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Daniela

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June 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Prag(a)matismo exacerbado

June 18, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Na política as escolhas não tem lógica, nem coerência e muito menos ideologia. O Merval Pereira, por exemplo, escolheu ficar ao lado do patrão, aquele que escreveu editorial saudando a chegada da ditadura. Isto não o incomoda. Roberto Marinho & famiglia continuam escrevendo editoriais anti-democráticos. E Merval continua sendo um arlequim de dois patrões. É o mesmo Merval que não recusou o voto de José Sarney para chegar a Academia Brasileira de Letras. Assim como a famiglia Marinho viu na ditadura uma forma de crescer, Merval viu em Sarney uma chance de chegar à ABL. Uma biograia bonsai de Merval foi escrita por seu ex-colega, Paulo Nogueira: Merval, o Imortal.
Agora vamos às razões que levaram Haddad em oPTar pelo apoio do PP de Paulo Maluf. São muitas e todas, pragmaticamente falando, de ordem política.
1) o paulistano gosta de corrupto, não é por outra razão que votavam em Ademar de Barros, Quércia, Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra, FHC, Kassab & Alchmin;
2) os grupos de mídia concentrados em São Paulo são altamente conservadores e adora corruptos. Apoiaram a ditadura, como o Grupo Folha, emprestando carros àquela que ousa, inclusive, chamar de ditabranda. O Estadão não via nenhum problema em ter Pimenta Neves como chefe de Redação até o momento em que assassinou Sandra Gomide. O Grupo Abril, que edita a VEJA, não tem nenhum problema, antes pelo contrário, de manter relações carnais com Carlinhos Cachoeira…
3) o povo continua tv dependente. Acredita em tudo o que a tv vende. Não é por outro motivo que continuam acreditando nas papagaiadas da Rede Globo e suas filiadas, incluindo a RBS. Com os 95 segundos do PP o marqueteiro do PT pretende virar o jogo. O PP de São Paulo é o mesmo PP que fez aliança com Manuela D’Ávila em Porto Alegre. Ninguém criticou a empregada da RBS, Ana Amélia Lemos, quando esta defendia o PP de seu padrinho, Pratini de Moraes, durante os programas ditos jornalísticos da RBS. Nem agora quando ela e seu PP se aliam ao PCdoB para a prefeitura de Porto Alegre. Aliás, o PP já é aliado do Governo Federal.
4) Se temos um eleitorado conservador, um grupo de mídia conservador, um mega corrupto do outro lado, sempre inocentado pela justiça, concorrendo com o apoio de todos estes, o que fazer? Bem o PT optou por ganhar um pouco mais de tempo de mídia e o apoio do eleitorado que sempre elegeu Maluf. Serra, que criticou o PR quando este estava no Governo Dilma, fez aliança com eles. Claro. Serra concorre com o PT, não com o PR…
5) Se toda direita e os grupos de mafiomidiáticos está contra a aliança com o PP do Maluf é porque isso os incomoda. Ninguém diria nada se a aliança fosse com José Serra, não é mesmo.
6) o poder judiciário, que sempre inocentou Maluf, de alguma forma avaliza a união. Como diria o pragmatismo rastaquera do Lula, alianças se faz com a oposição que está fora da cadeia, não com a situação. A VEJA fez aliança com Carlinhos Cachoeira enquanto estava solto. Agora que está na prisão, quer se afastar. Nenhum membro do PIG criticou a aliança de Roberto Civita com Carlinhos Cachoeira.
7) Maluf cunhou o verbo malufar e o PT resolveu malufar na frente das crianças, em horário nobre. O resultado disso poderá ser mortal para o PT. Se der certo, será mais um troféu do Lula.
8) se a Globo, Folha, Estadão, Veja, RBS, FHC e Serra são contra, então é um bom sinal de que não é tão ruim assim. Aliás, como declarou o novo “amigo” do PT paulistano, Paulo Maluf: “FHC comprou votos para aprovar reeleição” e disso não só ninguém fala como ainda lhe abrem as portas;
9) A aliança é com o PP de Maluf. Maluf não concorrerá. Então, a presença de Maluf fica apenas para no imaginário.
10) Eu jamais faria aliança como o Maluf. Assim como nunca estaria do mesmo lado da RBS, do Gilmar Mendes, da Revista Veja, da Rede Globo, do Merval. Eu não sou candidato a nada!

Os requintes de crueldade da aliança de Lula e Maluf 

Colunista do Globo, Merval Pereira diz que apoio a Haddad não tem nada de inusitado, "a não ser a marcha batida do PT para escancarar seu pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e do mal"
Em seu artigo no jornal O Globo de hoje, Merval Pereira relembra apoio de Maluf à Marta Suplicy em 2004 e diz que aproximação com Haddad não tem nada de inusitado, "a não ser a marcha batida do PT para escancarar seu pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e do mal". Leia:

Requintes de crueldade

Merval Pereira
Fazer com que Lula fosse visitá-lo em sua casa para selar publicamente o acordo político de apoio à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo é o ponto de destaque, com requintes de crueldade, dessa aliança, que de inusitada não tem nada, a não ser a marcha batida do PT para escancarar seu pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e do mal, podendo fazer qualquer coisa para vencer eleições.
Em 2004, Maluf já apoiara Marta Suplicy no segundo turno contra Serra, mas naquela ocasião ele disse que o fazia sem ter tido contato nem com Lula nem com Marta, reafirmando suas divergências com o PT.
Desta vez foi diferente. Além de ganhar para um indicado seu uma secretaria do Ministério das Cidades, um Maluf radiante recebeu Lula e Haddad em sua casa, destacando o "sacrifício" que o ex-presidente fizera indo até lá, apesar das cautelas médicas devido à sua recuperação da cirurgia de câncer.
Pelo menos o conselho de evitar falar em público ajudou Lula a sair de cena sem ter que justificar tal aliança.
A senadora Marta Suplicy, que aceitara de bom grado o apoio envergonhado de Maluf em 2004, hoje, rejeitada por ser uma alternativa política "velha", de acordo com Lula, diz que a aliança com Maluf é "pesadelo" maior do que a com o prefeito Gilberto Kassab, que ela também rejeitara.
O maior problema, porém, para a candidatura petista é a reação da candidata a vice Luiza Erundina, que de incomodada com o pragmatismo petista, mas engolindo a seco a aliança, passou a rejeitá-la publicamente, convencida de que ela não será apenas uma união política "para constar", diante da pose de Lula carrancudo com Maluf sorridente, tendo o "rapaz esforçado" Fernando Haddad no centro.
O acordo político com Maluf conseguiu ofuscar a boa notícia que a nova pesquisa Datafolha trouxe para a campanha petista.
Ter quase triplicado o apoio depois de algumas aparições ao lado de Lula e da presidente Dilma na televisão indicava que Haddad pode ter a esperança de vir a ser adotado pelo eleitorado petista conforme a campanha progredir, o que lhe daria um patamar mínimo de 30% dos votos para competir com o tucano José Serra.
Mas aliança tão formal e explícita com o grupo de Maluf está reforçando as críticas do grupo de Marta Suplicy dentro do PT e abriu uma divergência séria no PSB, que pelo visto terá que buscar outro candidato a vice para Haddad.
A ex-prefeita Luiza Erundina não parece ser do tipo que abre mão de suas convicções, mesmo que sejam ultrapassadas como o socialismo que ainda prega.
Sua presença na chapa petista levava a candidatura Haddad mais para a esquerda do que seria desejável numa capital que tem a tradição de votar ao centro, quando não à direita.
O próximo ataque especulativo de Lula será em cima do PMDB se a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita permanecer estacionada abaixo dos dois dígitos e menor do que a de Haddad.
O PMDB queria usar a disputa paulistana para vender caro seu apoio ao PT num segundo turno, ou até mesmo ter Chalita como o candidato oficial num segundo turno contra Serra.
Tudo para neutralizar o ataque que o PSB vem orquestrando, com o objetivo de tomar o seu lugar como principal partido da base aliada, abrindo caminho para o governador Eduardo Campos ser o vice de Dilma em 2014.
Ou, conforme os ventos da economia, surgir como uma alternativa ao próprio PT.
O maior receio do PMDB é que, após a eleição, o PSB se una ao PSD de Kassab para formar o maior partido no Congresso.
Isso só não acontecerá, aliás, se o tucano José Serra vencer a eleição paulistana, o que coloca mais um pouco de incoerência nessa armação partidária onde ninguém é de ninguém e todo mundo é de todo mundo, dependendo da ocasião.
O PSD de Kassab iria para a aliança de Haddad se Serra não fosse o candidato tucano, e Maluf iria para a base serrista se o PSDB aceitasse pagar o alto preço que o PT pagou.
Esse imbróglio paulistano não é, no entanto, o único empecilho à aliança do PT com o PSB, que está se organizando nacionalmente para se colocar como protagonista na cena política em 2014.
Assim como a disputa pela prefeitura em São Paulo está intimamente ligada à sucessão presidencial de 2014, com os dois partidos querendo fortalecer suas posições no maior colégio eleitoral do país, algumas outras capitais também definem agora disputas políticas que serão fundamentais para a campanha à reeleição da presidente Dilma e para o PSDB.
Em Fortaleza e Recife, PT e PSB não conseguiram se entender até o momento, e tudo indica que sairão separados na disputa regional.
Em Salvador, ACM Neto, do DEM, com o apoio do PSDB, pode fazer ressurgir a força carlista na capital baiana.
Em Manaus, uma aliança entre Amazonino Mendes e Arthur Virgílio pode dar ao ex-senador tucano as condições políticas para disputar a prefeitura de Manaus, o que está preocupando a base aliada governista, à frente o ex-governador Eduardo Braga.
Líder do governo no Senado em substituição ao eterno líder de qualquer governo Romero Jucá, Braga vem sofrendo ataques do grupo de senadores como Sarney, Calheiros e o próprio Jucá, que aparentemente a presidente Dilma quer ver fora do centro de decisões.
Se tiver que concorrer a prefeito para unir a base governista contra a oposição, Braga corre o risco de perder o cargo no Senado, embora considere que pode acumular a candidatura com a liderança do governo.
Além do jogo de poder visando à eleição presidencial, há ainda em disputa as presidências da Câmara e do Senado.
O grupo do senador Sarney quer manter o controle do Senado mesmo depois que ele sair, e dois nomes aparecem na disputa no PMDB, a maior bancada: Edison Lobão e Renan Calheiros, o que aparentemente não agrada a Dilma, que gostaria de um nome novo de sua confiança.
Na Câmara, a vez seria do PMDB, mas o candidato preferencial do partido, o líder Henrique Eduardo Alves, desgastou-se com a presidente Dilma.
Um eventual acordo em São Paulo pode colocar em discussão a sucessão na Câmara, e o vice-presidente Michel Temer deverá ser o fiador.
Como se vê, há muito mais do que política municipal em disputa nas próximas eleições.
No Ficha Corrida e 247



No fundo era aquilo mesmo

June 18, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Desconfio da tese de que as acusações de Gilmar Mendes a Lula teriam nascido num rompante boquirroto e impensado. Essa versão é demasiado confortável para o ministro, pois ameniza a gravidade dos seus pronunciamentos públicos anteriores. Também não vejo a hipotética necessidade dele inventar um motivo para se declarar impedido no julgamento do “mensalão”. Isso qualquer cidadão sensato já intuiu desde o começo.

A camada superficial e mais evidente das manobras da mídia corporativa não pode ser ignorada apenas porque simples e previsível. Desmoralizar a CPI do Cachoeira e dar-lhe aparência de conluio criminoso é uma forma eficaz de embaralhar a repercussão geral sobre o único mote razoavelmente unificado das investigações: os supostos elos entre a contravenção organizada, o Congresso (Demóstenes Torres), a grande imprensa (revista Veja) e o Judiciário (o próprio Mendes, Roberto Gurgel, Tourinho Neto). Diante do enorme investimento de propaganda pré-eleitoral conservadora que está prestes a desmoronar, o agressivo desespero da reação até faz sentido.

Mas o factóide carregava outra motivação nociva. Alimentando a radicalização política, Veja e Mendes quiseram contaminar o STF com estímulos alheios à abordagem técnica do tema. Sabemos há tempos que o relatório da Polícia Federal, a principal investigação que embasa o julgamento, é inconclusivo quanto à responsabilidade dos líderes petistas mais graúdos. O documento coloca dúvidas também acerca do caráter “organizado” e sistemático dos supostos delitos. O STF não tem obrigação de se restringir a esse material, mas o pendor subjetivo dos ministros influenciaria os votos numa direção que o próprio relatório se absteve de seguir.

De qualquer maneira, a pressão externa já fez o seu estrago e tornou-se irreversível. Ela só poderá ser contrariada caso os magistrados queiram deixar um gesto de repúdio ao colega de tribunal, ou, numa hipótese menos provável, se aparecer algum fato novo bombástico o suficiente para sensibilizá-los. Mesmo que houvesse vontade política, entretanto, à CPI faltariam prazos e recursos para atingir algum poder de influência na corte antes do início da votação.



Charge online - Bessinha - # 1308

June 18, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet



Os idealistas trabalham de graça

June 18, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Quando eu tinha meus 20 anos e era chefe de reportagem do "Jornal de Jundiaí", certa vez fiquei pelo menos umas três horas trancado na sala do dono da empresa, tentando arrancar dele um aumento para alguns companheiros de redação, ainda mais novos que eu.
Naquele tempo ainda acreditava que o jornalismo era mais que um simples trabalho, era um ofício com poder transformador - como muitos, sinceramente achava que as palavras tinham força.
Não me lembro bem do fim da nossa conversa, acho que não consegui nada para os meus colegas, mas me recordo exatamente de uma frase dita pelo tal patrão, com certeza o pior de todos que já conheci. A frase, porém, tal o seu grau de cinismo, era muito boa:
- Adoro os idealistas, pois eles trabalham por pouco, não preciso pagar quase nada para eles.
E assim passei grande parte de minha vida vendo os idealistas morrerem paupérrimos por seus ideais e os maus patrões ficarem cada vez mais ricos.
Ou então assistindo os idealistas entrarem em batalhas de mãos limpas, desarmados, cheios de boas intenções, os corações puros e as mentes em êxtase - e serem trucidados com a facilidade com que a gente esmaga os insetos.
Lula foi um idealista. Como idealista perdeu a eleição em 1982 para o governo do Estado, concorreu à presidência e foi derrotado em 1989, perdeu novamente em 1994 e mais uma vez em 1998.
Lula perdeu todas as eleições majoritárias que disputou enquanto foi um idealista e subia nos palanques tendo como companhia apenas a sua fúria de idealista.
E enquanto vociferava slogans revolucionários de idealista o país afundava.
Um belo dia, Lula resolveu que se quisesse ser um vencedor não bastava ser um idealista.
Entendeu que sozinho o PT não iria nunca ser vitorioso, que precisava fazer alianças com gente de fora para ter alguma chance eleitoral.
Compreendeu que só os idiotas ou suicidas entram numa guerra desarmados.
A partir daí, a história do Brasil mudou, queiram ou não seus inimigos de variados matizes ideológicos.
A sua foto com Maluf, celebrando o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad, sei bem, chocou os idealistas. Não vou perder tempo tentando convencê-los de nada: cada um pensa o que quiser, julga os outros como bem entender, vota em quem achar que merece o seu voto, ou simplesmente o anula.
Como já estou numa idade que me impede de buscar o ouro no fim do arco-íris ou de me aprofundar em discussões sobre o sexo dos anjos, achei que a foto de Lula com Maluf é apenas parte de um jogo muito difícil de ser jogado e entendido por quem não é do ramo, mas que se resume no seguinte: é melhor ganhar um aliado que um inimigo, é melhor somar que dividir, é melhor ter mais tempo de propaganda que o adversário, é melhor se mostrar flexível que intransigente, é melhor ser inteligente que estúpido.
Penso assim: cada idealista com o seu ideal.
O meu, nesta eleição municipal, é o mais singelo do mundo: derrotar José Serra. Se for sem Maluf, melhor, se tiver de ser com ele, tudo bem; se for com Erundina, ótimo, se ela quiser pular do barco e levar junto o seu idealismo, problema dela, que vá ser feliz em outra freguesia.
No Crônicas do Motta



A irascível máfia enraizada no governo de Goiás

June 18, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Juiz responsável pela Monte Carlo relata ameaças de morte e pede afastamento

Magistrado diz ter sido alertado sobre possibilidade de sofrer represálias nos próximos meses
BRASÍLIA - O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava a Operação Monte Carlo, relata ser alvo de ameaças de morte, revela que homicídios podem ter sido cometidos por integrantes do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira e pede para ser tirado do caso.
Em ofício encaminhado no último dia 13 ao corregedor Geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Carlos Olavo, o juiz federal afirma não ter mais condições de permanecer no caso por estar em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás". E para evitar represálias, revela que deixará o país temporariamente.
No documento, o juiz relata que segue esquema rígido de segurança por recomendação da Polícia Federal, mas revela que sua família foi recentemente abordada por policiais e diz que foi alertado da possibilidade de sofrer represálias nos próximos meses.
"Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente a Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram", diz no documento.
Lima indica que investigados pela Operação Monte Carlos podem estar relacionados a assassinatos cometidos recentemente, o que configuraria queima de arquivo. "Pelo que se tem informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da quadrilha", relata.
Nas cinco páginas em que explica o pedido para deixar o caso, Lima elenca os recentes processos polêmicos que comandou. À frente da Operação Monte Carlo, 79 réus foram denunciados, sendo 35 policiais federais, civis e militares. E por ter determinado o afastamento dos policiais de suas funções, afirma que não pôde ser removido para varas no interior do Estado "por não haver condições adequadas de segurança".
Em setembro, Lima afirma que tirará os três meses de férias que teria acumulado e sairá do país por "questões de segurança". Mas mesmo assim afirma que ficará marcado por sua atuação neste caso. "Infelizmente, Excelência, Goiânia/GO é uma cidade pequena, onde todos se conhecem, e terei que conviver com as consequências da Operação Monte Carlo e dessas outras operações por muito tempo, principalmente porque nasci e fui criado nesta cidade", afirma o juiz.

Suspeição

O juiz federal titular da 11ª Vara em Goiás, Leão Aparecido Alves, deve herdar o comando do processo. Mas suas relações pessoais podem colocá-lo sob suspeita. Alves admitiu, recentemente, ser amigo há 19 anos de um dos investigados - José Olímpio de Queiroga Neto, suspeito de ser o responsável pela escolha de pessoas que poderiam integrar as atividades do grupo e de repassar porcentagem dos lucros das casas de jogos a Carlinhos Cachoeira.
Felipe Recondo
No O Estado de S. Paulo