Democracia espanhola (?) proíbe protestos via internet
Luglio 20, 2012 21:00 - no comments yetNo OpenSanteMarcelo Tas reclama de ‘guerrilheiros petistas virtuais’ e faz guerrilha no Facebook
Luglio 20, 2012 21:00 - no comments yetSeria digno de reconhecimento se Marcelo Tas, ao invés servir-se do humor como um pára-raios bastante conveniente para realizar críticas levianas, assumisse as suas verdadeiras posições e ideias políticas: o que defende e quem defende, ao invés do que abomina
Marcelo Tas, apresentador do humorístico CQC, da TV Bandeirantes, publicou em sua página pessoal da rede social Facebook, para os seus mais de 1 milhão de seguidores, uma mensagem que gerou controvérsia. Disse ele: “O PT treina ‘guerrilheiros’ para patrulhar Redes Sociais nas eleições 2012. O treinamento é numa sala de bate papo do orkut?”
Não é possível afirmar com absoluta certeza os motivos que estimularam Tas a escrever tal questionamento, mas sabe-se que, apesar de atualmente encabeçar um programa de humor na televisão aberta brasileira, a mensagem do apresentador não teve propósito humorístico.
Primeiro é preciso esclarecer que o Facebook é uma rede social que permite ao usuário fazer ou desfazer amizade com quem quer que seja, e do mesmo modo é fornecida a opção de curtir ou não curtir uma página. Isso, por si só, desfaz a tese do patrulhamento, na medida em que ninguém é ou está forçado a aceitar nenhum tipo de imposição. Tas confunde militância com patrulha: usuário nenhum, não filiado ou filiado a qualquer agremiação partidária está impedido de discutir ou fazer campanha política na internet, desde que não infrinja a legislação eleitoral vigente.
Mas não deixa de ser curioso que Marcelo Tas, um sujeito que se autoproclama como um dos comunicadores pioneiros em web no Brasil, esteja incomodado com a liberdade oferecida pelas novas mídias. Marcelo Tas, o apresentador de um programa que constantemente reclama do cerceamento da liberdade contra os seus repórteres – sobretudo em matérias realizadas no Congresso Nacional, em Brasília –, é o mesmo que agora esperneia contra a liberdade de manifestação num ambiente livre como é a internet.
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Apresentador do CQC, Marcelo Tas. Imagem: Arquivo |
Centenas de pessoas reponderam democraticamente a manifestação pública de Marcelo Tas, com divergências e convergências. A maioria dos que convergiram preferiram utilizar tons de deboche vazio e de ódio, o que não surpreende porque reflete fielmente as limitações de pessoas inspiradas na ‘ótica CQC de enxergar e tratar a política‘, isto é, a perigosa ideia de restringir as discussões políticas ao modo do ‘odeio política‘ ou ‘político bom é político preso‘.
Mas, felizmente, a futilidade não foi fruto exclusivo da polêmica. O sociólogo Sérgio Amadeu, talvez a figura que melhor representa o Software Livre no Brasil atualmente, reconhecido também por sua incessante luta pela inclusão digital como ferramenta crucial para a democratização da comunicação, respeitosamente deixou o seguinte comentário:
Sérgio Amadeu. Grande Tas, faça humor, não faça a guerra. Você como defensor só da direita festiva está ficando meio sem graça. De vez em quando seria bom tirar uma da cara dos vampiros tucanos, não acha? Quem tem tropa de choque formada é a turma da direita brava, Reinaldo Azevedo e os trolls… Volte para a turma dos meio intelectuais, meio de esquerda. Beleza.
Sérgio Amadeu, que conhece Tas pessoalmente, obviamente sabe que a intenção deste, no âmbito da política, não é e nem será fazer humor, mas provocar a guerra com a vestimenta disfarçada de humor.
Ao contrário do que possa parecer, é bastante saudável que os seres humanos manifestem as suas posições políticas abertamente. Marcelo Tas, registre-se, foi louvado pela juventude do DEM no Encontro Nacional deste partido em um passado não muito distante ocorrido em Blumenau/SC. Lá, utilizou de sua língua ferina para falar mal de Lula, do PT e congêneres.
Chamou atenção outra resposta ao comentário de Tas:
Rui André Souza. Quando vejo muitos reclamando de que propaganda política era pra ser proibida ou incomoda aqui no facebook, me pergunto se realmente entendem a política. Acho fundamental e, acima de tudo, democrático se falar de política aqui no face. Qualquer ferramenta pode servir de meio para se propagar a política. Pois, afinal, respiramos política. E o que acontece quando não estamos interessados em política? Simples: viramos o Brasil.
O posicionamento transparente, portanto, é um dos pre-requisitos indispensáveis para se abordar a política de maneira salutar. Seria mais corajoso, honesto e digno de reconhecimento se Tas, ao invés de usar o humor como um pára-raios bastante conveniente para realizar qualquer tipo de crítica, assumisse as suas verdadeiras posições e ideias políticas: o que defende e quem defende, em vez do que abomina.
O alerta contra os que estufam o peito e erguem a cabeça para propagandear moralismo, como ficou claro no caso do recém-cassado ex-senador Demóstenes Torres, precisa e deve ser crescente.
No Pragmatismo PolíticoCoisas nossas
Luglio 20, 2012 21:00 - no comments yet![]() |
A candidata. Para desapontamento tucano, nada que a comprometesse. Foto: Ricardo Trida/DGA/AE |
O sigilo fiscal de Dilma Rousseff foi violado durante a campanha eleitoral de 2010. A revelação é do deputado Miro Teixeira, que denuncia também a quebra do sigilo telefônico de 20 parlamentares, vítimas mais recentes porque envolvidos na CPI do Cachoeira. Há duas semanas Teixeira entregou a lista dos grampeados, e os documentos que comprovam a quebra sofrida pela presidenta há dois anos, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A operação anti-Dilma malogrou porque, fácil a dedução, nada foi encontrado que comprometesse a candidata. Para desapontamento tucano.
O deputado pedetista recebeu o material de duas pessoas, em separado. Não lhes revela os nomes, bem como aqueles de 18 dos 20 grampeados. Exceções, dois de destino já selado: Demóstenes Torres e o deputado tucano Carlos Leréia. Quem está por trás das operações criminosas? O próprio Cachoeira e sua gangue? Talvez, mas há outros grupos de, digamos assim, profissionais. Aqui Teixeira fecha-se em copas. É possível entender, mesmo assim, que nem todos agem movidos por meros interesses políticos. Agem sem prévia encomenda, para comercializar o resultado dos seus serviços junto aos prováveis interessados, procurados depois de cumprida a tarefa.
Coisas nossas, coisas do Brasil. O mister de grampeador clandestino no País está oficializado pelo menos há quatro décadas. Estamos habilitados a uma singularidade e a um pioneirismo que nos distinguem mundo afora. Por exemplo. Uma lei da anistia imposta pela ditadura civil-militar continua em vigor. Não se queixem se os argentinos nos olham com ares de superioridade. Diga-se que a Corte Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à OEA, acaba de pedir explicações ao Brasil sobre a demora na localização e identificação dos restos mortais dos participantes da guerrilha do Araguaia.
A própria Corte há dois anos pediu pela execução desse doloroso resgate, mas em abril passado as famílias dos desaparecidos queixaram-se pela falta de cumprimento da solicitação. Sem contar que 19 ossadas ainda aguardam por identificação, embora já desenterradas e entregues às autoridades em Brasília. Nada de surpresas, uma dita Comissão da Verdade foi composta para trazer à tona a própria. E qual seria a verdade?
Coisas do Brasil, coisas nossas, como cantava um samba, disposto a evocar outras bossas em nada aparentadas com as situações acima levantadas. Há compensações, contudo. A Unesco atribuiu um dos seus cobiçados prêmios à Paisagem Carioca. As letras maiúsculas se justificam. Premiadas as paisagens, elas somente, em lugar da Cidade Maravilhosa e de quem manda nela. Atente-se para o detalhe, a despeito dos esforços da retórica oficial. Premiadas, especificamente, a Floresta da Tijuca, o Corcovado, as calçadas desenhadas por Burle Marx e a entrada da Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar.
Mas há outros detalhes, não de todo desprezíveis. Primeiro, houve esforço concentrado para emplacar a premiação por parte do governo federal, convencido de que as autoridades cariocas não se preocupam com a beleza da sua cidade. Bem-sucedida operação de marketing com nobres propósitos. Dedução: se depender dos graúdos do lugar, na visão do governo federal, as maravilhas do Rio acabam logo.
Tem mais. A motivação do prêmio fala da interferência positiva do homem na preservação dos encantos cariocas. Ora, ora, se há algo negativo neste enredo é exatamente a interferência do homem. Houve tentativas recentes e louváveis para recuperar algo da velha Rio, e vários bairros ao longo da orla mantiveram padrão, módulo, uma certa dignidade arquitetônica. A prepotência, a empáfia, a irresponsabilidade dos herdeiros da casa-grande ergueram, no entanto, em substituição da senzala um cenário de favelas que está muito longe de ser uma beleza, conforme outro samba. O que sobrou do centro evidencia apenas tudo quanto perdemos, ao passo que a Barra se tornou apêndice do inferno.
Hoje mesmo, de tarde, vinha eu pela Alameda Santos, paralela da Avenida Paulista, a Fifth Avenue de São Paulo. E eis que, ao longo da calçada do quarteirão que precede a Rua Augusta, de trânsito pesado, corre em sentido oposto ao meu um moço de revólver em punho e camisa cheia de vento. Ninguém vai atrás dele, seguem-no apenas os gritos de um grupo denso e revoltado de pedestres, estacionado na esquina. Um assaltante, obviamente, às 4 da tarde. Ao considerar a velocidade do fugitivo, pensei que poderia ter sido treinado para participar das Olimpíadas e ameaçar o reinado de Usain Bolt.
Mino CartaSerra compara ação de petistas na internet a 'tropa nazista'
Luglio 20, 2012 21:00 - no comments yetO candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, comparou a ação de petistas na internet a estratégias de tropas nazistas que auxiliaram a implantação do regime por Adolf Hitler (1934-1945). José Serra afirmou que pessoas ligadas ao PT fazem campanhas difamatórias na web e comparou essas atividades a operações da SA nazista, milícia paramilitar conhecida por sua organização como uma tropa de assalto.
"Basta olhar o jogo sujo (do PT) na internet, a tropa organizada, uma verdadeira tropa de assalto na internet. A SA nazista hoje tem outra configuração no Brasil atual, e é via internet, uma tropa de assalto na internet", disse Serra.
Serra afirmou que recebe centenas de mensagens agressivas em perfis nas redes sociais e acusou os petistas de manterem "blogs sujos" na internet para difundir informações contra sua candidatura. "Os blogs sujos, essa tropa toda veio dizer que eu era contra ônibus", disse.
Na última quinta-feira, 19, o presidente municipal do PT havia classificado como "fascista" um protesto de jovens tucanos contra o candidato do partido, Fernando Haddad. Serra defendeu a atitude dos manifestantes. "O sujeito botar uma cartolina e expressar aquilo que pensa não tem nada demais. Não tem orientação partidária, mas também não tem nada de errado chegar e protestar", disse.
No Amigos do Presidente LulaVeja aqui os "militantes" do Serra protestando contra Haddad:
Em um discurso dirigido a candidatos a vereador de sua coligação e cabos eleitorais, Serra subiu o tom de suas críticas contra os petistas. Trata-se de uma estratégia do tucano para reforçar o engajamento da militância e a polarização da disputa eleitoral entre PSDB e PT. "O PT é um partido da máquina (do governo). Tirou o governo, acabou. Porque está inteiramente na máquina", disse.
Um dos focos de sua fala foi a violência física que atribuiu aos petistas. "Outra questão é a questão da violência e da baixaria. Eles têm tradição nisso. Em 2002, fizeram espionagem no Banco do Brasil. Em 2006, o dossiê dos aloprados. Em 2010, violação de sigilos e pancadaria. Eu sofri pancadaria no interior do Ceará, no Rio de Janeiro e aqui em São Paulo", afirmou.
O tucano acusou militantes do PT pela criação de "factóides" contra sua candidatura e também criticou o partido rival de ceder a pressões de laboratórios farmacêuticos depois que chegou ao governo federal. "Essa história de que o PT é um partido de esquerda, progressista, isso é conversa. Eles fazem o jogo dos laboratórios", disse Serra.
Apesar das críticas direcionadas ao partido que é considerado seu principal adversário, Serra disse que a campanha deve ser marcada pelo debate sobre São Paulo. O tucano também acusou seus rivais de copiarem suas propostas.
"Tudo o que eu quero é que o debate fique centrado nos problemas da cidade - no diagnóstico e no balanço do que foi feito. Isso é o mais importante de tudo, e isso é o que alguns dos outros candidatos, evidentemente, vão resistir até o final", afirmou. "Temos adversários que não têm muitas ideias - a maioria deles. Ficam lendo tudo o que eu falo, copiam e mudam o nome."