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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Os porta-vozes da legalidade à paraguaia

June 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Seriam estes os "periodistas venales" mencionados no Manual del perfecto Golpe de Estado?
Para defender suas posições políticas, Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Augusto Nunes e Marco Antonio Villa desconsideram valores elementares de qualquer regime democrático: a presunção de inocência e o direito legítimo de defesa. Desta vez, porém, Demétrio Magnoli destoou da turma
Um processo que levou à destituição de um presidente da república decidido em menos de dois dias poderia bem ser um novo filme de Woody Allen sobre republiquetas latino-americanas e suas frágeis democracias - o cineasta fez isso em Bananas, filmado em 1971.
Mas a história é verídica, ocorreu mais de 40 anos depois e, ainda assim, não sensibilizou um grupo notório de jornalistas e intelectuais brasileiros. Para eles, se a Constituição permite tirar do poder um presidente eleito antes da hora, que se tire - ainda que para isso seja preciso valer-se de um processo relâmpago e de discutível aplicação, como parece ser o caso do presidente deposto do Paraguai, Fernando Lugo.
A turma de defensores do golpe constitucional paraguaio está junta há mais tempo nas últimas polêmicas políticas: nela estão o polêmico Reinaldo Azevedo, blogueiro da revista Veja; seu colega de revista Augusto Nunes; o colunista “imortal” Merval Pereira, d’O Globo; o historiador Marco Antônio Villa, que dá aulas na Universidade Federal de São Carlos mas passa a maior parte do tempo dando entrevistas, sobretudo para a Globonews
Chama a atenção, porém, o fato de um antigo colaborador da turma, o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnolli, ter destoado desta vez. Para Demétrio, o que houve no Paraguai foi um “golpe parlamentar, vestido nos andrágios das leis de uma democracia oligarca”. “Nem mesmo essa lei típica da democracia oligárquica foi cumprida, pela velocidade como a coisa aconteceu”, defendeu ainda o geógrafo, outro dos intelectuais também frequentemente ouvidos pela mídia tradicional brasileira. Reinaldo, Augusto, Merval e Villa, porém, não ficaram tão impressionados com a argumentação.
Reinaldo Azevedo chega a dizer que, fosse dado maior tempo à defesa de Lugo, as forças contra o impeachment teriam tempo para articularem-se e evitar a deposição. Transformou, desse modo, uma discussão legítima, que passa pela presunção de inocência e pelo legítimo direito à defesa em pressa política. O blogueiro de Veja não deve ter tido tempo para pensar que, se a extensão do tempo da defesa levasse à prova de inocência de Lugo e consequente derrocada do impeachment, era um sinal de que não havia provas suficientes de culpabilidade…
Augusto Nunes também politiza excessivamente a questão e chama de choramingueiros quem alega que algo sério como tirar do poder um presidente eleito não poderia ter sido feito em tão pouco tempo. É a deixa para Nunes falar, adivinhe… do mensalão: “Os paraguaios é que deveriam perguntar-se como pode o Brasil esperar sete anos pelo julgamento dos quadrilheiros do mensalão”. Portanto, atenção, juristas e magistrados brasileiros: aprendam com a Justiça paraguaia, ela é muito superior à brasileira…
Para defender que o governo brasileiro deveria respeitar a soberania paraguaia - embora não devesse fazer o mesmo para denunciar a ditadura cubana, chavista ou a iraniana -, Nunes vale-se do impeachment de Collor: “(O parlamento do Paraguai) fez com Lugo o que faria com Fernando Collor o Legislativo brasileiro se o presidente que desonrou o cargo não tivesse renunciado pouco antes”. O jornalista esquece os três meses que duraram o processo brasileiro de 1992 até que resultasse na dissolução do presidente, num episódio que envolveu na época todos os atores políticos - muito diferente do que ocorreu no Paraguai e o vapt-vupt da queda de Lugo...
O melhor talvez seja ficar com a ideia contida no texto equilibrado escrito neste sábado pelo também jornalista Clóvis Rossi, na Folha de S. Paulo: a questão é complexa e envolve uma nova modalidade golpista na América Latina, pois amparada, nas aparências, na constituição. Rossi cita o presidente do Diálogo Interamericano, Michael Shifter: “Vai contra o espírito da democracia”.
Alguém tem dúvidas como o mundo olhará, daqui a 40 anos, para o que ocorreu no Paraguai esta semana? Um novo Woody Allen faria o Bananas 2. Alguém duvida mesmo?
Heberth Xavier
No 247



Lula com Maluf

June 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

O recente encontro de Lula e Paulo Maluf, que sacramentou a aliança do PT com o PP na eleição de São Paulo, provocou dois tipos de indignação: uma autêntica e outra postiça.
Isso, é claro, no mundinho dos profissionais da política e na parcela “politicamente ativa” da sociedade. Juntos, os dois segmentos representam algo perto de 20% da população - se tanto.
Para os restantes - ou seja, para 80% dos eleitores da cidade - deve ter sido um fato de importância secundária.
Daqueles suficientemente relevantes para que sejam notados, mas que logo perdem significado - ou são esquecidos.
Quem vê a política com interesse pequeno ou só a percebe na hora em que é obrigado a votar nem registra essas movimentações. Alguém se lembra, por exemplo, qual foi o candidato que recebeu o apoio de Maluf na última eleição presidencial?
(Para os que não se recordam: José Serra. Sem que isso lhe causasse qualquer embaraço ou deflagrasse reações indignadas).
Muitos militantes petistas ficaram chocados. Afinal, Maluf é um dos símbolos de tudo de que discordam e um adversário histórico da esquerda.
Vê-lo ao lado de Lula - com Fernando Haddad ao centro - na célebre foto do evento, deve tê-los deixado genuinamente indignados. É provável que tenham se perguntado se Haddad precisava disso. E se preocupado com o desgaste que poderia trazer.
Para o PT, a pergunta relevante é o tamanho do prejuízo implícito no benefício que a foto traduz. Pois ela tem um significado inegavelmente positivo: que Haddad terá mais tempo de televisão.
É elevado o risco de perder votos na militância petista e entre eleitores progressistas? Será grande a proporção afugentada pela foto? E para onde iriam?
O eleitor de esquerda decepcionado vai preferir Serra? Pouco provável - especialmente depois da marcha batida em direção à direita empreendida pelo tucano nos últimos anos. Irá para Chalita? Algum outro?
Foi, provavelmente, fazendo cálculos semelhantes que o PSDB firmou aliança com o PR - partido que integrava até outro dia a base do governo Dilma e tem várias lideranças envolvidas em problemas cabeludos. E andava aflito atrás de Maluf, louco para ter o tempo do PP.
Entre os indignados de oportunidade, o mais engraçado é a sem cerimônia com que manipulam a ideia de que “os fins justificam os meios”.
Estavam prontos para celebrar a “competência política” do ex-governador, se tivesse conseguido garantir o apoio de Maluf - como consideraram normal ver Alfredo Nascimento a seu lado.
A coligação do PSDB com o PR e o PP seria saudada como “jogada de mestre”, manobra que esvaziaria a candidatura de Haddad, ao deixá-lo com uma minguada participação na propaganda eleitoral.
Ou seja: para Serra, os fins justificariam os meios.
Por que o raciocínio não se aplicaria a Lula e o PT? Fazer o mesmo que o adversário é pecado? Apenas em seu caso?
A menos que acreditemos que só o PT tem deveres éticos e a obrigação de respeitar uma moralidade na política que não é cobrada do PSDB. Como se dissessemos que do PT se espera mais: comportamentos e compromissos éticos dos quais o PSDB estaria dispensado.
Para o PT, os meios seriam mais importantes que os fins.
Pensar assim pode ser bonito - e há muita gente boa que acredita nisso. Mas é ingênuo.
No mundo real da política - como ensina Serra - o que prevalece é um jogo mais pesado: quem fica cheio de pruridos, perde (e os que tombaram pelo caminho em sua trajetória estão aí para demonstrar).
Nesse mundo, amarrar as próprias mãos - enquanto o outro lado age livremente - mais que ingenuidade, é tolice.
Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi



O discreto Morsi

June 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Mohamed Morsi, candidato da Irmandade Mulçumana, venceu a eleição presidencial do Egito, divulgou neste domingo o comitê eleitoral estatal. Morsi derrotou o Ahmed Shafik, brigadeiro da reserva e último premiê do regime de Hosny Mubarak, deposto em 2011.
Após a divulgação do resultado da eleição, a praça Tahrir celebrou a vitória de Morsi.
O presidente da Comissão, Farup Sultan, anunciou que Mursi obteve 13.230.131 votos (51,73% do total), ante 12.374.380 votos do rival (48,27%), o general aposentado Ahmed Sahiq, no segundo turno das eleições presidenciais, realizado nos dias 16 e 17.
Dessa forma, Mursi torna-se o primeiro presidente do Egito após a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e leva à Irmandade Muçulmana ao poder pela primeira vez nos 84 anos de sua história, a maioria transcorrida na ilegalidade.



Morsi ganhou, mas talvez não leve.

June 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Ninguém duvida que o candidato da Irmandade Muçulmana ganhou as eleições presidenciais do Egito.
Diversas organizações concluíram nesse sentido, somando os votos de cada zona.
Na quarta-feira, uma coalizão de juízes independentes egípcios, os “Juízes pelo Egito”, confirmou esse resultado.
O grupo tinha monitorado cuidadosamente todo o processo eleitoral e confirmou a vitória de Morsi por 13,2 milhões de votos, contra 12,3 milhões obtidos pelo general Shafiq.
O resultado oficial estava previsto para ser apresentado na quinta-feira.
No entanto, a comissão eleitoral adiou o prazo sine die, alegando precisar de mais tempo para analisar as denúncias de ilegalidades na votação de diversas cidades.
Isso indica que provavelmente um novo golpe está em gestação.
Depois de fecharem o Congresso e restringirem ao máximo as atribuições do presidente, a junta militar teria decidido manipular os resultados eleitorais, tornando vencedor o general Shafiq.
Lembro que a comissão eleitoral é formada por elementos de confiança da junta militar,a qual já deu muitas provas de que deseja manter-se no poder a todo preço.
Os jornais do governo já estão preparando o ambiente para a indicação de Shafiq como vencedor.
Eles chamam a Irmandade Muçulmana de “a gang de Morsi”e preveniram que acontecerá o “massacre do século” quando os resultados oficiais forem divulgados.
Talvez seja uma ameaça para que as pessoas não se atrevam a comparecer à praça Tahir para os inevitáveis protestos.
Fontes do governo informaram oficiosamente que os resultados serão conhecidos domingo à noite. E que Shafiq será o eleito.
Isso foi revelado também a diplomatas de países do Ocidente. E por membros do gabinete ministerial.
Não sei se esse pessoal não nota que seu prévio conhecimento desse fato demonstra a estreita proximidade entre o governo militar e a comissão eleitoral.
Ou não se importam com isso, afinal não é mistério pra ninguém que essas duas entidades são a mesma coisa.
Se a farsa se completar, é certo que haverá uma grande reação popular. A praça Tahir voltará ser ocupada, dia e noite.
Os militares não ficarão assistindo às manifestações de braços cruzados.
“O massacre do século”, antevisto pelos jornais chapa branca, pode muito bem acontecer.
Temo que a Primavera Árabe egípcia esteja por um fio.



Golpistas atacam TV Pública no Paraguai

June 23, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

No Brasil! Brasil!