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Daniela

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Giugno 14, 2012 21:00 , by Daniela - | No one following this article yet.

Pena de morte

Luglio 13, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Os rigores da lei cairiam exclusivamente sobre os mais pobres. Não é assim até hoje?
Não me sai da cabeça a imagem dos iranianos enforcados em guindastes, que a Folha publicou na "Primeira Página" duas semanas atrás.
Tenho certeza de que se houvesse um plebiscito, a pena de morte seria implantada também no Brasil. Para a maioria dos eleitores, bandido que tira a vida de um ser humano merece o mesmo destino da vítima, sem qualquer comiseração. Os mais radicais incluem nessa categoria os traficantes e os que assaltam à mão armada.
A lei do olho por olho é a saída mágica que a população encontra para acabar com a violência que nos assusta nas ruas e nos aprisiona dentro de casa. É justo manter a sociedade refém de uma minoria? Para que os cidadãos ordeiros possam viver em paz, não seria mais fácil eliminar fisicamente esses poucos que nos infernizam? A morte deles não serviria de exemplo para os que estão em início de carreira?
De fato, há situações em que a pena de morte tem grande poder intimidatório. É o caso da execução de desertores em tempo de guerra, do linchamento em pequenas comunidades ou dos assassinatos brutais que acontecem nas cadeias, condições extrajudiciais em que o direito de defesa sequer entra em cogitação.
Nos três casos citados há um denominador comum: o curto intervalo de tempo existente entre a prática do ato ilícito e a execução da sentença. O desertor enfrenta o pelotão de fuzilamento assim que é localizado, o estuprador que mata a criança na cidadezinha é linchado na hora e o presidiário acusado de delatar um plano de fuga morre no mesmo dia.
Para que a pena de morte tenha caráter educativo, há que ser aplicada de imediato. Quanto mais tempo decorrer entre o crime cometido e a punição do criminoso, menos didática e exemplar ela será.
A urgência para levar a cabo a execução sumária, por sua vez, tem um efeito colateral: é obrigatório fechar os olhos para injustiças eventuais, o que nesses casos significa matar homens e mulheres inocentes.
Como nas sociedades civilizadas a ideia de enforcar alguém é cada vez menos popular e a possibilidade de o Estado tirar a vida da pessoa errada é inaceitável, a pena de morte perdeu adeptos na maioria dos países. Os que ainda a defendem argumentam que bastaria garantir ao acusado amplo de direito de defesa.
É esse direito amplo o ponto crucial da questão, porque são raros os réus confessos, ainda que todas as evidências estejam contra eles. Para assegurar-lhes que não serão sentenciados injustamente, é necessário dispor de tempo, testemunhas, acareações, advogados de defesa, promotores e juízes, para não falar nos custos financeiros.
Veja o caso dos norte-americanos, em que o condenado aguarda anos e anos nos famigerados corredores da morte, até que um dia venham buscá-lo para a cerimônia fúnebre, realizada de forma secreta e envergonhada, como bem lembrou Hélio Schwartsman em sua coluna.
Um castigo administrado dez, 15 anos depois de um crime do qual ninguém mais se recorda, tem impacto zero na redução da criminalidade, como demonstram inúmeros estudos. Nos Estados americanos que aboliram a pena capital, os índices de criminalidade não aumentaram; naqueles que ainda a mantém, eles não são mais baixos.
Agora, analisemos o caso do Brasil. Com um Judiciário desigual e moroso como o nosso, quanto tempo levaria para que todos os prazos e recursos processuais fossem esgotados? Num país com enorme dificuldade para prender os que assaltam os cofres públicos, seria fácil condenar à morte uma pessoa influente, por mais hediondo que fosse o crime?
O assaltante da periferia que praticasse um latrocínio teria acesso a advogados com o mesmo preparo técnico do que o assassino impiedoso bem-nascido?
Não é preciso ser catedrático de direito penal para imaginar que o desenlace fatal levaria muitos anos para ocorrer. Escapariam dele os que tivessem dinheiro para contratar bons criminalistas, capazes de engendrar manobras jurídicas que tornariam os processos intermináveis.
Os rigores da lei cairiam exclusivamente sobre os mais pobres. Não era dessa forma no passado, e não é assim até hoje? Quem tem dinheiro, por acaso chega a cumprir em regime fechado o número de anos a que foi condenado? Em 23 anos frequentando cadeias, nunca vi.
Dráuzio Varella
No OpenSante



Assassino de blogueiro diz: seu trabalho era matar o jornalista que “metia o nariz em todo lugar”

Luglio 13, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Jhonatan em entrevista concedida à TV Mirante: "não sou uma pessoa violenta"
 (Imagem: Reprodução/TV Mirante)
O portal Imirante publicou nessa quarta-feira,(11), trechos da entrevista de repórteres da TV Mirante com Jhonatan de Sousa Silva, assassino confesso do blogueiro e jornalista Décio Sá. Questionado sobre o motivo do crime, Jhonatan respondeu que “ele metia o nariz em todo lugar. Era o meu trabalho. Ele era um fuxiqueiro. Ele estava prejudicando muita gente e teria que morrer".
Preso durante uma operação de combate ao tráfico de drogas em 5 de junho, a polícia confirmou posteriormente ter sido Jhonatan o autor dos disparos que atingiram o blogueiro. A polícia suspeita que mais de 40 pessoas já tenham sido mortas por ele. No último dia 3, foi feita uma reconstituição do crime com a presença do assassino.
Décio foi morto a tiros em um bar na Avenida Litorânea, em São Luís, Maranhão, no dia 23 de abril, após sair do Sistema Mirante, onde trabalhava. Na entrevista, Jhonatan narrou o crime. "Eu entrei, ele estava sentado falando ao telefone, aí eu arranquei a pistola e ele tentou correr e eu atirei nele. Ele disse ‘Ei moço, ei moço’. Foi só o que ele disse", contou.
Sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento por ter cometido o crime, Jhonatan ainda afirmou que achava “que não ia dar em nada”, e por isso não escondeu o rosto no dia do assassinato. “Eu não sabia que ele era um jornalista, eu achava que ia ser igual ao do Fábio Brasil. Aí eu fugi. Subi o morro, troquei de camisa, enterrei a pistola”.
Jhonatan afirma não saber o número de homicídios, e que se soubesse que Décio era jornalista teria pedido mais do que R$ 100 mil. “Não sei o tanto exato. Sem peso na consciência. Não sou uma pessoa violenta. Se eles tivessem dito quem ele era, o preço seria outro e o dinheiro tinha que sair”, comenta.
A Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária dos sete acusados de envolvimento no assassinato do blogueiro Décio Sá. O pedido da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi deferido nesta quinta-feira, 12. Permanecerão presos Jhonatan de Sousa Silva, e outros sete que são supostos mandantes ou facilitadores do crime.
Jacqueline Patrocinio
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Queda da Bastilha - 223 anos

Luglio 13, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet



Homens só vão ao médico com a doença já em fase avançada

Luglio 13, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que 60% (1,5 mil) do total de pacientes que chegam ao centro por mês já estão com doenças em estado considerado avançado e necessitam de intervenção cirúrgica para tratá-las. O quadro é reflexo da baixa procura por consultas regulares e exames preventivos por parte dos homens.
“Os homens devem ir ao médico, a partir dos 40 anos, no mínimo uma vez ao ano. Eles devem fazer um check-up, uma avaliação de rotina urológica completa, em particular da próstata, que é o que mais preocupa os homens”, disse Joaquim Claro, urologista e médico coordenador do Centro de Referência da Saúde do Homem.
O levantamento mostra que a maioria dos pacientes desconheciam suas condições de saúde e ignoraram sintomas iniciais das doenças mais comuns, adiando a busca por ajuda especializada. “Se tiver tudo em ordem o urologista vai orientar para o homem voltar em um ano. Se tiver problema, vai ser diagnosticado, tratado e, na imensa maioria das vezes, é um diagnóstico precoce, em que a cura supera 90% dos casos”, disse Claro.
O médico diz que as doenças mais comuns que podem ocorrer com o sexo masculino após os 40 anos são câncer de próstata, que atinge cerca de 16% dos homens, e também problemas relacionados à bexiga e ao rim, onde podem ocorrer câncer. O crescimento benigno da próstata, que atinge 100% dos homens, alterações hormonais e cálculos renais também devem ser acompanhados.
De acordo com o médico, logo ao nascer, o menino deve ser examinado por um urologista, para checar a disposição dos testículos e se o pênis teve uma formação adequada. É uma fase em que podem ocorrer tumores de testículo. Depois disso, na puberdade ocorre outra fase em que pode ocorrer o câncer, embora raro, nos testículos.
“Com o passar dos anos, com o envelhecimento, os problemas começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes. A partir dos 40, principalmente, é necessário acompanhar também se o paciente é diabético, hipertenso, obeso, se tem colesterol alto ou se a parte da função erétil está normal”.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o diagnóstico precoce permite tratamentos menos agressivos e com maiores chances de cura. A recuperação do paciente é mais rápida e os gastos com o procedimentos e a hospitalização, menores.

Preconceito

De acordo com o médico o preconceito dos homens em relação aos exames preventivos ao câncer de próstata está diminuindo. O medo em relação ao câncer, segundo ele, também está levando mais pacientes ao médico.
“Está aumentando muito [os casos de] câncer de próstata porque a gente está diagnosticando muito mais. Entre todas as classes socioeconômicas da nossa população, todo mundo conhece um vizinho, um primo, um amigo do trabalho que teve câncer de próstata. Isso está gerando uma procura muito maior pelos exames preventivos e pelo check-up anual, se compararmos com a realidade de alguns anos atrás”.
Bruno Bocchini
No Agência Brasil



A imbecilização do mundo

Luglio 13, 2012 21:00, by Unknown - 0no comments yet

Sugestão. Jante formigas vivas enquanto
assiste ao nosso gladiador.
 Foto: David Becker/AP/AE
Os mais celebrados mestres da culinária vanguardista, ou seja, aqueles que empregam produtos da Nestlé e figuram em uma classificação anual divulgada pela revista Restaurants (20 mil exemplares de tiragem, destinada aos refinados do mundo), acabam de encerrar em Copenhague um simpósio exaltante. Festa entre amigos, corrente da felicidade, rea­lizada à sombra do Noma, primeiro da lista da Restaurants, do chef René Redzepi. Entre as novidades apresentadas, formigas vivas nutridas com citronela e coentro, de sorte a assumir um gosto suavemente acidulado, para o agrado de todos os paladares, segundo os participantes do evento. Cuja contribuição à imbecilização global é de evidência solar.
Há atenuantes. A quem interessa ler a Restaurants qual fosse o Novíssimo Testamento ou comer formigas vivas, ou até espuminhas de camarão, a preços estratosféricos, está claro? A minoria de imbecilizados, é a conclusão inescapável, em um mundo onde a pobreza fermenta e muitos morrem de fome. Mundo capaz de grandes progressos científicos, presa, ao mesmo tempo, de uma crise econômica monstruosa, provocada pela sanha de poucos em detrimento dos demais semelhantes. Bilhões.
As atenuantes, como se vê, são medíocres, embora não exija esforços mentais brutais perceber que imbecil é quem come formigas vivas em lugar de um mero trivial. Somos o que comemos, dizem os sábios, donde a inevitabilidade das ilações quando se multiplicam as provas da cretinização global. Neste mar a vanguarda da gastronomia ao alcance dos bolsos recheados é um lambari.
O Brasil não escapa, e nem poderia. Somos uma nação vincada pela ignorância e pela prepotência da minoria reacionária, a preferir que as coisas fiquem como estão para ver como ficam e a reputar sagrada a classificação da Restaurants. Aqui manda a moda, mas, neste mar, a dita cultura de massa é o próprio vento a enfunar as velas. Sem contar a desorientação diante do mistério da vida e o medo da morte. Deixarei de falar de esperanças impossíveis. Vou para miudezas, de certa forma, para falar de situações recentes. E então, digamos, Anderson Silva.
É brasileiro o número 1 do MMA, o vale-tudo do octógono, a luta que assinala o retorno aos gladiadores. Li, pasmem, na primeira página do Estadão. Só falta o Coliseu. Também faltam os leões, mas não nos surpreenderemos se, de uma hora para outra, irromperem na arena. Os índices de audiência são altíssimos, obviamente, e haverá quem se ufane de ser brasileiro ao se deparar com a ferocidade de Anderson, nosso Hércules. E fique feliz porque a transmissão do MMA iguala o Brasil aos Estados Unidos e ao Japão. No resto dos países tidos como civilizados, a luta é proibida.
Vale recordar que a tevê nativa ostenta tradições valiosas. Por exemplo: o nosso Big Brother, ao repetir experiências globais, bate recordes de grosseria. Acrescentem-se os programas populares do fim de semana, os seguidores do Homem do Sapato Branco e os tempos da celebração da dança da garrafinha em horário nobre. Aproveito para sublinhar que a pensata “nobre” me deslumbra.
A aposta na parvoíce da plateia é constante. Inesgotável. Praticada pela mídia nativa com singular esmero, produziu o efeito de comprometer a saúde intelectual dos seus autores. Não fogem do destino inúmeros políticos, vitimados por sua própria incompetência. Permito-me escalar nestas linhas o presidente do PT, Rui Falcão, e o novo presidente da CUT, Vagner Freitas. Em perfeita sintonia, ambos anunciam sua inconformidade em relação ao possível “julgamento político do mensalão”. Peculiar visão, a dos cavalheiros acima. O processo tem e terá inevitáveis implicações políticas, e não cabe a eles exercer qualquer gênero de pressão sobre o Supremo.
Enquanto evita-se discutir com toda legitimidade uma questão premente, isto é, a inegável suspeição quanto à participação do julgamento do ministro Gilmar Mendes, Falcão e Freitas oferecem munição de graça à mídia nativa, ela mesma tão interessada em politizar o processo. Os meus melancólicos botões garantem que os políticos de antanho, vários bem mais à esquerda dos senhores citados, eram também mais espertos.
Mino Carta
No CartaCapital