As provas da venda da Casa de Marconi para Cachoeira
Luglio 14, 2012 21:00 - no comments yetA Excitante Indústria e Comércio de Confecções Ltda, razão social da grife Babiole, é uma empresa goiana conceituada, de Leonardo Souza Ramos, primo de Carlinhos Cachoeira.
No extrato abaixo, os dados finais que comprovam a operação Cachoeira-Perillo na venda da sua casa. Ou seja, Perillo se valeu do dinheiro do crime organizado na venda da casa.

A revista Época desta semana contou parte da história.
Aqui vai a história com mais detalhes e informações sobre a operação.
A triangulação do dinheiro
Em fevereiro de 2011, Marconi decidiu vender a casa. Conversou com seu assessor Wladimir Garcez, que entrou em contato com Cachoeira. O bicheiro decidiu comprar porque era uma boa casa, mas não apenas isso: era a casa do governador.

Do dia 28 ao dia 3 há um bom conjunto de áudios, 18 no total, mostrando o fechamento do negócio. A casa foi vendida por R$ 1,4 milhão.
Nas negociações, Cachoeira ligou para seu sobrinho Leonardo Souza Ramos. Como era a casa do governador, o dinheiro não dava para vir diretamente das empresas-laranjas do bicheiro.
Aí se monta a triangulação captada pelo extrato da Excitante.
1. No dia 1o de março de 2011, a Adécio & Rafael Construção e Incorporação (uma das empresas fantasmas de Cachoeira) deposita R$ 250 mil na conta da Excitante. No dia seguinte, mais R$ 250 mil. No mesmo dia, a Excitante emite um cheque de R$ 500 mil.
2. No dia 31 de março, a Alberto e Pantoja Construções (outra fantasma) emite mais um cheque de R$ 250 mil para a Excitante. No dia 4 de abril, mais um cheque de R$ 250 mil, enquanto a Excitante emite um cheque de R$ 500 mil.
3. No dia 2 de maio, a Alberto e Pantoja deposita mais R$ 400 mil na conta da Excitante. No mesmo dia, a Excitante emite outro cheque de R$ 400 mil.
A preocupação de Cachoeira
Ao longo de março e abril, os grampos captaram a preocupação de Cachoeira com o negócio. Formou-se um burburinho, muitos comentando a operação.
A escritura de compra estava em nome de André Teixeira Jorge, o Deca, homem da Cachoeira para as empresas de comunicação do grupo. Cachoeira decide, então, vender a casa.
Um dos diálogos gravados, mostra o desconforto de Cachoeira. Ligou para lá um corretor de nome Rodolfo, querendo intermediar a venda. Em seguida, Cachoeira ligou para Cláudio Abreu e lhe passou uma bronca, acusando-o de espalhar que ele havia decidido vender a casa.

Walter adquire a casa por R$ 2,1 milhão – R$ 500 mil a mais do que Cachoeira havia pago, e entrega a caixa em espécie.
Aparentemente, Walter Paulo não sabia que a casa estava sendo vendida por Cachoeira. Ele achava, de fato, que estava comprando a casa do governador. Tanto assim, que exige que o próprio governador receba o dinheiro.
O papel de Lúcio Fiuza
Perillo envia para lá Lucio Fiuza (espécie de assessor faz-tudo de Perillo) , quetoma a frente das negociações e recebe os R$ 2,1 milhão de Walter Paulo.
Nos áudios, fica claro a divisão do botim. Lucio comparece, recebe a maleta de dinheiro, retém R$ 500 mil adicionais para Marconi, R$ 100 mil para Garcez, R$ 100 mil para Fiuza e entrega R$ 1,4 milhão para Cachoeira.
Na primeira etapa da operação, Garcez já havia repassado três cheques de R$ 500 mil para Fiuza, que deposita na conta de Marconi.

Concretizada a venda, a noiva de Cachoeira, Andreza se descabela, chora dizendo que havia gostado da casa, gasto R$ 500 mil com decoração. Se não arrumasse outra casa para morarem, iria se separar do bicheiro.
É aí que Cachoeira pede para Garcez conversar com Walter Paulo para alugar a casa para eles. Walter cede e não cobra aluguel
É nessa casa que Cachoeira será preso.
Luiz NassifNo Advivo
Por que Cachoeira tinha que ir à SP do Serra
Luglio 14, 2012 21:00 - no comments yetO que poderia ele querer com São Paulo, essa praça cobiçada?
Em 2008, o tucano governador Perillo – o que já era – legalizou o jogo em Goiás e concedeu a exploração de loterias ao amigo do peito da Veja, o Carlinhos Cachoeira.
O Secretário de Segurança, por notável coincidência, Demóstenes Torres, passou a reprimir com implacável tenacidade o jogo ilegal em Goiás.
Especialmente uma mafia espanhola que controlava os caça níqueis.
A Polícia de Goiás parecia a Scotland Yard, sob Demóstenes – nessa breve fase.
Aí, o Supremo considerou o jogo ilegal.
E, numa súbita mudança de política de Segurança, o tucano Governador e o que, depois, seria o Catão do Cerrado passaram a dar cobertura ao jogo ilegal (do amigo do Policarpo, o Carlinhos).
A Polícia de Goiás se tornou uma espécie de segurança privativa das casas de jogos do Carlinhos.
Era impressionante: ele sabia, antes, quando ia haver batida nas casas dele.
Uma coincidência notável!
Aí, chegou a Goiás uma família do Espírito Santo, que queria competir com Carlinhos.
Carlinhos, o amigo do Policarpo, fez um “gran acuerdo” com os forasteiros: eu te cobro pelo direito de explorar em torno de Valparaiso, perto de Brasília, e te cobro pela segurança para operar lá.
Ganhava duas vezes e não brigava.
Um "jenio" que só a Veja àquela altura podia reconhecer!
O jogo começou a gerar uma receita descomunal.
Era preciso ampliar os negócios.
Ele comprou a Vitapan, no polo de genéricos de Anápolis, em Goiás, criado por iniciativa de "Padim Pade Cerra", quando “o era maior ministro da Saúde que esse país já teve”.
A Vitapan limpa o dinheiro do jogo.
É na Vitapan que ele se encontra com o Policarpo, como demonstrou o Ernani de Paula, naquela reportagem da TV Record que melou o mensalão.
O dinheiro jorrava.
Carlinhos resolve ir para o ramo da construção civil.
Onde rola muito dinheiro vivo, sem precisar de banco.
Cria um arco de empresas que servem à construção civil.
Corrompe agentes públicos que contratam obras de construção civil.
Ganha concorrências.
E em 2005 cruza com a Delta em Goiás.
Para corromper, informar-se e ter certeza de que vai ganhar concorrências, ele monta uma rede de arapongas.
Eles tem também a função de construir biografias de amigos e destruir biografias de inimigos.
Investe primeiro na chamada imprensa de Goiás.
E depois dá o pulo Federal: mete a mão na Veja.
A Veja passa a ser seu instrumento principal para detonar governos e fazer negócios.
É claro, como diz o Senador Fernando Collor que a Veja sabia que tratava com o crime organizado, e dele era cúmplice e instrumento.
Jairo e o Dadá, os que montaram os trampos para detonar o PT – na cena da corrupção dos Correios, no hotel Nahoum – passam a trabalhar para a Veja, a mando do Carlinhos.
E para salvar da forca a cabeça do Daniel Dantas, com o grampo sem áudio entre o "Gilmar Dantas" e o Catão do Cerrado – aquele que disse ao Carlinhos a frase histórica “o Gilmar mandou subir”.
(E o "Gilmar Dantas" tomou o que chamou de “decisão técnica”.)
Há algum tempo, Carlinhos percebeu que tinha que entrar no negócio de jogos virtuais – o futuro do jogo clandestino.
Foi aí que ele cruzou com o Valdomiro Diniz e a Gtech, que deu início à queda do José Dirceu.
(Queda programada, filmada e a serviço da Veja.)
Para expandir o negócio do jogo na internet, Carlinhos se associa ao argentino Roberto Coppola, que opera no Uruguai, na Inglaterra e em Curaçau.
Nessa operação virtual, além do domínio da tecnologia do futuro dos cassinos, Carlinhos poderia, também, estar de olho nos mecanismos de lavagem de dinheiro.
Ele criou a Brazil Bingo.
Como divulgar a existência de um cassino na internet, a sua Brazil Bingo?
Por coincidência, o jornal Correio Braziliense fez uma reportagem republicana para detonar a roubalheira dos bingos.
E aparece ali, com todas as letras, pela primeira vez, a Brazil Bingo, devidamente citada, com o respectivo endereço na internet.
Incrível coincidência.
Nasceu ali a Brazil Bingo, o Carlinhos 2.0.
Será o Carlinhos um mestre da Comunicação, uma espécie de Robert(o) Civita que não fala inglês?
E se ele quisesse mencionar a Brazil Bingo na Veja?
E se ele desse ao Policarpo as imagens do Dirceu no Hotel Nahoum?
Seria uma boa troca: eu te dou o Hotel Nahoum e você me divulga a Brazil Bingo.
Não seria um encontro triunfal de coincidências?
O que é que o Carlinhos queria com o governador (?) "Padim Pade Cerra" e o brindeiro Gurgel não deixou saber?
O sócio da Delta em Goiás e dono da Brazil Bingo?
O que poderia ele querer com São Paulo, essa praça cobiçada?
Aí, é preciso ir, de novo, à Conceição Lemes e, além de Paulo Preto, tentar desvendar quais são as republicanas atividades de Delson Amadeu Junior e o impoluto Paulo Preto.
Sabe-se que, hoje, Delson tem uma empresa de Consultoria em Sorocaba.
Sem esquecer do Heraldo Puccini, o homem da Delta em São Paulo.
Por que a Delta seria criminosa em Goiás e virtuosa em São Paulo?
Que milagre teria sido esse?
E não esquecer do Pagot, que disse à revista IstoÉ que o "Cerra" ficava com a parte do leão das obras de engenharia em São Paulo.
O Pagot está de corpo inteiro no Robanel dos Tunganos e na marginal (sic) do "Cerra" e do rio Tietê.
Todo escândalo (que deu chabu) que os tucanos montaram no Distrito Federal foi por causa de 1 contrato da Delta.
Em São Paulo do "Cerra" do Paulo Preto a Delta assinou 26 contratos.
26!
Clique aqui para ler “roteiro para "Cerra" ir à CPI”.
Cabe reproduzir trecho do post do Viomundo, com as perguntas de deputados da Assembleia de São Paulo:
DEPUTADOS PEDEM AO MP QUE APURE INDÍCIOS DE IRREGULARIDADESA essa altura algumas perguntas são inevitáveis:1. Considerando que o senador Demóstenes Torres é sócio oculto da Delta e apoiou José Serra em 2010, será que dinheiro da Nova Marginal do Tietê irrigou a campanha do tucano à presidência?2. Entre os R$ 4 milhões que teriam sido arrecadados por Paulo Preto e não entregues ao PSDB, haveria alguma contribuição da Delta?3. Paulo Preto ou Delson Amador teve algum contato direto com Cachoeira?Na sexta-feira 27, parlamentares paulistas protocolaram representação no Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) para que investigue indícios de irregularidades, ilegalidades e improbidades nos contratos formalizados pela Dersa com empresas e consórcios, entre os quais o Consórcio Nova Tietê, capitaneado pela Delta.(…)
Até quando "Cerra" será inimputável?
Com que diploma ele pretende se candidatar a presidente?
Não é à toa que os mervais pigais querem fechar a CPI.
Paulo Henrique Amorim
No Conversa AfiadaNo Brasil, recuo perigoso
Luglio 14, 2012 21:00 - no comments yet![]() |
O Planalto levou Molon ao recuo |
Por pressão das empresas de telecomunicações, relator do Marco Civil da Internet dilui dispositivo que garantia neutralidade na rede
Os defensores da liberdade na internet têm motivos para ficar alertas também no Brasil. O Marco Civil — uma proposta muito avançada de regulamentação da rede, apresentada pelo Executivo, durante o governo Lula — está tramitando no Congresso Nacional sob fortes pressões. Nesta quarta-feira (11/7), a Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta não votou o relatório do deputado Alexandre Molon (PT-RJ). Faltou quórum. E, embora tenha mantido, na essência, os pontos positivos da proposta, o próprio parlamentar recuou de uma posição importante. Ele aceitou as sugestões do ministério das Comunicações para diluir, em sua proposta, um dispositivo que assegurava a chamada “neutralidade da rede” — ou seja, a garantia de que não haverá, na internet, nem conteúdos privilegiados, nem relegados a segundo plano.
O projeto de Marco Civil é fruto de lutas sociais singulares e de uma articulação muito hábil com os poderes institucionais. Em 2009, o Brasil esteve a ponto de criar uma lei que estabelecia mecanismos de controle e censura sobre a internet. A pretexto de “combater a pedofilia”, um projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) permitia eliminar conteúdos considerados “piratas” sem, sequer, decisão judicial. Foi chamado de “AI-5 digital” e rechaçado numa sequência de atos que reuniram ativistas e setores da esquerda institucional.
O presidente Lula abraçou a causa num ato simbólico. Em julho daquele ano, durante o 10º Fórum Internacional do Software Livre (FISL), ele assegurou que seu governo vetaria o projeto, caso aprovado no Legislativo. E aceitou uma proposta-chave da sociedade civil: o papel principal do Estado brasileiro deveria ser o de garantir direitos e liberdades na internet. As punições — obviamente necessárias, nos casos de atos criminosos — deveriam fazer uma parte do ordenamento jurídico sobre a internet, nunca o seu centro.
Esta diretriz resultou, após dois anos de estudos, na proposta do Marco Civil. Sua versão inicial foi formulada numa parceria entre o ministério da Justiça e a escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas. Inovou-se também na forma: o texto foi submetido a audiências públicas em diversas capitais e a um trabalho colaborativo. Por meio da plataforma e-Democracia, compilou-se opiniões de representantes de entidades e empresas ligada à rede, juristas, academicos e governo.
Ao contrário de inúmeras leis restritivas, aprovadas ou em debate em diversas parte do mundo, o Marco Civil (Projeto de Lei nº 2.126/11) é, em essência, libertário. Segundo Molon, “garante (…) a privacidade, pois o texto estipula que os dados privados não podem ser tratados como mercadoria sem a permissão do usuário (…) a liberdade de expressão (…) e a neutralidade da rede, o que significa que nenhuma empresa será beneficiada e que todas as informações que trafegam na internet devem ser tratadas da mesma forma, navegando com a mesma velocidade”.
Acuados, os conservadores procuram ganhar tempo e exploram contradições no governo. Seu alvo atual é o princípio de neutralidade. Nos últimos dias, parlamentares conservadores investiram contra um dispositivo, em especial, no relatório de Molon. O projeto admitia a possibilidade de exceções à neutralidade (para privilegiar, por exemplo, dados relativos a catástrofes e situações de emergência). Mas estabelecia que tais casos seriam definidos por um órgão democrático — o Comitê Gestor da Internet (CGI), de que participam técnicos, políticos profissionais e a sociedade civil.
As empresas de telecomunicação argumentaram que o CGI não faz parte da estrutura formal do Estado brasileiro. E parecem ter obtido apoio do ministério das Comunicações e da Casa Civil. O deputado Molon participou de uma bateria de reuniões com estes órgãos, nos últimos dias. Entre terça e quarta-feira, aceitou fazer uma pequena alteração em seu texto. Este passou a dizer, simplesmente, que as exceções à normalidade serão regulamentadas num momento futuro — “ouvido o CGI”… Mesmo assim, não houve votação. Apesar de contemplados pelo recuo do relator, os parlamentares conservadores optaram por postergar o debate no mínimo até o segundo semestre, quando haverá risco de novas postergações, devido ao esvaziamento do Congresso com as eleições municipais.
A concessão é pequena. Caso aprovado na redução atual, o Marco Civil será, certamente, uma das leis sobre internet mais avançadas do mundo. O que mais preocupa é o fato de os conservadores terem recorrido, com sucesso, a uma tática fartamente usada na Constituinte de 1986. Eles pressionam e fingem negociar. Arrancam concessões pontuais. Mas veem a primeira vitória apenas como alavanca para conseguir mais concessões.
Há chance de reagir a tempo. Mas é preciso atenção: a mídia comercial tentará esconder o debate. Será preciso acompanhar atentamente a tramitação do projeto, e agir muitas vezes, para evitar que o importantíssimo avanço obtido em 2009 escorra entre os dedos das mãos.
Taís CapeliniNo Outras Palavras
Nepal se prepara para reconhecer “terceiro sexo”
Luglio 14, 2012 21:00 - no comments yetOs transexuais do Nepal aguardam com ansiedade a aplicação de uma lei que deixará de considerá-los como “homens” ou “mulheres” para reconhecê-los como “outros”, categoria que consagra oficialmente o “terceiro sexo” no país.
O porta-voz do Ministério do Interior do país, Shankar Koirala, lembra que a decisão ainda está pendente e não é possível estimar o tempo do processo, que ao longo do tempo também pode registrar os homossexuais.
“Aqueles que solicitarem, poderão ser incluídos”, destaca Koirala. O próximo passo do governo é enviar circulares a 75 escritórios responsáveis por emitir os certificados de cidadania.
Manisha Dhakal, 37 anos, que gosta de ser reconhecida como “ela”, será uma das beneficiadas pela futura lei, já que seu documento de identidade, emitido quando tinha 16 anos, diz que é do sexo masculino. “Ia à escola vestida de menino. Não jogava futebol, como faziam os outros meninos. Gostava das bonecas”, diz.
A decisão do governo foi impulsionada após uma sentença do Tribunal Supremo de 2007, que exigia o reconhecimento dos membros do “terceiro sexo”, em alusão aos transexuais e aos hermafroditas.
Mas o governo demorou cinco anos para colocar a lei em prática. Alguns ministros de Interior se recusavam a reconhecer as minorias sexuais, explica Sunil Babu Pant, o mais conhecido ativista do setor, no Nepal.
“Se o Nepal tivesse começado a tramitar os papéis logo após a decisão do tribunal, teria sido o primeiro país do mundo a fazê-lo”, ressalta Pant, único deputado abertamente homossexual no Parlamento recém-dissolvido do país.
Desde então, Austrália, Nova Zelândia e Argentina começaram a registrar pessoas na categoria “terceiro sexo”, enquanto o Paquistão também reconheceu esse direito, mas sua aplicação ainda está pendente.
Até agora, apesar da falta de ação governamental, três nepaleses receberam o certificado na categoria “outros”, mas isso só ocorreu porque funcionários públicos decidiram correr o risco de agir a partir da decisão judicial.
Os membros do “terceiro sexo” também foram computados como tais quando foi realizado o último censo no país, mas os ativistas denunciam que tais dados não apareciam quando os resultados foram publicados.
“Os funcionários não tinham a devida formação. Alguns chegavam a pedir certificados de cidadania e, em alguns casos, pediam que o cidadão em questão tirasse a roupa”, acusa Pant.
Embora ainda persista no Nepal o estigma associado ao terceiro sexo, as coisas estão mudando lentamente neste país de religião hindu.
Pant criou em 2001 a Sociedade Diamante Azul (Blue Diamond Society), que apoia os direitos de gênero e as minorias sexuais. “Nos 1990, após sair da escola, tinha de ir a parques buscar pessoas como eu, mas agora temos isso”, conta a transexual Dhakal, em referência a essa organização, na qual trabalha.
Graças à sociedade, Dhakal pôde ter uma conversa sincera com seus pais e convencê-los que não a casassem, o que é um desafio em uma sociedade onde a maioria dos casamentos são arrumados por familiares.
“Em uma sociedade hindu, o gênero se associa ao casamento: um homem se casa com uma mulher, e vice-versa”, explica Pant.
As novas medidas do governo também permitirão a gays e lésbicas escolherem a opção distinta a homens e mulheres. “Vamos encorajar gays e lésbicas a escolherem a opção neutra. Mas a decisão deve ser de cada um”, enfatiza Pant.
No Blog da JoiceChile aprova Lei contra a Homofobia
Luglio 14, 2012 21:00 - no comments yetLeio que no Chile (aqui), o presidente Sebastián Piñera promulgou a lei contra a homofobia no ultimo dia 12.
Quero enfatizar, por importante, que Piñera é político notoriamente conservador, de direita, e que a a homossexualidade no Chile era crime até o final dos anos noventa.
O projeto de lei contra a homofobia ganhou força após a morte de Daniel Zamudio, no dia 28 de março.
Enquanto isso, aqui em nosso Brasil varonil, um governo de esquerda pateticamente borra-se de medo e acocora-se diante dos arreganhos e das chantagens produzidas pela tropa dos fundamentalistas que se reúnem na imundície chamada Frente Parlamentar Evangélica.
Só pra que ninguém esqueça e nem relativize a gravidade da situação: somos o país campeão mundial da macabra "competição" de matança do povo LGBTT e, em 2012, a cada 26 horas uma família brasileira foi devastada pela dor infinita da perda de um seu integrante.
No O Ornitorrinco