farra
gastar a propina do Naji Nahas

Falou Eliana Calmon
Espalha rápido essa droga
Em São José já tem bandido de toga

Vai ter punição, isto é Brasil
Só que ela vem lá em 1º de abril

A moral desta gente não se mede
Dizia Cazuza: a burguesia fede
No Bom Dia São José



Agora é a criminalização de Dilma?

September 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Muitas pessoas ficaram surpresas quando Joaquim Barbosa mencionou Dilma Rousseff no Supremo. Para reforçar a ideia de compra de votos, Joaquim citou um depoimento em que Dilma se confessou surpresa com a rapidez com que o Congresso aprovou o novo marco regulatório de energia elétrica.
A mensagem do voto do ministro, exaustivamente repetida pelas emissora de TV, tem um elemento malicioso.
A “surpresa” de Dilma seria, claro, era uma prova do mensalão. O ministro não disse, mas permitiu que todos ouvissem: sem o mensalão, o marco regulatório não teria saído com a rapidez que surpreendeu a ministra-presidente.
A resposta do Planalto, em nota oficial, foi rápida. Responsável pelas negociações do marco regulatório ocorridas no Senado, Aloizio Mercadante também se manifestou.
O fato é que essa insinuação me parece uma consequência lógica da visão que Joaquim Barbosa está imprimindo ao julgamento.
Ele acredita que encontrou crimes até onde não é possível demonstrar que tenham ocorrido.
Falando com franqueza: para entender a “surpresa” revelada pela ministra, não é preciso enxergar tudo com malícia. É preciso considerar o chamado contexto. Pensar em política como o exercício humano e insubstituível de negociar, avançar e ceder.
No início do governo Lula, a oposição tucana fazia o possível para criar problemas para os petistas, em várias áreas. Mesmo na Previdência, onde o PT deu continuidade a uma reforma planejada por FHC, o PSDB fingia que nada tinha a ver com o assunto. Queria dar o troco para Lula, criando dificuldades artificiais, como a antiga oposição lhe fizera. Mostrar boa vontade com iniciativas de Lula, naquele momento, era mostrar-se fraco e adesista diante de seus eleitores. Era quase uma traição perante cidadãos que haviam dado seu voto para candidaturas tucanas só por amor à causa, quando todo mundo sabia que não tinham a menor chance.
O marco de energia era especialmente delicado por uma razão política conhecida. No segundo mandato de FHC, a falta de energia impediu a retomada de crescimento econômico, submetendo os brasileiros a um vexame inesquecível de racionar o uso de energia num país com todo esse potencial elétrico que todos nós sabemos.
A surpresa vem daí. Depois de blefar e ameaçar, os tucanos também concordaram em votar com o governo na sala de Mercadante.
A política é assim. Não é engenharia. Não é equação matemática. Inclui dissimulação, esperteza, ações dissimuladas. Não é contabilidade.
Pode incluir a corrupção — como acontece em vários lugares, o que levou a Eliane Calmon a querer saber até o que acontecia na Justiça.
Mas é preciso apurar, investigar e esclarecer. No caso de crime, apurar, ouvir as partes e acusar. É errado apenas mencionar, não é mesmo?
Respeito Joaquim Barbosa. Conheço seus títulos e sua formação. Acredita no que fala e diz. Mesmo quando discordo, devo admitir que está longe de fazer denuncias “mequetrefes”, para empregar um termo que se tornou obrigatório no julgamento.
Mas eu acho que essa insinuação fora de lugar não ocorre por acaso.
A menção a Dilma foi apenas uma manifestação – um pouco exagerada, digamos – de uma atitude típica de um julgamento que avança numa imensa carga de subjetividade.
Várias vezes, Joaquim falou que é preciso examinar o contexto da denúncia, o contexto da ação dos acusados e assim por diante. Mas não considerou o contexto do apagão, este evento gigantesco, demolidor, humilhante para um país e sua população.
Imagino que, tecnicamente, o nome Dilma era uma menção até desnecessária. Tenho certeza de que num inquérito de milhares e milhares de páginas seria possível encontrar exemplos equivalentes e até mais enfáticos. Tenho certeza de que é possível demonstrar que houve compra de votos, em alguns casos, e apenas apoio político a um aliado, em outros.
A diferença é que nem sempre estes casos envolviam uma autoridade que, de ministra passou a presidente da República.
Politizando a justiça, pode-se dizer que a citação a Dilma jogou o julgamento para… 2014.
O voto de Joaquim Barbosa, mais uma vez, foi aos tele jornais. Foi repetido, reprisado… Sabe o que aconteceu?
Salomão Shwartzman, radialista e jornalista muito experiente, já lançou um comentário dizendo que o PSDB deveria convidar Joaquim para disputar a presidência da República.
Tudo é política. Mesmo o que não parece.
Na biografia de José Alencar, Eliane Cantanhede descreve o encontro entre Lula e seu vice, José Dirceu e Waldemar Costa Neto, onde se debate uma aliança política e a consequente coleta de recursos financeiros. Se fosse hoje, alguém mais afogado que estavam combinando um assalto.
Mas a descrição deste acordo político de campanha é tão bem feita, tão clara, que os advogados de Delúbio Soares incluíram vários parágrafos sobre o “rachuncho”— a expressão, bem humorada, é de Eliane – nas suas alegações finais de seu cliente.
Sabemos que a criminalização da política tornou-se parte da estratégia da acusação para condenar o maior número possível de acusados. Vamos combinar que ajuda a sustentar a tese de que não havia recursos para campanha eleitoral – mas compra de votos no Congresso.
Admito que eles simplesmente não conhecem os fatos que estão julgando, não tem familiaridade com o mundo das tratativas e negociações e acham tudo suspeito, estranho…
Considerando a baixa credibilidade dos políticos, apostar que todo mundo é ladrão pode ser uma vulgaridade – mas é uma forma de garantir, com facilidade, apoio popular a medidas que podem ser justas ou arbitrárias.
Minha experiência com a humanidade permite dizer que já tive contato com momentos de grandeza, coragem, solidariedade. Também tiver a infelicidade de testemunhar imensas baixezas.
Mas não me lembro de ter visto relatos – nem em ficção – de repulsa a linchamentos.
Acabo de ler a notícia de que alguns procuradores já estão preocupados com o indulto de Natal dos réus do mensalão. É assim: dando de barato que eles serão condenados, o que parece cada vez mais provável, a preocupação agora é impedir que passem o Natal com a família… Mais um pouco e teremos de acionar a Comissão da Verdade, que investiga crimes cometidos por representantes do Estado contra direitos humanos, para ver o que está acontecendo em nossa democracia…
É justiça, isso? Ou é vingança?
Como já disse aqui, eu acho que o mensalão produziu delitos de todo tipo. Também acho que havia caixa 2 e dinheiro publico desviado. São crimes diferentes, que a legislação trata de forma diferente porque lá atrás aquele personagem oculto e onipresente que os advogados chamam de O Legislador entendeu que era assim.
Ao ignorar as diferenças, quem perde é a democracia.
Paulo Moreira Leite



Charge online - Bessinha - # 1484

September 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet