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Daniela

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Com texto livre

June 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Orgulho gaúcho, só que ao contrário

July 26, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Semana passada, em pleno tiroteio e massacre numa sala de cinema nos Estados Unidos, um veículo da imprensa aí do nosso estimado Rio Grande, que não terá o nome citado nessa coluna, criou uma matéria que repercutiu, e muito, no mundo vasto mundo acima do Mampituba, onde, por causas que não cabem aqui elaborar, eu vivo.
Na matéria, estimados leitores, é entrevistado um sujeito que estava em uma sessão de cinema vendo o mesmo filme do Batman que assistiam as vítimas de mais um terrorista sem causa americano. Isso, todos concordam, até poderia ser assunto, se o entrevistado não tivesse assistido ao filme em uma sala no Michigan, estado do Centro-Oeste americano, a 1200 quilômetros do lugar da chacina, que aconteceu no Colorado.
Mas, claro que em se tratando do tal veículo da grande imprensa aí do RS, o que justificava a entrevista, não era o fato de o tal sujeito estar praticamente em outra galáxia, ou ter visto o mesmo filme. O que tornava tão natural a presença desse sujeito na matéria era o fato de ele, não mais, não menos, ser gaúcho.
Um gaúcho a 1200 quilômetros de distância de um evento é referência para o que quer que aconteça. – muito mais do que um guatemalteco, americano ou mexicano sentado a dez metros do atirador maluco, claro. O que dá ao observador o direito de ser entrevistado, para o que quer que seja, é a nacionalidade rio-grandense da opinião que ele possa ter sobre qualquer coisa.
A matéria foi ao ar e em segundos se tornou motivo de galhofa, em nível nacional. O que todos passaram a dizer, dizendo ou não, foi: esses gaúchos não percebem o ridículo do que cometem.
Errado. Muitos percebem, e muito. Mas o tal veículo da grande imprensa não está dando a mínima para o que eu, você, o senhor aqui ao lado pensemos sobre o assunto. E a pergunta é: para quem eles dão a mínima? A quem eles atendem, a quem satisfazem com essa gauchocentrismo constrangedor para quem seja dotado de algum bom senso e um mínimo de distanciamento crítico?
O público leitor no RS é assim? É isso que ele deseja? É isso que interessa? No meio de uma tragédia de proporções bíblicas, no Japão, no Chile, na China ou Estados Unidos, o que ele busca é ver se existe alguma camisa do Grêmio ou do Inter entre as vítimas?
No evento anterior a esse, o naufrágio do Costa Concórdia, eu acredito que a manchete foi “Drama Gaúcho”. O mundo afunda, o drama, para ser drama, tem ter gaúcho no meio.
Quem naufraga nessas horas é a nossa imagem, a nossa reputação diante de desconhecidos, o que quer que a gente seja de fato, diante dessa visão absolutamente distorcida do que seja ou não importante no mundo.
A pergunta é: o tal veículo apenas abastece com drogas um mercado disposto a consumi-las, ou fideliza um mercado, alimentando continuamente a um ego social ávido por compensações para o que talvez sinta seja a sua realidade real? Sabedores de que não estamos com essa bola toda, nos dispomos a ser enganados em troca da compensação emocional que esse engano nos oferece? Gratos a quem nos alimenta com essas ilusões, nos dispomos a fazer dessa empresa o banco de nossos sonhos frustrados e emoções incumpríveis?
Eu simplesmente fico estarrecido e não sei o que dizer. O nosso chauvinismo já é bastante embaraçoso quando produzido e consumido aí mesmo. Quando ele passa fronteiras, só mesmo o Bairrista para transformar em limonada esse limão azedo.
A sensação que tenho é a de que seria importante, essencial, se iniciar uma boa conversa nesse momento de inverno, em que o povo deve estar reunido em torno de fontes de calor. Acho que seria ótimo fazermos uma grande análise coletiva já. Seria ótimo a gente parar para pensar melhor e listar algumas coisas que possam dar suporte para essa impressão que o RS adora ter de si mesmo. Quais foram as nossas realizações nos últimos 30 anos que justifiquem um espaço no imaginário nacional brasileiro? O que efetivamente fizemos e fazemos que justifique um orgulho do tamanho do que é expresso em pensamentos, palavras e, infelizmente, matérias na imprensa?
Após essa contabilidade essencial, talvez a gente descubra que temos mesmo fundos em caixa. Talvez a gente se dê conta, não sei, de que estamos mais para bancos gregos ou espanhóis, nos recusando a ver o tamanho do rombo.
O que é real eu não sei, e suspeito que ninguém saiba. Mais um motivo para que esse debate comece já, quem sabe aqui mesmo.
Cartas, como sempre, para essa caixa postal.
Marcelo Carneiro da Cunha
No Sul21



Charge online - Bessinha - # 1367

July 26, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet



O câncer de Chávez e os diagnósticos de Merval

July 26, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Circula no Twitter o vídeo de um comício de Hugo Chávez esta semana, em Caracas. Semana que vem, ele estará no Brasil.
Reparem na figura de Chávez. Depois, confiram os diagnósticos que Merval Pereira espalhou pelo mundo:

Os diagnósticos de Merval

"Quadro grave", de 16 de fevereiro de 2012:

Os últimos exames, analisados por médicos brasileiros, indicam que o câncer está em processo de metástase, se alastrando em direção ao fígado, deixando pouca margem a uma recuperação.
Como a eleição presidencial se realiza dentro de 8 meses, a 7 de outubro, dificilmente o presidente venezuelano estaria em condições de fazer uma campanha eleitoral que exigirá muito esforço físico, pois a oposição já tem em Henrique Capriles um candidato de união.

"Os verdadeiros mentirosos", artigo de 22 de fevereiro de 2012:

A notícia de que o estado de saúde de Chavez havia piorado foi negada pelo governo de maneira peremptória, e o Ministro da (des) Informação, Andrés Izarra, disse que ela fazia parte de uma "guerra suja da escória".
O líder governista no Congresso, Diosdado Cabello, chegou a afirmar que Chávez estava saudável, dizendo também pelo twitter que "Bocaranda está doente na alma".
Da mesma maneira, depois que na quinta-feira publiquei no meu blog (Blog do Merval.com.br) que o quadro de saúde de Chavez havia piorado, com informações de médicos brasileiros que haviam analisado exames do presidente da Venezuela indicando a possibilidade de metástase em direção ao fígado, Maximilien Arvelaiz, pomposamente intitulado "embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil", enviou carta ao GLOBO afirmando que "o tratamento contra um câncer, pelo qual o presidente Hugo Chávez foi submetido em 2011, foi exitoso, estando o presidente gozando de boa saúde".

"A saúde de Chavez", de 23 de fevereiro de 2012

Tenho cometido um erro dizendo em diversos comentários e notas que o câncer de Chávez pode estar localizado no "colo do reto". Na verdade, trata-se de um câncer "colorretal" que abrange tumores em todo o cólon, reto, e apêndice.

"O novo câncer de Chávez", de 4 de março de 2012

O jornalista venezuelano Nelson Bocaranda e o médico venezuelano residente na Flórida, José Rafael Marquina, que vêm informando com antecedência sobre o estado de saúde do presidente Hugo Chavez, usaram o twitter para comentar as últimas notícias sobre o novo câncer de Chavez. Bocaranda confirma que o exame dos materiais retirados para a biópsia foi feito no Brasil e nos Estados Unidos, e Marquina diz que embora não se refiram a metastáse, anunciar uma "radioterapia profilática" é uma maneira indireta de confirmar.

"Chavez no Brasil?", de 5 de abril de 2012

O Presidente venezuelano Hugo Chavez pode anunciar a qualquer momento uma viagem ao Brasil para se internar no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Ele teve um choque com o tratamento de radioterapia a que está se submetendo em Cuba, e há especulações de que sofreu problemas intestinais que poderiam ser originários da metástase. (...) Pessoas próximas a Chavez temem que seja muito tarde para um novo tratamento aqui no Brasil, que poderia ter começado há muito tempo com a oferta feita pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma. Chavez se negou a aceitar normas de transparência de informações do Hospital Sírio-Libanês e fez exigências consideradas inaceitáveis, como fechar andares do hospital e revistar todas os visitantes enquanto estivesse internado.
Luis Nassif
No Advivo



Viva o 26 de Julho

July 26, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

26 DE JULHO – DIA DA REBELDIA CUBANA
EU TINHA 12 ANOS QUANDO HOUVE O ASSALTO A MONCADA
Eu tinha doze anos quando do assalto ao Moncada, dezesseis no desembarque do Granma, dezoito quando os guerrilheiros entraram, vitoriosos, em Havana. Os homens da minha geração tivemos a sorte de coincidir, no tempo, com a Revolução Cubana. Que desde o começo se misturou na vida e entrou na alma. Junto a muitos milhões de homens, celebro esta revolução como se fosse minha.
Ela me transmitiu forças quando me sentia cair. Me contagiava energia dia após dia, ano após ano, ao longo do processo que a colocou a salvo da derrota ou da traição. Cuba quebrou em pedaços a estrutura da injustiça e confirmou que a exploração de umas classes sociais por outras e de uns países por outros não é o resultado de uma tendência "natural" da condição humana, nem está implícita na harmonia do universo. Muitos muros se levantaram diante deste vento de boa fúria popular.
A colônia se fez pátria e os trabalhadores, donos do seu destino. A mulher deixou de ser uma passiva cidadã de segunda classe. Se acabou o desenvolvimento desigual que em toda a América Latina castiga o campo ao mesmo tempo que incha umas poucas cidades babilônicas e parasitárias. Não se vê mais a fronteira que separa o trabalho intelectual do trabalho manual, resultado das tradicionais mutilações que nos reduzem a uma única dimensão e nos fraturam a consciência.
Não foi nada fácil esta proeza nem foi linear o caminho. Quando verdadeiras, as revoluções ocorrem nas condições possíveis. Em um mundo que não admite arcas de Noé, Cuba criou uma sociedade solidária a um passo do centro do sistema inimigo. Em todo esse tempo tenho amado muito esta Revolução. E não somente em seus acertos, o que seria fácil, senão também em seus tropeços e em suas contradições.
Também em seus erros me reconheço: este processo tem sido realizado por pessoas simples, gente de carne e osso, e não por heróis de bronze nem máquinas infalíveis. A Revolução Cubana tem me proporcionado uma incessante fonte de esperança. Aí estão, mais poderosas que qualquer dúvida ou conserto, essas novas gerações educadas para a participação e não para o egoísmo, para a criação e não para o consumo, para a solidariedade e não para a competição. E aí está, mais forte que qualquer desânimo, a prova viva de que a luta pela dignidade do homem não é uma paixão inútil e a demonstração, palpável e cotidiana de que o mundo novo pode ser construído na realidade e não só na imaginação dos profetas. 
Eduardo Galeano
No Solidários



Lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff aumenta proteção a juízes

July 26, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Em resposta às ameaças que juízes e integrantes do Ministério Público vêm sofrendo, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (25), a Lei 12.694, que trata de medidas protetivas para as categorias. Entre as novidades da legislação está a possibilidade de convocar um colegiado para tomar decisões relativas a organizações criminosas, a permissão para trocar placas de automóveis utilizados e a para segurança própria armada. As regras passam a valer em 90 dias.
Para o presidente em exercício da Associação Brasileira dos Magistrados (AMB), Raduan Miguel Filho, a lei atende em parte os anseios dos magistrados, mas ainda é necessário avançar mais. “Todos os magistrados já estavam esperando por medidas que dessem meios para uma efetivação maior da segurança. Agora, dizer que a lei soluciona todo o problema é utopia”, pondera. Segundo ele, mesmo com a mudança, ainda faltam mecanismos que possam garantir a proteção, não só dos magistrados, mas de todos os servidores do Poder Judiciário e familiares. Uma das inovações é a possibilidade de o juiz solicitar um colegiado de mais dois magistrados na hora de tomar uma decisão que possa arriscar sua vida. A medida foi usada, de forma excepcional, depois da morte da juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro, em 2011.
No Blog Dilma Rousseff